Este ano, 2024, foi bem incomum com relação a jogos para este que escreve, pois acabei decidindo explorar mais alguns gêneros que, ou jogava pouco, ou há muito tempo não jogava e nem me lembrava de sentir tanta falta, digo isso especialmente com relação a RPGs.
Ainda, o ano foi recheado de experiências e descobertas que não apenas me proporcionaram ótimas horas de diversão, como enriqueceram minha visão e gosto pelos videogames, que são a grande experiência artística de nosso tempo. Então aí vai a minha pequena seleção com alguns dos meus favoritos de Nintendo Switch do ano.
Ace Combat 7: Skies Unknown
Ace Combat 7: Skies Unknown foi uma pancada nas minhas expectativas! A cada voo, fiquei de queixo caído com os visuais impressionantes, os efeitos de tirar o fôlego e a jogabilidade superfluida, que rodou no Switch de um jeito que parecia mágica. Passei boas horas me divertindo ao testar as diversas customizações de minhas aeronaves e combatendo com elas.
Fico muito feliz por ter saído da zona de conforto de jogar praticamente só jogos de plataforma (em especial retrôs), como vinha acontecendo por bastante tempo, e me aventurado nesse título, que não somente abriu ainda mais meus olhos para o potencial latente do Switch, como também me fez querer me aventurar em ainda mais gêneros diferentes.
Nine Sols e Prince of Persia The Lost Crown
Estes dois títulos vão ficar juntinhos por uma razão: dois “metroidvanias” que dão uma certa revigorada no meu gosto pessoal pelo gênero. Jogos de plataforma e ação explorativa estão entre os que mais gosto e costumava me divertir, mas com o tempo meu interesse foi ficando abalado pelo excesso de jogos que, em sua maioria, tentava replicar um Hollow Knight com outra aparência.
Nine Sols é uma obra-prima taopunk que brilha em cada detalhe. A narrativa é tão bem feita que parece que os desenvolvedores sabiam exatamente o ouro que tinham em mãos, entregando uma forma de contar sua história como poucos. Poderia mencionar também a gameplay muito bem definida e cheia de elementos realmente úteis e divertidos de usar.
E Prince of Persia The Lost Crown veio para mostrar que a franquia se encaixa perfeitamente no gênero, me fazendo lembrar dos jogos originais da série. Visualmente incrível, jogabilidade sem arestas, um mundo divertido de explorar. Uma pena que o futuro é incerto para Prince of Persia no mundo dos “metroidvanias”. Esses dois jogos me fizeram voltar a ter muito ânimo pelo gênero e querer procurar por mais.
The Legend of Zelda Echoes of Wisdom
Sendo direto: ao meu ver, Echoes of Wisdom, primeiro Zelda de visão isométrica 2D original da franquia em muitos anos, é a prova de que ainda é possível inovar no gênero, mesmo depois de quase 4 décadas.
A mecânica dos ecos e a liberdade (quase) total no ambiente 2D, mas também mantendo elementos tradicionais de Zeldas 2D, foram o suficiente para criar um frescor, mas mantendo a sensação de “Zelda” que só os jogos da franquia têm.
Echoes of Wisdom me trouxe uma alegria genuína, tal qual Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, e isso me deixou ainda mais animado, pois, independente da forma que esses jogos venham, o carinho e cuidado empregados neles nunca são insuficientes. E nem preciso dizer que a Zelda jogável é uma pérola, preciso?
Paper Mario The Thousand-Year Door
Paper Mario é uma das minhas franquias de RPG favoritas. Seu formato irreverente, as diversas quebras com o gênero, personalidade e humor fazem dele algo único. The Thousand-Year Door sempre teve um lugar especial, por diversas razões, entre elas ter sido um dos meus primeiros games para Gamecube.
O remake de The Thousand-Year Door chegou na hora certa, resgatando mais um dos grandes RPGs da Nintendo, assim como foi feito com Super Mario RPG. Basicamente tudo do jogo original foi mantido, mas com visuais e músicas melhoradas, ganhando o brilho que mereciam.
Eu me enchi não apenas de nostalgia, mas também de esperança de ver, a partir de agora, novos Paper Mario na qualidade total que a série pode entregar. E, assim como sempre, se questionado qual RPG da franquia Mario deveria ser jogado primeiro, The Thousand-Year Door.
Neva
Neva é um daqueles jogos que são uma obra de arte visual e cheia de sentimento e reflexão. Ele é pura poesia em forma de jogo. Sem precisar de quase nenhuma palavra, ele consegue transmitir uma carga emocional absurda e ainda ser uma das experiências visuais mais lindas que já tive.
Embora seja um título curto e com algumas mecânicas de combate bem simples demais e limitadas, cumpre bem seu propósito: é uma obra de arte interativa e eu estou pronto para muito mais disso.
Pokémon TCG Pocket
“Você está maluco!” Muitos certamente vão afirmar. Mas, é isso, Pokémon TCG Pocket é um dos meus jogos preferidos do ano, não apenas por me fazer voltar aos jogos TCG que jogava há muito tempo, como Magic The Gathering e o próprio Pokémon TCG.
Se afinal a escolha for baseada na diversão e nos estímulos que farão com que tenhamos desejo de continuar jogando, Pokémon TCG Pocket não poderia ficar de fora. A forma como o jogo foi estruturado, a beleza das cartas e as possibilidades, embora ainda um pouco limitadas para criação, me fazem querer continuar e jogar algumas partidas por dia, sem a necessidade de grandes compromissos ou partidas extremamente longas. É extremamente divertido, tanto para colecionar quanto para batalhar.
Fitness Boxing 3: Your Personal Trainer
Mais um do momento: o Lorde ficou maluco. Eu tive a oportunidade de pegar esse jogo para análise e não poderia ter saído melhor. A gamificação da prática de exercícios é não apenas inteligente como muito divertida.
Pessoalmente sou fã de praticar esportes de luta, mas sempre foi um tanto complicado por alguns fatores sociais, preferindo fazer as coisas de maneira mais solitária. Fitness Boxing 3 não só foi uma boa oportunidade para retomar os exercícios, como também fiz isso misturando duas coisas que gosto muito: videogames e luta.
É claro que esse título tem suas limitações, mas em pouco tempo já pude sentir os benefícios de incluí-lo na minha rotina diária, além de genuinamente me divertir.
Que venha 2025
Estamos às vésperas do anúncio do novo console da Nintendo, isso por si só já é motivo de empolgação para o próximo ano. Mas, além disso, temos jogos há muito aguardados que serão lançados em 2025, entre eles Pokémon Legends Z-A e aquele que mais tenho esperado, o quase mítico Metroid Prime 4: Beyond. E, é claro, não podemos esquecer que console novo da Nintendo geralmente é sinônimo de novo título da série Mario, como não se empolgar?
Com as energias e expectativas renovadas graças a grandes lançamentos jogados esse ano, sinto que podemos esperar grandes jogos de todos os gêneros possíveis e ainda mais com o grande apoio que as desenvolvedoras parecem dispostas a dar ao novo console da Big N, então, que venha 2025! E vocês? quais seus jogos preferidos do ano?
Revisão: Beatriz Castro