Meus jogos favoritos de 2024 — Fábio Castanho Emídio

Os redatores do Nintendo Blast comentam os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

2024 marcou o primeiro ano em que eu estive com o Nintendo Blast, tendo me juntado à equipe em agosto de 2023. Conheci ótimas pessoas, pude colocar minhas habilidades de redação à prova expressar meus sentimentos e pensamentos por meio de críticas, algo que eu sempre gostei de fazer.

Com isso, entrei na onda e quero compartilhar alguns dos meus jogos favoritos que joguei em 2024. Venham comigo, mais uma vez.

Arzette: The Jewel of Faramore

Meu primeiro 10/10 e um título que eu estava bastante ansioso para jogar, Arzette se inspira nos jogos medíocres do profano Philips CD-i, mas consegue ter sua própria identidade. Em uma terra mágica e estranha, um lorde sombrio retorna e cabe à princesa heroína detê-lo.

Com comandos que respondem muito bem, um estilo artístico único e divertido, personagens carismáticos e excelente trilha sonora, não tinha como eu não dar uma nota perfeita e recomendar este jogo a qualquer um que eu visse.


Mediterranea Inferno

Três rapazes queer se reencontram depois da pandemia do coronavírus, embarcando em viagens alucinógenas para enfrentar seus medos e colocando seus laços à prova, lidando com temas pesados como abuso, trauma, depressão e solidão. Com uma direção de arte absurdamente bela, temática polêmica, mas poderosa e personagens assustadoramente reais, Mediterranea Inferno foi um dos jogos que eu mais pensei ao longo do ano.

Eu tive uma experiência relativamente normal com a pandemia, mas não posso imaginar como tantos podem ter sofrido. Ah, e a trilha sonora é uma das minhas favoritas do ano.

Beyond Good & Evil: 20th Anniversary Edition

Com o passar dos anos, notei que deixei diversos clássicos de lado e não pude apreciá-los enquanto crescia. Nos últimos anos, tenho ido atrás de relançamentos e outros métodos, finalmente chegando a Beyond Good & Evil.

Em um planeta distante, a jornalista Jade precisa desvendar uma conspiração macabra envolvendo desinformação e uma guerra sem fim para resgatar seu amado tio Pey’J. Com um roteiro poderoso, excelentes personagens e uma direção de arte magnífica, minha espera por esse jogo valeu a pena. E lembrem-se: a salvo em sua concha, a preciosa pérola fica à mercê das correntes.

#BLUD

Esse eu acompanho o desenvolvimento já faz anos. Rebecca “Becky” Brewster chega com seu pai a uma nova cidade, Carpentersville, fazendo novos amigos e vivendo a vida normal. Isto é, se o normal é ir para a escola e matar vampiros e outras assombrações numa escala diária.

Não sou muito familiarizado com o estilo Dungeon Crawler, mas eu me diverti horrores com #BLUD. OK, alguns problemas na jogabilidade e falta de oportunidades de progressão incomodam, mas é uma aventura superdivertida com um estilo artístico único, se inspirando nos desenhos animados do começo de 2000, como Uma Robô Adolescente e Esquadrão do Tempo.


Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics

Após o lançamento desastroso de Marvel vs. Capcom Infinite, que até hoje assombra os sonhos de todo jogador, parecia que a série Marvel vs. Capcom jamais voltaria… até o anúncio naquele glorioso Direct, trazendo todos os títulos arcade (infelizmente excluindo Ultimate Marvel vs. Capcom 3) e ainda The Punisher!

Com menus em português, uma vasta coleção de jogos, excelente conectividade e praticamente sem carregamentos, é o sonho de todo fã da EVO. IT'S MAHVEL BABY!


Yakuza Kiwami

Dos jogos que joguei este ano para o Nintendo Blast, este deve ser meu favorito. Eu conhecia a reputação (excelente) da série Yakuza, mas nunca tive oportunidade de jogar. Então, veio o anúncio do relançamento de Kiwami e sabia que deveria pegar essa oportunidade.

