Uma aventura épica se aproxima e a estrela é ninguém menos do que Mickey Mouse. Hei, espere, eu disse Mickey? O camundongo fofinho da Disney que é a imagem da felicidade e do mundo infantil?
Sim, isso é o que todos pensamos quando ouvimos falar de Epic Mickey pela primeira vez. E à medida que as informações foram chegando, a antecipação cresceu e nossa curiosidade só aumentou. Será mesmo que vamos ter um jogo mais sério com Mickey?
A resposta, por enquanto, é um delicioso sim. A revista Game Informer revelou as primeiras imagens e detalhes sobre o jogo e tudo parece caminhar na direção certa. Os jogadores em sites e fóruns compartilham o mesmo sentimento de empolgação e não é para menos.
Mas o que há nesse jogo que tanto nos atrai? Será que todos sabem dos bastidores que levam Epic Mickey a ser mais do que um simples projeto licenciado? Pois bem então, vamos a alguns fatos.
Mas o que há nesse jogo que tanto nos atrai? Será que todos sabem dos bastidores que levam Epic Mickey a ser mais do que um simples projeto licenciado? Pois bem então, vamos a alguns fatos.
Um herói, um vilão
Mickey é o grande herói da Disney e da criançada – ou ao menos é isso que a empresa sempre desejou que acontecesse. Porém, na década de 80 um encanador bigodudo chegou sem avisar e dominou o segmento infanto juvenil.
Mario chegou a ser mais popular que o próprio Mickey entre as crianças e aparecia em tudo que se pode imaginar, desde colchas e cereais até canetas e cadernos escolares.
Mas não era o bastante para ganhar o mesmo espaço na mídia do que Mario. Algo a mais era necessário. Algo épico.
O retorno de Oswald – e a moeda de troca
Porém, em 2007 as coisas mudaram. A Junction Point foi comprada pela Disney e sua missão era criar um certo jogo épico, por assim dizer. Jogo esse, inclusive, que usaria o recém conquistado Oswald.
A mente de Warren
A importância de Warren Spector nesse projeto pode não parecer muito coisa para a maioria dos jogadores, mas ele é designer muito experimentado e com uma visão bem interessante sobre games.
Em seu currículo, Warren tem jogos como Wing Commander e System Shock. Entretanto, sua obra-prima é Deus EX, um jogo que mistura RPG com tiro em primeira pessoa de forma até hoje inédita.
Pegando todos esses elementos, misturando e batendo bem, o que temos? Epic Mickey, claro!
No mundo paralelo de desenhos e brinquedos esquecidos, Mickey acaba derramando tinta sobre o cenário sem querer.
Isso acaba tornando-se o Mancha Negra, personagem que domina esse mundo paralelo e o transforma em um local devastado. Oswald inclusive luta contra o Mancha Negra e a missão de Mickey, além de salvar o mundo, é ajudar Oswald.
Junto a isso teremos referências a clássicos do passado, itens para colecionar e até desenhos antigos de Mickey em que poderemos entrar e participar! E tudo em preto e branco, claro!
Definitivamente épico?
Bem, hora de botar o pé no chão e deixar o hype de lado. Porque Epic Mickey parece tão bom, afinal?
Acho seguro dizer que pelo menos parece distante a óbvia piadinha de Epic Fail. Ainda bem.
Mickey é o grande herói da Disney e da criançada – ou ao menos é isso que a empresa sempre desejou que acontecesse. Porém, na década de 80 um encanador bigodudo chegou sem avisar e dominou o segmento infanto juvenil.
Mario chegou a ser mais popular que o próprio Mickey entre as crianças e aparecia em tudo que se pode imaginar, desde colchas e cereais até canetas e cadernos escolares.
Claro que a Disney não gostou disso e silenciosamente pensava em maneiras de promover seu personagem para as novas gerações. Tivemos inclusive Mickey Mouse: Castle of Illusion no Mega Drive, jogo de alta qualidade e que vive na memória de muitos até hoje.
Mas não era o bastante para ganhar o mesmo espaço na mídia do que Mario. Algo a mais era necessário. Algo épico.
Epic Mickey se apresenta como um jogo bem mais complexo e sombrio, ressaltando o lado ‘negro’ dos brinquedos e personagens esquecidos da Disney. E entre eles está o coelho Oswald.
Oswald foi a primeira criação de Walt Disney mas quando este separou-se da Universal, perdeu os direitos sobre o personagem. Veio daí, então, a ideia para Mickey Mouse, com traços bem semelhantes aos de Oswald.
Se Oswald foi perdido no passado, como é que ele aparece em Epic Mickey? Nunca saberemos a verdade completa, mas uma interpretação interessante pode ter relação com a importância do jogo.
