Ys Memoire: The Oath in Felghana traz de volta o remake do terceiro jogo da série (Wanderers from Ys) em uma nova versão remasterizada para alta definição e a atual geração de consoles. Tivemos a oportunidade de testar um pouco do início do RPG no Switch e aqui estão as nossas primeiras impressões.
De volta ao passado
Originalmente lançado em 2005 no Japão, The Oath in Felghana faz parte de um outro momento da franquia. Na época, a Nihon Falcom estava apostando a maior parte das suas fichas em sua produção no Windows e testando o uso de visuais isométricos para dar uma impressão de tridimensionalidade aos seus jogos 2D.
Em Ys Memoire: The Oath in Felghana, esse estilo é preservado, embora haja agora uma visão 16:9, enquanto o jogo original seguia a proporção 1:1 no PC. Além disso, a câmera é fixa, modificando sua posição automaticamente em pontos estratégicos.
Um detalhe interessante que já deu para ver é a possibilidade de mudar entre as ilustrações originais dos personagens e uma nova versão, chamada “Refined”. No geral, essas artes refeitas são bem próximas da edição original, mas com um estilo mais moderno.
Assim como na versão de PC anteriormente lançada pela XSEED, o jogo permite alternar entre as trilhas de Oath in Felghana e das versões de Ys III de PC-8801 e de Sharp X68000. A dublagem em inglês também é a mesma dessa edição, pelo que pude comparar, exceto pela voz de Adol em batalha, que nessa outra versão não existia.
O jogador pode eliminar as vozes totalmente ou tirar apenas a do narrador se preferir. Também temos tanto a dublagem em inglês quanto em japonês para conferir, mas curiosamente a segunda opção me pareceu mais abafada.
Ainda nas novidades, vale destacar que, em comparação com a versão de PC que mencionei, temos um menu chamado Museum liberado desde o início. Nele, há um prólogo para a aventura, explicando um pouco de como Adol e Dogi foram parar em Felghana. Parte disso também é utilizado como introdução no jogo.
Ataques e saltos
Em termos de gameplay, Ys Memoire é um RPG de ação em que controlamos exclusivamente Adol Christin. A série só foi experimentar o uso de outros personagens em Ys Origin, e de parceiros a partir de Ys Seven.
Com apenas Adol, é importante prestar atenção aos ambientes para evitar ser surpreendido pelos inimigos. É possível fazer combos de espadas e pular para desviar ou tentar atingir inimigos voadores. O timing de uso dos dois botões altera um pouco o alcance dos ataques.
Durante o meu curto tempo com o jogo, encarei apenas a primeira dungeon, uma mina recheada de monstros, do início ao fim. A partir de um certo ponto, criaturas gosmentas passam a ser comuns e elas são tão resistentes contra golpes de espada que recebem apenas um ponto de dano.
Antes de encará-las, é necessário ir até uma área de armazenamento onde encontramos um bracelete. Com ele equipado, podemos atirar bolas de fogo, facilitando muito o enfrentamento dessas criaturas.
Já nessa área, é possível ver um dos melhores pontos de Ys: os chefes que oferecem batalhas desafiadoras. O mini-chefe e o chefão dessa área servem como uma ótima prática e ensinam a necessidade de prestar atenção nos seus padrões.
Saber a hora de pular para desviar dos ataques e planejar bem a hora de partir para a retaliação é crucial. Quem quiser menos desafio, pode optar pelas dificuldades mais baixas, mas o jogo também conta com um sistema de Retry ao perdermos para um boss e a opção reduzir a dificuldade quando isso acontecer repetidas vezes, se preferirmos.
Uma jornada ainda em andamento
Por fim, gostaria de destacar apenas um ponto que me incomodou até o momento: no modo portátil do Switch, o contraste entre inimigos e ambientes é baixo. Infelizmente, apesar dos gráficos mais refinados para HD, esses elementos acabam se misturando e fica difícil discernir se há monstros em alguns momentos. Pretendo testar o jogo na dock ainda e ver se melhora essa questão.No mais, a minha perspectiva com Ys Memoire: The Oath in Felghana é bem positiva. Estou ansioso para experimentar mais do jogo e ver o pacote completo, que será lançado no Switch no dia 7 de janeiro de 2025. Até o momento, o que pude ver parece ser uma edição definitiva de um dos clássicos da franquia, mantendo todo o seu charme.
Revisão: Davi Sousa
Texto de impressões produzido com cópia digital cedida pela XSEED