Retrospectiva Fire Emblem - Parte 4: Geração DS e 3DS

Nestes 32 anos da franquia, relembre os jogos que a tornaram famosa.

em 16/04/2022
capa retrospectiva fire emblem parte 4 ds 3ds
Fire Emblem surgiu em abril de 1990, há 32 anos. Nestas três décadas, 16 jogos principais marcam a história da franquia criada pela Intelligent Systems para os consoles da Nintendo e, para comemorar esse aniversário para lá de especial, resolvemos criar matérias especiais sobre a retrospectiva desses jogos ao longo dos anos.


Nesta terceira parte, cinco jogos tiveram passagem pelo DS e 3DS: Shadow Dragon, New Mystery of the Emblem, Awakening, Fates e Shadows of Valentia. Vamos relembrá-los?

Retrospectiva Fire Emblem
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Fire Emblem: Shadow Dragon (DS)

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À época, Shadow Dragon foi a única maneira que muitos fãs ocidentais tiveram para finalmente jogar o primeiro título da franquia. A 11ª entrada é um remake de Shadow Dragon and the Blade of Light e, embora tenha mantido muitas características do jogo original, também adicionou algumas funções extras.

A primeira grande mudança em relação ao jogo original foi a implementação do triângulo de armas à jogabilidade, que não existia em Shadow Dragon and the Blade of Light. Além disso, o número de classes existentes aumentou e os jogadores também tiveram contato com a função de Class Swap, permitindo que muitas das classes pudessem trocar para outra "árvore evolutiva", por assim dizer.

Por fim, Shadow Dragon também trouxe a função de Save Point, que permitia que jogadores salvassem o jogo antes de um momento crucial durante os mapas, como uma luta contra um chefe. Essa mecânica não substituiu a clássica suspensão de combate (Suspend), mas deixou a jogabilidade um pouco mais fácil se comparada às dos títulos anteriores.

Fire Emblem: New Mystery of the Emblem (DS)

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O remake de Mystery of the Emblem (SNES) foi o pioneiro no sistema de avatar, elemento que seria então adicionado aos próximos jogos da franquia. Junto à introdução de Kris, outros elementos da jogabilidade sofreram significativas mudanças, sobretudo a possibilidade de jogar no modo casual, opondo-se ao já consolidado sistema de permadeath da franquia ao permitir que unidades derrotadas em combate retornassem no próximo capítulo.

Além disso, muitos personagens passaram a ser recrutáveis, como Michalis, que em Shadow Dragon and the Blade of Light e Mystery of the Emblem morriam durante o combate para dar prosseguimento à trama. New Mystery of the Emblem acabou por ser um divisor de águas entre os fãs, muitos considerando o 12º jogo da franquia um "insulto" a Fire Emblem como um todo, pois a introdução desse modo acabou com a "essência" de jogar Fire Emblem.

Fire Emblem Awakening (3DS)

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Awakening foi uma aposta arriscada da Intelligent Systems: ou o jogo atingia um número considerável de vendas ou a franquia chegaria ao fim definitivamente. Frente a isso, diversas mecânicas foram implementadas no 13º Fire Emblem, como habilidades, suportes entre personagens, árvores de promoções, entre outras.

Contudo, o que fez de Awakening o salvador da franquia foi a introdução dos filhos dos personagens que tivessem atingido suporte S entre si. Essas crianças tiveram um papel importante na história do jogo, fazendo com que sua participação não fosse resumida a apenas "um número a mais" no rol de personagens.

Awakening também foi o primeiro jogo que focou mais na personalidade de seus personagens, fazendo com que os jogadores desenvolvessem apreço (ou desprezo) por eles. A aposta arriscada provou-se certeira e o 13º Fire Emblem arrecadou um grande número de vendas, o maior da franquia até então, e permitiu que mais dois jogos fossem produzidos para o 3DS.

Fire Emblem Fates (3DS)

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Embora Fates reunisse todas as características presentes em Awakening, sobretudo o sistema de gerações, a 14ª entrada da série foi a primeira a apresentar uma história segmentada, totalizando três rotas diferentes. Ao fim do capítulo 6, os jogadores precisavam "escolher" (visto que cada uma delas é adquirida separadamente) entre os reinos Nohr, trama continuada em Conquest, e Hoshido, foco de Birthright, mas uma terceira rota, Revelation, podia ser comprada via DLC.

Com isso, Fates se tornou o primeiro Fire Emblem a apresentar pontos de vista diferentes a respeito de um mesmo conflito, mas também dividiu a opinião dos fãs, dada a diferença na jogabilidade entre Birthright, Conquest e Revelation. Mesmo assim, Fates atingiu vendas significativas e ajudou a reestabelecer a franquia no mercado.

Fire Emblem Echoes: Shadows of Valentia (3DS)

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O último jogo da franquia para 3DS é um remake de Gaiden (NES) e os jogadores ocidentais finalmente puderam vivenciar os conflitos de Alm e Celica no continente de Valentia. O 15º Fire Emblem foi também o primeiro jogo a apresentar uma dublagem integral.

Em relação a Gaiden, diversas modificações foram feitas, a começar pelo prólogo que introduz o passado de Alm e Celica e um capítulo de pós-jogo. Vilarejos também podiam ser explorados no estilo point-and-click, permitindo que jogadores interagissem com diversos NPCs e tivessem acesso a diferentes conteúdos, como a possibilidade de forjar armas em troca de Gold e Silver Marks.

Personagens também passaram a aprender habilidades por meio dos equipamentos utilizados, em vez de adquiri-las de acordo com suas classes. As dungeons, que agora podiam ser exploradas como em um jogo de aventura 3D em terceira pessoa, reintroduziram o sistema de fadiga de Thracia 776 (SNES), mas com a diferença de que os personagens sofriam penalidades em seus parâmetros em vez de ficarem incapacitados para os combates. 

Por fim, além da inclusão do modo casual, Shadows of Valentia trouxe a Mila's Turnwheel, uma mecânica limitada que permitia que os jogadores voltassem turnos no combate para corrigir erros cometidos. A Mila's Turnwheel foi, inclusive, o pivô para o sistema de Time Pulse que seria introduzido posteriormente em Three Houses (Switch).

Na última parte da retrospectiva Fire Emblem, falaremos sobre Three Houses, o único jogo principal da franquia no Switch até agora, e também discutiremos sobre o futuro da série como um todo, bem como suas incursões em outros jogos, como Smash Bros.

Revisão: João Pedro Boaventura
Capa: Juliana Paiva Zapparoli
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Também conhecida como Lilac, é jornalista e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas.
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