Donkey Kong Country: Tropical Freeze (Switch) — 10 curiosidades sobre o jogo que completou uma década

Descubra detalhes interessantes sobre a aventura congelante do primata mais querido dos games.

em 18/02/2024

A série Donkey Kong sempre esteve presente no mundo dos jogos eletrônicos, e desde o NES entrega momentos de alegria e frustração. Antes um vilão, agora o macaco engravatado caminha lado a lado de Mario, símbolo da Nintendo.

Ao longo de seus mais de 30 anos, Donkey Kong marcou as gerações em que esteve presente, e no Nintendo Wii recebeu Donkey Kong Country Returns. Dando sequência ao game lançado em 2010, quatro anos depois, para Wii U, a Nintendo lançou Donkey Kong Country: Tropical Freeze.

Em maio de 2018, o game foi portado para o Switch com pequenas diferenças e trouxe para o novo console da Nintendo a melhor experiência possível em um jogo de plataforma. Nesse jogo são apresentados os vilões Snowmads, criaturas com inspirações da cultura nórdica, o que explica a temática congelante.

Em comemoração aos dez anos do jogo, separamos dez fatos sobre ele; alguns já conhecidos, outros nem tanto. Curioso para saber todos? Então agarre um barril DK e boa leitura!

Modo fácil com Funky Kong

Os jogos da franquia Donkey Kong são conhecidos por sua dificuldade elevada e requerem experiência no estilo plataforma. Até o apertar de botões precisa ser feito no tempo certo para podermos superar certos desafios em tela.

Em Donkey Kong Country Returns, uma mecânica de tutorial foi implementada nos checkpoints após algumas falhas, e ensina o jogador o caminho ideal para chegar ao final da fase.

Apenas na versão de Switch, Tropical Freeze oferece a seus jogadores um modo ainda mais permissivo, o Funky Mode. Nele, controlamos um único personagem: Funky Kong, que tem todas as habilidades dos demais Kongs e ainda possui cinco corações, ao contrário dos quatro obtidos com Donkey Kong junto de seus parceiros.

Cooperativo tryhard

Se por um lado temos o modo Funky para facilitar, o modo cooperativo parece ir de encontro com o que propõe: aqui, o jogo fica mais difícil do que quando jogamos em modo único. Isso porque, em vez de controlarmos as ações dos dois personagens, cada jogador detém o poder de movimentar seu Kong livremente.

Ou seja, o jogo se torna mais desafiador do que antes, pois além de nos preocuparmos com a nossa movimentação, nosso colega está no mesmo barco, e com isso, certas fases tornam-se praticamente impossíveis.

Animações quando parados

Cada Kong possui uma característica única que o distingue dos demais. Isso vale também para as animações quando estão completamente inertes aguardando os comandos do jogador. Lembro-me de ver essas animações em Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest, em que Dixie se senta e bebe um suquinho para relaxar.


Em Tropical Freeze, cada personagem possui animações únicas, e quando combinados com Donkey Kong, há uma interação hilária. Como exemplo, temos Donkey e Dixie. Assim que o grandão puxa um Switch para jogar, a loirinha rouba os Joy-Con para finalizar a fase estourando o barril, garantindo assim mais itens para seu amigo.

Kolimpíadas: Saltos Ornamentais

Tivemos em Tropical Freeze o retorno das fases aquáticas, e que sempre são sinônimo de dificuldade elevada. Diferente dos demais jogos, temos uma mecânica de respiração, a fim de complicar ainda mais nosso progresso. Funky carrega consigo uma máscara de respiração, então, isso não se aplica para ele.

Ao jogar por diversas horas, tanto com Donkey como Funky, reparei em um detalhe que havia passado batido em 99% das vezes: a forma como Donkey mergulha é diferente, mais graciosa e ornamental. Funky, por outro lado, mergulha no estilo Cannonball (bola de canhão), espalhando água para todo lado.

Essa diferença reflete um pouco da personalidade de ambos. Enquanto DK (Drift King?) parece ser mais tranquilo e pacífico, Funky é mais elétrico e gosta de diversão. Medalha de ouro para ambos!

Donkey Kong ter força!

Em Country Returns, a fim de aproveitar a mecânica de movimento do Wii, DK assopra certos pontos do cenário para descobrir itens escondidos ou até mesmo para liberar o caminho.

Essa habilidade foi retirada de seu conjunto de movimentos em Tropical Freeze. No lugar, foi adicionada a capacidade de puxar alavancas e alças. As duas poderiam coexistir, pois o sopro só era ativado quando DK estava abaixado.


Através de sua habilidade de força, a impressão que fica é que DK evoluiu e está mais forte, por isso consegue puxar os elementos do cenário, e antes usava esse recurso para poder mitigar sua falta de força.

Funky Leão Dourado

Ainda que o mesmo modelo 3D seja usado, Donkey Kong e Funky Kong são muito diferentes. O primeiro possui pelagem marrom, não usa nenhum acessório no rosto e também não segura nada nas mãos. Seu único detalhe característico é a gravata vermelha.


Funky Kong, por outro lado, possui pelos dourados, vistosos e que acompanham o vento. Em sua cabeça há uma bandana e um óculos de sol bem extravagante. Sempre carrega consigo sua prancha de surfe.

