Go! Go! Ackman: o característico humor de Akira Toriyama em um divertido jogo de plataforma

O título de Super Famicom combina uma jogabilidade simples com o estilo inconfundível do criador de Dragon Ball.

em 19/03/2025
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Lançado exclusivamente no Japão para o Super Famicom em 1994, Go! Go! Ackman é um divertido jogo de plataforma baseado no mangá homônimo criado pelo genial Akira Toriyama. Com uma premissa irreverente, o título coloca os jogadores no controle de um jovem demônio que precisa coletar almas.

Uma criança demônio desperta

Em Go! Go! Ackman, assumimos o papel de Ackman, um jovem demônio de 200 anos que desperta após um longo sono de cinco décadas. Sua missão é simples: coletar almas e vendê-las ao Lorde das Trevas. Para isso, ele conta com a ajuda de Goldon, um demônio voador responsável por armazenar os espíritos em um jarro.

No entanto, a tarefa de Ackman não será nenhum pouco fácil, pois o querubim Tenshi fará de tudo para detê-lo, chegando até a recorrer a medidas nada angelicais, como o uso de armas de fogo e a contratação de assassinos profissionais.

Além dessa curiosa inversão de papéis no clássico embate entre bem e mal, Go! Go! Ackman carrega muito do humor característico de Akira Toriyama. Embora o jogo deixe de fora algumas partes do mangá para focar mais nas sequências de ação, ele ainda consegue ser bastante engraçado.


Enfrentando anjos

A despeito de sua premissa inusitada, Go! Go! Ackman segue uma estrutura bastante tradicional de um jogo de plataforma 2D. Além de andar e pular, o protagonista pode atacar com socos ou realizar chutes aéreos. Há também um botão dedicado ao lançamento de bombas, que podem ser acumuladas até um máximo de três unidades e eliminam todos os inimigos na tela.

No decorrer das fases, é possível coletar armas que substituem os ataques padrão, como um bumerangue e um revólver, os quais nos permitem atingir inimigos à distância. No entanto, esses equipamentos são perdidos sempre que Ackman sofre dano, funcionando, assim, como uma espécie de barra de saúde extra.

Na maior parte da campanha, nossos principais adversários são os anjos. Enquanto alguns deles se locomovem e atacam por terra, outros navegam pelos céus e utilizam armas de longo alcance. Além desses seres celestiais, encontramos alguns animais hostis, como pássaros e lobos.

No final de cada estágio, encaramos um chefe, que, embora não seja extremamente complexo, exige a memorização de seus padrões de ataque. Entre esses oponentes especiais, nos deparamos com animais gigantes e com os mercenários contratados por Tenshi.

No modo normal, o jovem demônio conta com quatro barras de saúde e duas vidas, embora os “continues” sejam ilimitados. Ao perder uma vida, é necessário reiniciar a fase, mesmo que a derrota ocorra durante um combate contra um chefe.

Um demônio também usa veículos

Com respeito aos elementos de plataforma, Go! Go! Ackman se mantém simples, trazendo poucas áreas escondidas ou incentivos substanciais para uma exploração minuciosa. No entanto, mesmo sendo curto (é possível concluí-lo em menos de duas horas), o jogo conta com certa variedade ao trazer fases especiais em que controlamos veículos, como um carro ou um barco.

Embora não seja um título excessivamente difícil, alguns trechos de plataforma apresentam desafios consideráveis, especialmente nesses estágios com veículos, nos quais o jogador precisa se preocupar com buracos no cenário, alcance dos inimigos e a velocidade do transporte.

Além disso, graças à necessidade de reiniciar a fase após uma derrota e de entender os padrões mais elaborados de cada chefe, o progresso acaba se tornando um exercício constante de memorização e tentativa e erro.

Para finalizar, vale destacar que, ainda que os cenários não sejam tão chamativos visualmente, o inconfundível design dos personagens de Akira Toriyama faz com que o jogo tenha bastante charme e carisma.

Uma obra leve e cheia de carisma

Go! Go! Ackman certamente não está entre os títulos mais memoráveis do saudoso console da Nintendo. No entanto, seus elementos de ação e plataforma funcionam bem, o que, somado ao bom humor característico do lendário autor de Dragon Ball, resulta em uma experiência leve e muito divertida. 

Revisão: Cristiane Amarante
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Lucas Oliveira
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