Donkey Kong (GB): uma velha rivalidade ressurge

em 21/05/2024

Donkey Kong para Game Boy, lançado em 1994, pode parecer em nome e proposta com seu título homônimo, mas após dez minutos de jogo você perce... (por José Vítor Costa em 21/05/2024, via Nintendo Blast)

Donkey Kong para Game Boy, lançado em 1994, pode parecer em nome e proposta com seu título homônimo, mas após dez minutos de jogo você percebe que esta é uma espécie de protótipo para a série Mario vs Donkey Kong, mas ainda assim diferente em sua proposta.

Os anos 1990 foram uma época de experimentação incrível na indústria dos games: tínhamos um vasto mundo cheio de possibilidades, e só a imaginação e as limitações dos consoles da época restringiam seus idealizadores.

Com, isso tivemos vários jogos mais experimentais e, de certa forma, peculiares se jogados hoje em dia, como Zelda 2: The Adventure of Link, que vinha como um sidescrolling, diferentemente de sua versão original; Super Mario Bros 2,  que tinha toda uma dinâmica diferente do seu antecessor de sucesso; e Donkey Kong, que ousou experimentar e veio com uma trilogia épica no Super Nintendo.




Mas acabou que a sua experimentação virou a nova base e seus jogos de fliperama, que eram totalmente diferentes um do outro, meio que foram esquecidos devido à simplicidade, e bem... eram meio que repetitivos. Mas isso mudou numa nova experimentação em 1994.

De volta aos velhos tempos, mas melhor!

Nessa versão, a Nintendo ousou experimentar e limitar o Mario, entregando a versão mais acrobática do Jumpman até então. Eram diferentes movimentos para o bigodudo, que conta com:

  • Agachar: se esgueirando por passagens menores e desviar de disparos, basta apertar o direcional para baixo;
  • Bananeira: Mario se apoia em suas mãos. Embora fique mais lento, esse movimento é a base para os diversos saltos e uma espécie de defesa para os barris que virão. Aperte o direcional para baixo e pressione o botão A;
  • Cambalhota: ao cronometrar com a bananeira um salto logo em seguida, Mario pula mais alto. Após a bananeira, aperte A novamente;
  • Backflip: mais alto que a cambalhota, mas um pouco mais difícil de executar em plataformas menores. Ao se movimentar para um lado, pressione o direcional oposto enquanto salta, que o movimento acontecerá;
  • Se pendurar e se jogar: nesse jogo, Mario pode se pendurar em fios e, enquanto está se segurando, ele pode se arremessar para lugares mais altos e mais distantes,  segurando o direcional para cima ou verticalmente;
  • Pegar e jogar objetos: semelhante a Super Mario Bros. 2, ao ficar em cima de um objeto e apertar B, Mario pode pegá-lo e, apertando o botão novamente, arremessá-lo.
Entretanto, diferentemente de outras encarnações de Super Mario Bros, dessa vez, semelhante ao original, Mario não pode cair de muito alto, pois pode ficar atordoado e, se virar de cabeça para baixo, é o fim de uma vida.

Assim, para esse jogo acontecer (porque chamar de “história” é muito), Donkey Kong, em seu visual clássico dos anos 80, sequestra Pauline na conhecida construção. Após os 4 estágios iniciais e a sensação de dejavu, a aventura propriamente dita começa.

A quantidade de níveis varia de 8 até 12 estágios, com pelo menos dois embates contra o Donkey Kong. Às vezes, seu filho aparece para atrapalhar o Mario, jogando cogumelos capazes de encolher. Além disso, há também os minigames que, para serem acessados, exigem que você pegue cada item que a Pauline deixou — um guarda-sol, um chapéu e uma bolsa — para tentar ganhar uma vida extra em um minigame de roleta (que é impossível perder uma vida) e caça-níquel, que, a depender da combinação, pode render 5 vidas extras.

Novos ares, novos obstáculos

Diferentemente do Reino do Cogumelo ou de um canteiro de obras, o jogo divide seus 101 níveis em diversos locais, como uma cidade, florestas verticais, navios, selva, deserto, avião, iceberg, vale rochoso e uma alta torre. 
Tudo isso para conseguir passar pelos 101 níveis citados acima, compostos por plataformas e puzzles, em 10 mundos que culminam em uma perseguição final em uma torre, resultando enfim na captura do Donkey Kong Jr. e na derrota de um Donkey Kong gigante.

Todo esse conteúdo combina a ação em plataforma do bigodudo, a verticalidade do jogo Donkey Kong Jr e um pouco de quebra-cabeça, que seria cada vez mais explorado em futuras entradas da série Mario vs Donkey Kong. 

O renascimento de uma velha rivalidade

Donkey Kong recebeu uma avaliação positiva, com notas superiores a 8 nas críticas e constantemente se encontra em listas de melhores jogos de Game Boy. Ele serviu como um revival para a primeira rivalidade da Nintendo, antes de Bowser, K.Rool e Wario. Mario e Donkey Kong andaram e saltaram para que outros pudessem correr.

Revisão: Davi Sousa

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