Em Fevereiro de 2006, a Disney comprou de volta os direitos sobre Oswald. Para isso, ela cedeu à Universal o apresentador de esportes Al Michaels. Uma pessoa inteira em troca de um desenho antigo e esquecido? Hmmm.
Em Fevereiro de 2006, a Disney comprou de volta os direitos sobre Oswald. Para isso, ela cedeu à Universal o apresentador de esportes Al Michaels. Uma pessoa inteira em troca de um desenho antigo e esquecido? Hmmm.
O que se fala por aí é que a NBC tinha os direitos da NFL (liga de futebol americano) e que Michaels gostaria de voltar para sua antiga casa e trabalhar ao lado de John Madden. Mas não dá pra negar que é curiosa a vontade repentina da Disney em reaver Oswald.
Juntando os pontos
Juntando os pontos
O estúdio responsável por Epic Mickey é o Junction Point, formado por Warren Spector e Art Min em 2005. O trabalho inicial envolvia um game massivo, de fantasia e RPG e que depois virou um projeto single-player.
Porém, em 2007 as coisas mudaram. A Junction Point foi comprada pela Disney e sua missão era criar um certo jogo épico, por assim dizer. Jogo esse, inclusive, que usaria o recém conquistado Oswald.
A mente de Warren
A importância de Warren Spector nesse projeto pode não parecer muito coisa para a maioria dos jogadores, mas ele é designer muito experimentado e com uma visão bem interessante sobre games.
Em seu currículo, Warren tem jogos como Wing Commander e System Shock. Entretanto, sua obra-prima é Deus EX, um jogo que mistura RPG com tiro em primeira pessoa de forma até hoje inédita.
Warren observa e encara jogos de uma maneira diferente, única e sempre mantém o foco na execução das ideias. Isso é muito importante para um projeto como Epic Mickey que gira em torno de uma boa história aliada a ótimos controles. Tudo isso são ideias que precisam de gente competente para transformá-las em um produto.
Uma grande salada
Uma grande salada
Pegando todos esses elementos, misturando e batendo bem, o que temos? Epic Mickey, claro!
No mundo paralelo de desenhos e brinquedos esquecidos, Mickey acaba derramando tinta sobre o cenário sem querer.
Isso acaba tornando-se o Mancha Negra, personagem que domina esse mundo paralelo e o transforma em um local devastado. Oswald inclusive luta contra o Mancha Negra e a missão de Mickey, além de salvar o mundo, é ajudar Oswald.
Um personagem bem antigo que deve aparecer é o Mad Doctor, a quem Oswald pede que construa versões robóticas de Donald e Pateta.
Nesse mundo sombrio de desenhos Mickey deve progredir usando um pincel para construir ou destruir os cenários. Isso por si só é demais, já que o jogador terá a chance de escolher suas ações. E isso influenciará de alguma forma a aparência de Mickey ao longo da aventura.
Nesse mundo sombrio de desenhos Mickey deve progredir usando um pincel para construir ou destruir os cenários. Isso por si só é demais, já que o jogador terá a chance de escolher suas ações. E isso influenciará de alguma forma a aparência de Mickey ao longo da aventura.
Junto a isso teremos referências a clássicos do passado, itens para colecionar e até desenhos antigos de Mickey em que poderemos entrar e participar! E tudo em preto e branco, claro!
Definitivamente épico?
Bem, hora de botar o pé no chão e deixar o hype de lado. Porque Epic Mickey parece tão bom, afinal?
- Porque ele tem um profissional extremamente qualificado por trás, que sabe como fazer um jogo e implementar conceitos de narrativa e jogabilidade inovadora - esse é o tipo de pessoa que precisa trabalhar mais com o Wiimote.
- Porque vai contra as limitações sempre impostas pela Disney e mostra inclusive um claro desejo que a empresa tem em atualizar e renovar seu personagem, sem medo de manchar a história já existente.
- Porque é um projeto feito há muito tempo, com carinho e muita dedicação; os simples personagens antigos e referências a desenhos esquecidos mostram que Epic Mickey celebrará todo o universo Disney e não apenas o camundongo.
- Porque é para o Wii, oras! Calma, nada de fanboy aqui. O que quero dizer é que manipular um ambiente de desenho com pincel só pode dar certo com o Wiimote. Além disso, a Disney quer levar Mickey às novas gerações e não vejo forma melhor para isso do que no console de maior sucesso atualmente – e com audiência mais diversificada.
Acho seguro dizer que pelo menos parece distante a óbvia piadinha de Epic Fail. Ainda bem.