Após uma década na prisão por um crime que não cometeu, Kazuma Kiryu deve limpar seu nome e desvendar uma conspiração envolvendo seu amor de infância, uma garotinha com um colar, o enorme roubo de seu antigo clã da yakuza e seu irmão de criação. Apesar de não ter absolutamente nenhum bônus de relançamento, eu me apaixonei pela estética do jogo, seu combate muito bem-feito, sua história envolvente e seus personagens complexos. Espero que o resto da saga de Kiryu chegue ao Switch (ou seu sucessor) o quanto antes.


Pine: Uma História Sobre Perda

Uma simples e honesta trama sobre um marceneiro que perdeu o amor da sua vida e precisa viver os seus dias na solidão e com a memória de sua esposa, esculpindo seus sentimentos em madeira para não se esquecer das emoções que passou. 2024 foi um ano extremamente difícil para mim e Pine conseguiu convir alguns dos sentimentos que estou sentindo. Belo e gentil, eu estava precisando de algo assim.

Cricket: Jae's Really Peculiar Game

Pine não foi o único sentimental de que eu estava precisando. Cricket conta a história de Jae, um garoto gentil e tímido que acaba de perder a mãe para o câncer. Com um grupo de amigos, ele decide embarcar em uma aventura mágica até a lua, onde dizem que podem realizar qualquer desejo.

Com um sistema de combate divertido, personagens charmosos, excelente gráficos feitos à mão e ótima trilha sonora, é uma recomendação forte para qualquer um fã de Mother-like.


Loco Motive

Por outro lado, eu precisava rir. E muito. Loco Motive é uma insana aventura envolvendo um autor pilantra metido a detetive, uma advogada meio doida, uma agente secreta nada preparada e mil e uma confusões dentro de um trem envolto de um assassinato misterioso e mais personagens e situações insanas.

Uma jogabilidade afiada, puzzles simples que não subestimam a inteligência do jogador, excelentes gráficos pixelados e uma história completamente insana e hilaria, é o herdeiro digno da insanidade da LucasArts.



Menções honrosas e considerações finais

São tantas memórias que fiz este ano que seria loucura colocar todas de uma só vez. Resolvi dar foco para aqueles jogos que realmente me impactaram em 2024, mas também vou fazer uma nomeação para outros excelentes títulos que joguei, sejam lançados este ano ou não, disponíveis na Nintendo ou não.
  • Psychonauts 2 (PC. Até hoje eu tô esperando a série chegar à Nintendo)
  • Kingdom Hearts 3 (PC. Nem morto que eu jogo a versão Cloud do Switch)
  • Slay the Princess: The Pristine Cut (Switch. Belo, insano e filosófico, do jeito que eu gosto)
  • Hades (Switch. Finalmente pude jogar e foram algumas das horas melhor gastas este ano)
  • Hollow Knight (Switch. Um dos melhores Metroidvanias de todos os tempo. Simples assim)
  • The Hokkaido Serial Murder Case: The Okhotsk Disappearance ~Memories in Ice, Tearful Figurine~ (Switch. Um belo remake de um clássico do gênero visual novel, não apenas traz de volta o jogo original intacto, mas também adiciona uma trama igualmente complexa e intrigante).
  • Fear the Spotlight e Alisa: Developer’s Cut (Switch. Duas aventuras low poly remetendo a jogos de terror do PS1, com roteiros poderosos e jogabilidade afiada).
2024 não foi o pior ano da minha vida (2018 e 2023 foram bem piores), mas que tiveram momentos de dúvidas e dor é um fato. Olho com cautela para 2025, tendo fé (com cuidado) de um futuro melhor. Que todos estejamos bem.

Revisão: Juliana Paiva Zapparolli

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Formado em Publicidade e Propaganda na USC e especializado em Marketing Digital, sou Editor de Vídeos também, meu TCC foi sobre a Guerra dos Consoles e evolução da publicidade nos games. Jogo um pouco de tudo e também escrevo. Me descrevo como um artista.
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