Com Radiant Tale -Fanfare-, voltamos a esse universo encantador para ver epílogos do que aconteceu no original e rotas alternativas. Fanfare é o que se chama de fandisk, uma expansão vendida de forma independente e que costuma ser feita para as visual novels populares.
Três modos de história
Logo de cara, devemos escolher o nome para a protagonista, sendo Tifalia o original e, caso o jogador mantenha essa versão, poderá escutar os personagens falarem o seu nome. Após uma rápida introdução em que a personagem demonstra insegurança de voltar aos palcos, somos apresentados ao menu de opções.A lista de “modos” inclui If Story, After Story, e Interlude. A If Story traz um breve resumo dos eventos do jogo original, explicando a jornada de Tifalia junto com a CIRCUS, mas a personagem não consegue se aproximar de um dos rapazes. Como resultado, ela se torna secretária de Jinnia e tem a oportunidade de ficar mais íntima dele ou de se envolver com Liyan, outro personagem que não estava disponível no original.
Já a opção After Story nos leva a um outro menu no qual selecionamos um dos rapazes disponíveis no original. Cada final bom do original leva a um epílogo aqui que traz novos desafios para o novo casal. Em especial, são explorados novamente os elementos de construção de mundo do original, que envolvem aspectos sociais e mágicos, embora a obra não traga mais profundidade para eles.
Por fim, temos também histórias adicionais chamadas Interlude. Elas são momentos bem menos relevantes para a trama, servindo como um conteúdo adicional opcional para fãs que querem ver um pouco mais das interações entre os personagens.
Os aspectos técnicos
De forma geral, Radiant Tale: Fanfare é uma expansão adequada para o jogo original, levando os personagens a enfrentarem novas situações. A tradução para o inglês conta com alguns erros de digitação pequenos, mas nada que chame a atenção em particular.Em comparação com o jogo original, as novas histórias são mais curtas, mas isso não chega a ser um problema. Pessoalmente, considero cada trama satisfatoriamente desenvolvida, exceto pelo final de Colivus, que poderia trazer uma resolução definitiva para as circunstâncias do príncipe.
Nos aspectos visuais e sonoros, a obra continua sendo bem colorida e chamando a atenção. A interface é bem próxima à do jogo original, com alguns ajustes de cor nos menus. Como comentei na análise do Radiant Tale, o que vemos aqui lembra pinturas medievais que brincam com relevo de forma estilosa. Felizmente, no fandisk não notei mais os problemas de aliasing do original.
Uma performance para clientes VIP
Radiant Tale -Fanfare- é uma obra claramente feita para fãs do jogo original. A obra expande a narrativa e mantém as qualidades de Radiant Tale, mas não consegue ir mais fundo na experiência. O resultado é agradável, mas não vale a pena para quem não tiver se encantado pelo original.
Prós
- As novas opções de romance são interessantes;
- As rotas de cada personagem expandem de forma interessante a construção de mundo;
- Os aspectos visuais e sonoros do jogo chamam a atenção com seu estilo focado em cor e performance circense;
- Típicos elementos de qualidadade de vida das obras da Otomate mantém a experiência agradável.
Contras
- Ausência do menu Status para os epílogos;
- Como usual de um fandisk, boa parte da experiência só vale a pena se o jogador já tiver jogado o original;
- A história de Colivus poderia ter sido explorada mais a fundo
- Pequenos erros de digitação.
Radiant Tale -Fanfare- — Switch — Nota: 7.0
Revisão: Juliana Paiva Zapparoli
Análise produzida com cópia digital cedida pela Aksys Games