Estamos às vésperas do lançamento da nova versão de um dos melhores RPGs das plataformas Nintendo e talvez um dos melhores já lançados. Claro, estou falando de Paper Mario: The Thousand-Year Door. O jogo original foi a segunda entrada da franquia e o segundo da série com maior nota no Metacritic, ficando atrás apenas do primeiro jogo. Agora, vemos seu retorno no Nintendo Switch. Mas quais mudanças e melhorias podemos esperar desse jogo? É isso que vamos discutir.
Visual e trilha sonora completamente novos?
Paper Mario: The Thousand-Year Door (que passarei a chamar pela sigla TTYD) é um dos jogos mais aclamados da série e um dos mais amados e lembrados pelos fãs. Seus personagens, localidades e história foram marcantes, e parte do que o tornou memorável foi sua direção artística. Tanto os visuais quanto as músicas e os sons em geral marcaram a série e serviram de exemplo para as demais entradas. Então, como refazer algo tão marcante sem o tornar igual? Afinal, não é um simples remaster.
Como já pudemos ver em trailers, imagens e análises de prévias, a base do estilo artístico foi mantida, mas, ao mesmo tempo, atualizada e sem perder sua identidade. Onde antes havia apenas texturas, agora há modelos detalhados e os personagens devem ter novas animações e expressões; o visual é mais vívido e orgânico, menos chapado, dando uma sensação de objetos feitos de fato de papelão, papel, cartolina, etc. As cores, efeitos visuais e resolução atualizados também conferem maior vivacidade, talvez a que ele sempre mereceu.
O mesmo pode ser dito da trilha sonora, que foi completamente refeita, com novos efeitos sonoros e músicas. Para os saudosistas, é interessante notar que será possível escutar a versão original no jogo através de uma badge.
Atualização de mecânicas
Outra novidade confirmada é a atualização de algumas mecânicas. Quem jogou TTYD no passado vai se lembrar de que, em boa parte dos jogos, para usar itens era necessário acessar um menu, interrompendo o fluxo do jogo. Na nova versão de TTYD, ao que parece, essas pausas serão minimizadas. Para trocar de parceiro, por exemplo, não será mais necessário acessar um menu; basta segurar um botão e escolher rapidamente através de um anel de seleção. É possível que esse mesmo tipo de aprimoramento também seja aplicado ao uso de outros itens.
Modificação do backtracking
Se há algo maçante e provavelmente o ponto mais fraco do Paper Mario: TTYD original, é o backtracking extensivo. Retornar a áreas já visitadas para conseguir itens que só poderiam ser acessados posteriormente com outros parceiros ou para cumprir sidequests era cansativo. A inclusão de novas formas de retornar a áreas específicas ou mesmo modificar a resolução de sidequests para um formato mais dinâmico beneficiaria muito o jogo.
O jogo ficará mais fácil?
Uma preocupação recorrente quando se trata de remakes é a dificuldade. O remake de Super Mario RPG, por exemplo, foi criticado por muitos por ter se tornado muito mais fácil que o original. Paper Mario não é um jogo extremamente difícil, mas também não é dos mais fáceis. Facilitar demais e torná-lo indulgente pode acabar removendo um pouco do brilho dos combates de TTYD.
Entre as mudanças mais notáveis, já sabemos que haverá novos NPCs para fornecer tutoriais e dicas sempre que o jogador precisar, especialmente quando estiver perdido. Esse recurso poderá ser usado quando o jogador quiser, ao apertar um botão. Essa é uma forma não intrusiva de ajudar quem sentir necessidade ou quiser seguir de forma mais direta.
Conteúdo estendido, pós-jogo e extras
Agora, talvez esperando demais, mas algo que valorizaria e justificaria ainda mais a existência dessa nova versão de TTYD, além da própria qualidade do jogo original, seria a presença de conteúdo estendido. Uma possível ampliação da história durante a campanha, reduzindo o backtracking, ou mesmo como conteúdo de pós-jogo. Já sabemos da existência de conteúdo extra na forma de rascunhos e artworks que serão liberados durante o jogo, o que já é um detalhe a mais.
Batendo à porta
Paper Mario: The Thousand-Year Door já está batendo à porta. Com seu lançamento no dia 23 de maio, poderemos revisitar Rogueport, Glitzville, Glitz Pit e diversos outros locais icônicos, além de nos aventurarmos com alguns dos personagens mais memoráveis da franquia. Para quem não jogou a versão original, esta é a hora de experimentar um dos melhores RPGs das plataformas Nintendo.
Revisão: Cristiane Amarante