A trajetória de Doom em plataformas da Nintendo - Parte 2: Nintendo 64 e Switch

Conheça todos os jogos da franquia Doom que foram lançados nos consoles da Nintendo.

em 31/12/2024
Dando continuidade e encerrando a saga dos jogos da franquia Doom nos consoles da Nintendo, depois de explorarmos os títulos do SNES e GBA, agora é hora de mergulhar nos jogos que marcaram história no Nintendo 64 e no nosso querido Switch.


Após o enorme sucesso de Doom nos computadores e consoles, todo mundo queria uma fatia desse mercado. Vários jogos similares começaram a surgir, tentando surfar na onda do hype. Com a id Software ganhando cada vez mais destaque na indústria, as grandes empresas não queriam apenas criar jogos como Doom — elas queriam o próprio Doom. Queriam ser donas da id Software.

Rejeitando ofertas da Microsoft, a id Software decidiu fortalecer sua relação cada vez mais próxima com a Big N, e foi assim que surgiu o primeiro — e único — título da franquia a ser exclusivo de um console: Doom 64, para o Nintendo 64.

Doom 64


Lançado em 1997 para o Nintendo 64, Doom 64 foi uma jogada inesperada e trouxe uma visão nova e interessante para a franquia. Diferentemente dos jogos anteriores lançados para PC, este título apostava em uma atmosfera mais sombria e assustadora, deixando de lado a gameplay frenética e cheia de ação dos clássicos. Ainda assim, mantinha toda a violência e o sangue que marcaram a série, algo surpreendente de se ver em um console tão "família" como os da Nintendo.


Além dos gráficos 3D revolucionários em comparação aos títulos anteriores da franquia, Doom 64 trouxe a proposta de ser muito mais assustador. O jogo apostava em salas mais escuras — escuras até demais, diga-se de passagem —, repletas de pequenos segredos e sustos para deixar o jogador sempre tenso.


Mesmo com mudanças na fórmula tradicional, Doom 64 é um excelente jogo que evoluiu significativamente em relação aos originais, sem perder a essência que tornou a série tão icônica. Apesar de alguns problemas artísticos, como corredores exageradamente escuros que prejudicam levemente a jogabilidade, o título trouxe uma nova e interessante perspectiva para a franquia.

Por muitos anos, a franquia permaneceu adormecida nos consoles da Nintendo, sem previsão de novos lançamentos. Isso mudou de forma inesperada em 2017, com um anúncio que pegou a comunidade gamer de surpresa.

Doom (2017)

Lançado para o Switch em 2017, Doom foi muito mais do que um simples porte; foi uma demonstração do potencial máximo do Switch, e que, mesmo com uma enorme desvantagem de hardware frente ao PlayStation 4 ou Xbox One, o Switch era um competidor de peso.


Doom é amplamente considerado uma obra-prima dos reboots. Os elementos fundamentais que definiram a experiência de 1993 foram preservados, acompanhados de melhorias gráficas, e o jogo expandiu mecanicamente a profundidade da sua jogabilidade, com inimigos desafiadores e difíceis de lidar, que estimulam soluções criativas com um vasto arsenal que é brutalmente satisfatório de usar.

Mesmo com o desempenho limitado e gráficos notavelmente reduzidos no Switch, a jogabilidade se mantém intacta. Com exceção de alguns momentos de lentidão preocupante, em geral, é uma experiência satisfatória. Embora não seja a melhor possível, só pelo fato de oferecer portabilidade ainda vale a pena jogá-lo no Switch.


Para uma análise mais detalhada sobre o jogo, vale a pena conferir o artigo publicado por Vitor Tibério, aqui no Nintendo Blast.

A volta dos clássicos

Entre 2019 e 2020, tivemos o relançamento dos principais títulos da franquia para o Switch. Além dos dois primeiros em sua forma mais fiel e gloriosa aos jogos originais, foi lançado Final Doom – que ainda não havia aparecido em nenhum console da Nintendo – e Doom 64, anteriormente exclusivo do Nintendo 64.


Além disso, Doom 3: BFG Edition foi relançado. Esse é o jogo da franquia que recebeu menos destaque, mas que foi portado de maneira fiel e respeitável no Switch, oferecendo ao título uma nova oportunidade de sucesso.

Doom Eternal (Switch)

No início de dezembro de 2020, foi lançado o título mais recente da franquia, mantendo a abordagem iniciada pelo reboot e dando continuidade à história que foi narrada no jogo anterior: Doom Eternal.


Além dos novos elementos de combate e exploração, Doom Eternal é uma melhoria significativa em relação ao título anterior, mas isso teve um custo: os gráficos. Mesmo tendo uma bela ambientação, este jogo apresenta downgrades significativos na parte gráfica, e a Panic Button – desenvolvedora do port para o Switch – fez milagres para que o jogo rodasse no Switch de forma satisfatória.


Ainda assim, Doom Eternal no Switch é fenomenal e supera o título anterior em diversos aspectos. Para uma análise mais elaborada sobre este game, vale conferir o artigo de Patrick Pinheiro publicado aqui no Nintendo Blast.

O fim dessa relação?

E assim, concluímos a trajetória dessa franquia nos consoles da Big N, repleto de sangue, violência intensa e ação frenética. Ao todo, foram sete jogos distribuídos entre quatro consoles, e no universo Nintendo, os fãs de Doom podem aproveitar bastante.

Mas seria esse o fim da relação entre Doom e a Nintendo? Com os rumores de um “Switch 2” a caminho, será que esse novo console conseguirá rodar os futuros títulos da franquia? Isso só o futuro pode nos dizer.

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli
Fontes: Wikipédia (1, 2), Nintendo Blast (1, 2, 3), IGN.
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Samuel Expeditto
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