A nona geração de consoles foi alvo de intensas discussões na internet, com muitos acreditando que ela foi uma "geração perdida" devido à grande base de usuários dos consoles anteriores. Após quatro anos do seu começo, na reta final, houve um aumento significativo no número de jogos grandes e exclusivos para a nova geração, quando a Microsoft e a Sony anunciaram que já estavam trabalhando na décima geração de consoles.
Apesar de todos esses recursos, a comunidade de jogadores tem enfrentado a escassez de conteúdos novos e jogos de grande porte exclusivos para essas plataformas. A Nintendo ainda não lançou um console de nova geração, e há preocupações de que a empresa possa enfrentar desafios semelhantes, principalmente por não priorizar gráficos de ponta e resoluções elevadas em seu hardware.
Antes de começar, gostaria de deixar alguns pontos claros: não vou discutir rumores sobre o novo console da Gigante Vermelha ou jogos de outras empresas. Também é importante lembrar que um título AAA/first party leva em média de 3 a 5 anos para ficar pronto, desde a pré-produção até o lançamento. Qualquer dificuldade durante esse processo pode ser crítica e levar a adiamentos.
Uma geração perdida?
A nona geração de consoles foi alvo de intensas discussões na internet, com muitos acreditando que ela foi uma "geração perdida" devido à grande base de usuários dos consoles anteriores. Após quatro anos do seu começo, na reta final, houve um aumento significativo no número de jogos grandes e exclusivos para a nova geração, quando a Microsoft e a Sony anunciaram que já estavam trabalhando na décima geração de consoles.
Essa nova etapa enfrentou uma série de desafios, principalmente devido ao contexto global da época. A pandemia de COVID-19, uma crise mundial, teve um impacto significativo no lançamento dos consoles e no desenvolvimento dos jogos seguintes.
A dona do bigodudo, no entanto, conseguiu se destacar nesse cenário. O Switch manteve uma frequência constante de lançamentos de jogos importantes e conquistou uma base sólida de jogadores, o que levanta questionamentos sobre como será o futuro do próximo console da gigante japonesa.
A pandemia e os desafios no desenvolvimento de jogos
O pontapé inicial da atual geração de consoles, em 2020, foi marcado por um início desafiador devido à pandemia de COVID-19, que perturbou as cadeias de suprimentos globais. Um dos principais componentes afetados foram os chips semicondutores, essenciais na fabricação dos consoles. A escassez desses chips limitou significativamente a capacidade de produção da Sony e da Microsoft, resultando em uma oferta muito abaixo da demanda, o que levou a preços exorbitantes para os consoles, chegando a até duas vezes o valor original.
A pandemia deixou um impacto muito grande a longo prazo na indústria, onde vários jogos tiveram seu desenvolvimento paralisado ou desacelerado, devido, em grande parte, ao fato de as empresas terem migrado o serviço presencial para o modelo de trabalho em casa; a organização de produção mudou por completo, naturalmente ficando mais lenta, já que muitas das mudanças podem ser feitas na tentativa e erro até acharem uma forma que funcione. Isso fez com que os jogos tivessem seus lançamentos atrasados por alguns anos, às vezes até mesmo por tempo indefinido.
A transição de uma geração de consoles para a outra geralmente envolve o lançamento de jogos para as duas gerações simultaneamente. Essa estratégia permite que um público maior possa desfrutar dos títulos, enquanto a produção dos novos consoles aumenta e os preços se estabilizam. No entanto, a transição para a nova geração foi mais longa do que o esperado devido a atrasos no desenvolvimento de jogos e na fabricação de consoles, além da pandemia de COVID-19, que afetou a forma de trabalhar da indústria.
Com a dificuldade em encontrar os novos consoles em estoque e os preços elevados, muitos jogadores se perguntaram se o investimento valeria a pena. Para muitos, fazia sentido lançar os jogos para ambas as gerações, pois isso sustentaria a empresa durante a crise. No entanto, para outros, a decisão de adquirir um novo console tornou-se um dilema.
A Nintendo e o sucesso do Switch durante a pandemia
A Nintendo enfrentou muitos desafios durante a crise do mercado de chips semicondutores e a pandemia de COVID-19. No entanto, a empresa lidou com essas dificuldades com sucesso, aproveitando a oportunidade para lançar títulos incríveis e mostrar bons anúncios para o futuro.
Com o mercado de chips semicondutores normalizado, a gigante japonesa está em uma posição diferente para lançar o sucessor do Switch. Os principais problemas restantes são a inflação e o aumento generalizado dos custos de produção, o que pode resultar em um preço de venda mais alto do que o esperado para o console. No entanto, é pouco provável que ocorra uma escassez semelhante à experimentada com a atual geração.
A dona do bigodudo não estará passando pela migração de consoles durante uma crise, o que lhe dará mais tempo para planejar e executar o lançamento do sucessor do Switch. A empresa também tem uma filosofia diferente da Microsoft e da Sony, com um foco maior em jogos exclusivos e uma janela de lançamento de consoles completamente diferente. Isso deve permitir que a Big N faça uma entrada suave na nona geração de consoles e alcance o sucesso.
A posição vantajosa da Nintendo para o lançamento de seu novo console é evidente. A empresa superou os desafios enfrentados pelo seu console atual e está construindo um caminho bem-sucedido para o sucessor. A combinação de franquias renomadas com jogos anunciados, como Pokémon Z-A e Metroid Prime 4, e até hipotéticos lançamentos de títulos aclamados pela comunidade, como The Legend of Zelda: The Wind Waker, deixa a Nintendo em uma posição privilegiada.
Além disso, existem franquias lançadas com exclusividade, como Splatoon, Super Smash Bros., Mario Kart e Super Mario, garantindo assim uma linha de jogos muito consolidada para seu sucessor e oferecendo exclusivos de sucesso.
Revisão: Davi Sousa