Conheça o RPG nipônico Treasure Hunter G, o último título da Square lançado para SNES

em 04/07/2013

Para muitos, uma das melhores épocas da Squaresoft , hoje Square Enix, foi a era 16 bit. A companhia desenvolveu e publicou inúmeros títul... (por Farley Santos em 04/07/2013, via Nintendo Blast)

Para muitos, uma das melhores épocas da Squaresoft, hoje Square Enix, foi a era 16 bit. A companhia desenvolveu e publicou inúmeros títulos para o SNES, em sua maioria RPGs. Treasure Hunter G foi o último título da Square lançado para o console. Desenvolvido pela Sting, que atualmente é responsável por títulos como Riviera: The Promised Land (GBA/PSP), Yggdra Union (GBA/PSP) e Knights in the Nightmare (DS/PSP), o título apresentava um belo visual, aliado a um sistema de batalha bem interessante. Este jogo, que marcou o fim da parceria entre Square e Nintendo, infelizmente não saiu de solo nipônico.

Em busca do pai e salvando o mundo

Red G. e Blue G. são irmãos e vivem uma vida tranquila na companhia de Silver G, seu avô. Brown G., o pai dos garotos, é um caçador de tesouros e faz muito tempo que não manda notícias. Um dia, ao explorar uma caverna próxima de casa, a dupla encontra o pai ausente. O homem encontra uma espécie de aeronave e voa pelos céus, sem dar atenção a seus filhos. Os irmãos decidem sair em uma jornada para encontrar seu pai.


Logo após Brown G. ativar a estranha máquina, uma série de eventos estranhos passam a assolar o mundo: fadas estão sendo transformadas em cristais e monstros estão atacando as cidades. Os irmãos acabam conhecendo uma garota chamada Rain, que anda sempre na companhia de Ponga, seu macaco de estimação. O grupo passa a viajar junto e descobre que o responsável pelos atuais problemas do mundo é Dark Lord, um ser maligno recém ressuscitado que pretende dominar o mundo com a ajuda de uma besta mitológica. Os amigos tentam impedir os planos nefastos do vilão, enquanto continuam no encalço de Brown G.

Um belo mundo

Como a maior parte dos RPGs da era 16 bit, Treasure Hunter G se divide em momentos de exploração e combate. Por ter sido lançado no fim da vida do SNES, o título apresenta ótimos gráficos. O maior destaque são os personagens: ao invés dos tradicionais sprites, os heróis, monstros e vilões são modelos 3D pré-renderizados, como na série Donkey Kong Country (SNES). Isso permitiu mais liberdade de animações, como movimentação nas oito direções. Como de costume, o mapa-múndi do game utiliza efeitos Mode 7 muito impressionantes para a época.


Os heróis viajam por locações comuns de jogos de fantasia, como florestas, castelos, cavernas e vulcões. Os cenários são interativos e é possível quebrar vasos, movimentar objetos e ativar mecanismos. As cidades são repletas de habitantes, por mais que eles não ofereçam missões paralelas e mal conversem. Inclusive o preço da beleza é alto: a aventura é linear e praticamente não oferece objetivos alternativos.

Lutando sem parar

A melhor característica de Treasure Hunter G é seu sistema de batalha. Os confrontos misturam conceitos de ação, turnos e estratégia, o que resulta em algo único. Ao tocar um inimigo no campo, a batalha se inicia. Aliados e inimigos ficam espalhados pelo cenário, que é dividido na forma de grade. Cada personagem tem uma quantidade de pontos de ação à disposição quando seu turno começa. O direcional controla o personagem, enquanto um botão ataca com o armamento equipado. Técnicas especiais podem ser selecionadas em um menu. Cada ação consome uma quantidade específica de pontos de ação.


A parte estratégica do combate fica por conta do campo de batalha dividido em grade. Cada região tem um custo específico de pontos de ação, quanto mais próximo dos inimigos maior é a quantidade de pontos necessária para executar os movimentos. Os ataques e habilidades afetam um ou mais espaços, sendo extremamente importante posicionar bem os personagens: os ataques afetam tanto aliados como oponentes. É possível também manipular os inimigos para que suas investidas acertem também outros monstros, o que é uma grande vantagem. É um sistema que oferece inúmeras possibilidades e estratégias.

O fim de uma era

Mesmo sem contar com uma trama elaborada ou personagens profundos, Treasure Hunter G pode ser considerado mais um dos ótimos RPGs de SNES. Os belos gráficos e o sistema de batalha interessante reforçam a qualidade do título. Infelizmente o jogo nunca foi lançado no Ocidente. Não se sabe o motivo, mas é provável que a Square decidiu não localizá-lo por ter saído em Maio de 1996, poucos meses antes do lançamento japonês do Nintendo 64. Treasure Hunter G também marcou o fim da parceria entre Square e Nintendo: a gigante dos RPGs passou a ser parceira da Sony e seu PlayStation, só voltando a lançar um novo jogo para consoles Nintendo em 2002. E vocês, gostariam de jogar este RPG?


Revisão: Alex Sandro
Capa: Daniel Machado


é brasiliense e gosta de explorar games indie e títulos obscuros. Fã de Yoko Shimomura, Yuzo Koshiro e Masashi Hamauzu, é apreciador de roguelikes, game music, fotografia e livros. Pode ser encontrado no seu blog pessoal e nas redes sociais por meio do nick FaruSantos.
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