Impressões: Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven tem potencial para ser um dos melhores RPGs do ano

O remake do clássico da Square chegará ao Nintendo Switch em 24 de outubro.

em 05/10/2024
A série SaGa, da Square Enix, está prestes a ganhar uma nova adição com Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven, um remake do clássico de Super Nintendo que foi lançado originalmente apenas no Japão em 1993 e chegou ao Ocidente por meio de um remaster para diversas plataformas em 2017.

Baseado no conteúdo disponível na demo, que está disponível desde o dia 18 de setembro, e nos materiais de divulgação, temos grandes expectativas de que este será um RPG de altíssimo nível. Vale lembrar que o jogo será lançado para PC, PlayStation 4, PlayStation 5 e, é claro, Nintendo Switch no dia 24 de outubro.

Os sete heróis vilões

No universo de Romancing SaGa 2, uma antiga lenda prediz o retorno de sete heróis que, no passado, salvaram o mundo. No entanto, essa profecia se cumpre de uma forma totalmente inesperada: os sete retornam como versões corrompidas e malignas de si mesmos.

Durante o conteúdo da demo, vemos Avalon, a capital do Império Varennes, ser atacada por Kzinssie, um dos sete guerreiros da lenda. Infelizmente, esse ataque resulta na morte do príncipe Victor, filho do rei Leon. Em busca de vingança, Leon enfrenta Kzinssie, ficando bastante debilitado após o confronto.

Com um forte desejo de vingança, o rei utiliza uma magia lendária, aprendida de um oráculo, para transferir seus poderes ao seu filho caçula Gerard, sacrificando sua própria vida na esperança de que seu descendente possa libertar o mundo desse mal.

Uma luta de gerações 

Uma das características mais marcantes de Romancing SaGa 2 certamente é o seu sistema de herança. Neste jogo, a batalha contra os sete guerreiros pode se perdurar por várias gerações, com novos imperadores herdando a missão e as habilidades de seus antecessores.
 
Embora a demo termine logo após a primeira sucessão, já foi confirmado que o jogador terá bastante liberdade para definir quem serão seus líderes, com qualquer personagem jogável podendo se tornar o imperador.

Sabendo que a não-linearidade é uma marca registrada da série, e com base no que vimos na demo, na qual o jogo parece se preocupar em oferecer profundidade aos eventos narrativos, fiquei bastante curioso em saber sobre como nossas ações se combinarão com o sistema de heranças para influenciar a história.

Totalmente em 3D e com combates intuitivos

Apesar de a demo ser relativamente curta, pudemos ter um vislumbre de como será a exploração e o combate em Revenge of the Seven. Uma das mudanças mais evidentes neste remake é a transição completa para o 3D, no qual navegaremos pelo mundo por uma perspectiva em terceira pessoa.
 
Além de andar e correr, também é possível pular, e o jogo parece incentivar a exploração, recompensando os jogadores mais curiosos com itens importantes. Para citar um exemplo, em um corredor opcional, encontrei um baú que, apesar de desencadear uma luta desafiadora, me rendeu um equipamento valioso, muito útil para derrotar o chefe final da demo.

Pelo que vimos até o momento, o mundo de Romancing SaGa 2 será composto por diversas áreas abertas, acessíveis por um mapa geral que permite viagens rápidas. Nas regiões hostis, conseguimos visualizar os monstros vagando pelo cenário e podemos iniciar os confrontos com vantagem ao atacá-los pelas costas. Claro que o contrário também pode acontecer.

As batalhas seguem o modelo tradicional por turnos, com uma linha do tempo indicando a ordem dos combatentes. Além de elementos comuns como HP e MP (aqui chamado de Battle Points), também devemos nos atentar ao LP (Life Points), que, ao chegar a zero, resulta na morte permanente do personagem.

A mecânica de Glimmer também retorna, permitindo que os personagens aprendam novas técnicas durante o combate. A grande diferença neste remake é existir uma indicação clara de quais habilidades têm chance de ativar Glimmer, o que certamente oferecerá variáveis interessantes ao jogador dentro de um mesmo embate.

Outro elemento importante é o United Attack, no qual ataques em sequência são desencadeados pelos heróis quando uma barra específica (Overdrive) é preenchida. Diferentemente do recente SaGa: Emerald Beyond, no qual essa mecânica dependia do posicionamento dos personagens na linha do tempo, em Revenge of the Seven, o Overdrive se preenche conforme exploramos as fraquezas dos inimigos.

Sendo assim, o uso estratégico das diferentes armas e habilidades será crucial, já que os United Attacks são extremamente poderosos e os inimigos possuem fraquezas variadas. Felizmente, o jogo também fornece indicações claras dessas vulnerabilidades, o que provavelmente facilitará a formação de equipes e de estratégias eficazes.

Vale destacar que, além de um sistema de combate mais claro e intuitivo, Revenge of the Seven oferecerá três níveis de dificuldade — casual, normal e hard —, que poderão ser modificados a qualquer momento. Em razão disso, creio que o título conseguirá garantir um desafio equilibrado para veteranos e uma experiência acessível para estreantes.

Mais um grande RPG a caminho

O equilíbrio entre elementos clássicos da série e as inovações trazidas pelo remake, especialmente as focadas em tornar o combate mais intuitivo, promete ser eficaz em atrair tanto veteranos quanto novos jogadores. Com base no conteúdo apresentado até agora, acreditamos que Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven tem tudo para ser um dos grandes destaques entre os RPGs deste ano, mesmo considerando que 2024 tem sido bastante generoso com esse gênero.

Revisão: Cristiane Amarante
Texto de impressões produzido com demonstração gratuita disponível na eShop

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