Perfil: Diddy Kong, um simpático macaquinho e um herói de categoria

Uma jornada de evolução de um personagem pequeno em um dos maiores de sua franquia.

em 15/06/2024
Alguns personagens são sinônimos de inovação em suas franquias, e acredito que Diddy Kong seja um desses. Inicialmente, foi pensado como um novo design de Donkey Kong Jr. A Nintendo sentiu que seu design era muito diferente e insistiu em que a Rare modificasse o novo personagem para que Júnior fosse retratado de forma mais próxima à sua aparência original ou para que fosse completamente diferente.

Assim, o macaco-aranha foi idealizado e passou por uma trajetória única que o transformou em um dos mais reconhecíveis da franquia Donkey Kong, com muita história para contar ao longo de quase 30 anos de existência.

Suas primeiras aventuras

Sua primeira aparição foi em Donkey Kong Country de 1994, onde ele era apenas um aprendiz de seu tio. melhor amigo Donkey Kong e protetor da reserva de bananas da família Kong, mas, infelizmente, ele acabou emboscado pelos Kremlings e aprisionado em um DK Barrel e sempre estará lá caso Donkey Kong esteja sozinho.

Após uma árdua jornada, os macacos conseguem derrotar King K. Roll e expulsar todos os jacarés da ilha. Que final feliz, não? Mas, na verdade, seria apenas o começo da jornada de nosso então coadjuvante.

Também houve um desafio proposto por Cranky Kong, em Donkey Kong Land (GB) com a desculpa de que os avançados gráficos do Super Nintendo trouxeram facilidades para a dupla e, dessa vez, passariam pelos desafios do primeiro jogo, mas no Game Boy.

Nesse jogo, Diddy é um personagem rápido, o que é continuado por toda a franquia,  permitindo que ele chegue mais longe que Donkey Kong, mas, em contraponto,  não derrota inimigos maiores, deixando a cargo de seu tio ou de um barril.

Ainda em 1995, já precisava protagonizar seu próprio jogo, sendo este Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest, onde ele, ao lado de sua namorada Dixie Kong, entraria no território dos Kremlings para resgatar o agora sequestrado Donkey Kong. 

Nesta aventura, consideravelmente mais difícil, que culmina na ruína da Crocodile Island e a elevação de Diddy como um verdadeiro herói do videogame nesse último caso complete 102% do jogo.

Nesse jogo, ele se mostra ainda mais acrobático, seja por causa das fases mais verticais ou justamente pela jogabilidade mais refinada, com direito a se pendurar em diversos segmentos do jogo em cenários épicos capazes de tirar o fôlego.

Repetindo a dose, dessa vez em 1996, com Donkey Kong Land 2, com a mesma proposta de refazer o jogo na tela monocromática do Game Boy e se provar mais uma vez como um pequeno grande herói depois de o Kaptain K. Rool ter trazido a ilha de volta de algum jeito.

Entretanto, em 1997 Diddy Kong não seria jogável pela primeira vez, tendo que ser resgatado por Dixie e seu priminho Kiddy Kong, na terceira aventura Country.

A expansão de seu escopo no mundo 3D

Em compensação, ainda este ano, já superando Donkey Kong em número de jogos protagonizados, o macaquinho foi o personagem principal de Diddy Kong Racing para Nintendo 64 e também seu remake para Nintendo DS. Nesse jogo, Diddy deve salvar a Timber Island das garras de Wizpig em corridas de kart, hoverboard e avião.

Agora considerado um herói devido aos eventos passados, Diddy é retratado como um personagem padrão de jogo de kart, totalmente balanceado, dirigindo um kart azul e com o dever de libertar os guardiões da ilha para banir o porco feiticeiro.

Apenas em 1999, Diddy e Donkey Kong seriam novamente parceiros para derrotar mais uma vez K. Rool, junto a outros 3 Kongs em Donkey Kong 64, um jogo imenso que trouxe ao Diddy sua principal arma: Peanut Popgun, pistolas de madeira que disparam amendoins.
Neste jogo, além de ser o Kong mais ágil, Diddy dispõe de várias habilidades como o Salto Duplo, sendo o único Kong com essa capacidade, uma investida carregada, um salto mais alto e até uma mochila a jato. Tudo isso para destruir a Blast-o-Matic antes que ela destrua a DK Island.

O inevitável retorno, mas com uma perda considerável

Após isso, houve um grande período sem jogos principais da franquia Donkey Kong, e todos os primatas acabaram sendo reduzidos a jogos menores ou relançamentos de versões anteriores. Foi apenas em 2010 que tivemos o retorno de Diddy aos jogos em Donkey Kong Country Returns (Wii), mas sendo apenas uma espécie de Power-Up do Donkey Kong no single player, e jogável por completo no multiplayer. 


E, para completar, em um déjà vu, ele é aprisionado novamente, como na sua primeira aparição, pelos novos inimigos do jogo, os membros da tribo Tiki Tak. Cabe à velha dupla derrotar os Tikis e recuperar as bananas novamente.
Ainda assim, no até então último jogo lançado da franquia para Wii U e depois para Switch, Donkey Kong Country: Tropical Freeze (lançado originalmente para o Wii U há mais de 10 anos), ele continuou em um papel de ajudante, tendo seu resplendor apenas no modo cooperativo ou na versão difícil em que os Kongs têm de se aventurar sozinhos.

Além das ilhas

Diddy aparece também em diversos outros jogos, sendo mencionado ou participando ativamente em spin-offs das franquias Mario e Donkey Kong. Sua última aparição foi no Mario Kart 8 Deluxe, vindo na Wave 6 da DLC Booster Course Pass. Considerado um personagem veloz e sempre como dupla de DK a lista de jogos em que aparece é extensa, contando com: 


Uma nova aventura é necessária

Diddy Kong é um personagem amigável e aventureiro, disposto a ajudar seus amigos em momentos de necessidade, evidenciado por toda sua trajetória em que sempre esteve disposto a colaborar para que tudo saísse bem, também mostrando uma certa inteligência em contraponto a Donkey Kong, mas sem deixar seu lado infantil de lado, como vemos em algumas animações ou as risadinhas quando troca de lugar com Dixie.

Antes, contando apenas com sua agilidade e pequeno tamanho, ele se tornou um lutador completo, com uma variação de saltos única na família e os mais diversos apetrechos, como as já citadas Peanut Popguns para disparos à longa distância, e sua própria mochila a jato para atingir pontos difíceis. Além disso, ele sabe tocar uma guitarra elétrica usada em Donkey Kong 64 para desvendar enigmas e abrir portas em diversas situações.

No começo, ele era apenas um personagem alternativo ao Donkey Kong Jr., mas conquistou seu próprio espaço se tornando um dos personagens mais populares de Donkey Kong, dando mais personalidade para a franquia irmã do Mario e tendo até mais versões jogáveis que o próprio DK que é jogável em três jogos Country enquanto o Diddy é jogável em quatro em sua própria linha de jogos, que está abandonada no momento, com um grande tempo sem jogos.

Revisão: Cristiane Amarante

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