O Game Boy Advance é reconhecido por ser o quinto console mais vendido da Nintendo, com 81,51 milhões de unidades comercializadas e uma biblioteca de 1.538 jogos licenciados. No entanto, ele não recebeu nenhum título inédito da série principal do Mario, exceto relançamentos aprimorados da coleção Super Mario Advance.
Apesar disso, o portátil de 32-bits abrigou vários spin-offs, e um deles, que agora completa 20 anos, é Mario Pinball Land. Desenvolvido pela Fuse Games, o título tenta entregar uma experiência única, mas se perde em uma jogabilidade confusa e mediana, mesmo protagonizado pelo icônico encanador bigodudo.
Bate bola, jogo rápido
A trama do jogo começa com a inauguração do Sky Cannon, um canhão capaz de transformar qualquer pessoa em uma bola e lançá-la a grandes distâncias. Contudo, quando a Princesa Peach é transformada em bola, dois Goombas sabotam o lançamento, fazendo-a cair diretamente no castelo de Bowser.
Em vez de seguir a clássica aventura de plataforma, Mario também se transforma em uma bola de pinball e enfrenta desafios em cinco estágios. Neles, você deve usar os botões L e R para mover os flippers (as alavancas) da esquerda e da direita, respectivamente.
Esses níveis são notáveis pelos modelos pré-renderizados, que proporcionam cenários visualmente detalhados e impressionantes para os padrões do Game Boy Advance.
O objetivo principal do jogo é coletar estrelas, de forma semelhante a Super Mario 64. No entanto, a jogabilidade se torna repetitiva devido ao mal balanceamento, à frustração gerada pela posição da câmera e à dificuldade desnecessária de se mover para novos cenários, transformando o progresso em um desafio exaustivo.
Cenários de tirar o fôlego (e a paciência)
Como mencionado, Mario Pinball Land se destaca visualmente pelos cenários pré-renderizados, que criam uma aparência agradável, especialmente em um jogo de mesa, além disso você pode escolher as quatro primeiras fases para começar, desde que você tenha estrelas o suficiente para prosseguir. Os cinco cenários incluem:
- The Fun Fair: Primeira área do jogo, com uma mansão fantasma e uma tenda onde um Toad vende itens;
- Grassy Greens Stage: Uma área verde, de onde surgem bifurcações e a necessidade de coletar estrelas mínimas para avançar;
- Frosty Frontier Stage: Estágio de gelo, no qual a jogabilidade, já imprecisa, tende a piorar;
- Shifting Sands Stage: Área desértica que introduz o único personagem exclusivo do jogo, o Egyptian Koopa;
- Fiery Stage: O estágio final, que exige chaves dos chefes anteriores para enfrentar Bowser e concluir o jogo.
Embora os cenários sejam visualmente atraentes, a jogabilidade frustrante faz com que esses ambientes se tornem mais desafiadores do que o necessário. Além disso, a trilha sonora não impressiona: as músicas, com loops curtos e pouca variedade, não deixam uma marca memorável na franquia.
A Bola que não foi para lugar nenhum
No seu lançamento, Mario Pinball Land recebeu críticas mistas, com uma média de 62 no Metacritic. A IGN deu uma nota 5/10, destacando o visual bonito, mas criticando a jogabilidade frustrante e falha. Eles ainda compararam o título com Pokémon Pinball: Ruby and Sapphire, chamando Mario Pinball Land de "um passo para trás."
De alguma forma, o jogo é péssimo em quase tudo o que se propõe a fazer, sendo uma das experiências menos divertidas da franquia Mario. Ele carece do cuidado e atenção aos detalhes que normalmente encontramos em outros jogos da série.
No geral, Mario Pinball Land se apoia fortemente em sua apresentação visual, mas sua curta duração e baixo valor de rejogabilidade comprometem a experiência. Comparado a outros spin-offs, como Mario Party Advance, Mario Kart e até mesmo a série Mario & Luigi, que estreou um ano antes, Pinball Land fica aquém das expectativas.
O que você acha, leitor? O jogo é só uma tentativa frustrada de uma nova franquia que não foi para frente? Ou só mais um jogo que deveria ter mais carinho dos fãs? Não esqueça de dizer nos comentários.
Revisão: Vitor Tibério