Essa diferença de pelagem é muito interessante, pois ratifica que há diferença entre eles. Como exemplo, Diddy, Dixie e Cranky possuem seus pelos na mesma cor de Donkey. Em Diddy's Kong Quest (SNES), Funky não é dourado, e sim roxo, ou seja, apenas ele possui uma coloração diferente.

Inimigos te provocam

Um detalhe totalmente trivial, mas que adiciona uma qualidade única para o jogo. Na maioria esmagadora dos jogos de plataforma, a rota dos inimigos é definida pela programação do jogo, e há pequenas variações de acordo com a música ou cenário.

Quando transportamos isso para Tropical Freeze, a movimentação dos inimigos vai além do que outros jogos apresentam. Logo na primeira fase, há um gafanhoto que pula uma vez, um pouco mais baixo, e uma segunda vez bem mais alto. Durante a queda, o inseto verde literalmente provoca os Kongs com um gesto de mão.

Para ser sincero, esse tipo de detalhe é incrível e mostra o carinho e cuidado dos desenvolvedores com cada pontinha possível. Um mapa vivo, e isso inclui os inimigos, faz total diferença em um jogo de plataforma.

Cranky é ruim de equilíbrio

Assim que obtemos um parceiro (Diddy, Dixie e Cranky), podemos rolar por mais tempo do que quando estamos apenas com Donkey. Durante esse movimento, DK e seus amigos podem obliterar hordas de inimigos em sequência, salvo aqueles com espinhos na frente.

Entretanto, cada personagem possui uma animação de equilíbrio diferente:

  • Diddy se esforça ao máximo para ficar sobre DK durante a movimentação, segurando seu boné com força, passando a impressão de que está muito rápido;

  • Dixie usa suas pernas para rodar DK ainda mais, a fim de que sua velocidade continue aumentando. Dá até para ver um leve sorriso em seu rosto;

  • Cranky é o mais desengonçado dos três, e parece ter sérios problemas para se equilibrar. O peso da idade deve ser um fator importante para isso, já que não pode apoiar sua bengala.

Sempre em movimento

Durante algumas fases, DK pode se agarrar em pedaços de grama na parede ou alcançar outras plataformas através de um cipó. Através dos botões ZL e ZR, podemos segurar nesses elementos do cenário.

Em relação aos cipós, mesmo que DK (ou Funky) não alcance e caia, estenderá sua mão e fará o movimento de tentar ao máximo encostar no objeto, passando a impressão de que realmente tentou chegar perto, e não só cair de maduro, como em outros jogos que possuem mecânicas similares.


Ainda, durante a movimentação rápida para baixo, tanto a gravata de Donkey como a barba de Cranky fazem um movimento para cima, respeitando a propriedade da física chamada inércia, ou seja, acompanha o deslocamento com base em sua última posição.

Interação dos inimigos com o mapa

Jogos de plataforma, especialmente Donkey Kong, possuem um cenário de fundo ativo, vivo, e que constantemente muda. Isso se reflete também nos obstáculos que enfrentamos ao longo das fases.

Na grande maioria dos jogos, quando há uma espécie de chama que impede a progressão do personagem, não há um inimigo ativando essa armadilha. O mesmo vale para fases nas quais um ventilador sopra ventos para cima ou para baixo sem que nada forneça a energia necessária para isso.



Em Tropical Freeze, meus leitores, é diferente. No segundo mundo do game, há uma fase na copa das árvores, ao entardecer e com diversas corujas, nossos principais inimigos nesse ponto da história. O level design desse jogo é incrível, diga-se de passagem.

Um dos obstáculos consiste em atravessar duas folhas de bordo (pronúncia bôrdo) — aquela que aparece na bandeira do Canadá — que são sopradas para cima por um berrante. Na ponta inicial do instrumento, há uma coruja realizando esse movimento, empurrando o ar que sai no final, jogando a folha para cima.

Curiosidades Bônus

Fases bônus são uma das muitas marcas registradas da franquia Donkey Kong. Naturalmente, também há curiosidades extras para você, leitor. Hora de pegar todas as bananas, moedas e vidas!

  • No quinto mundo, Juicy Jungle, os Snowmads colhem todas as frutas da região e isso resulta em fases aquáticas com o suco dessa fruta. Mais adiante, antes do chefe, o mesmo suco é transformado em picolés para que o chefão possa se refrescar;
  • Quando entramos em uma fase através do menu, podemos ouvir sons característicos do parceiro de DK, indicando quem estará conosco no início do cenário;
  • É possível colecionar toy figurines ao comprarmos brindes na loja do Funky. Não há chance individual por figura, e para adquirir todas, é necessário completar o game e vencer o mundo extra;
  • No terceiro mundo, Bright Savanna, a fase Grassland Groove possui uma trilha sonora que lembra muito danças africanas, e isso se reflete no cenário, que vibra e muda de posição conforme a batida da música.

Confesso que, durante a redação do texto, passei pelas fases que mais gosto e aproveitei cada detalhe desse jogo magnífico. Ainda que o jogo, em suma, seja o mesmo em dois consoles, a experiência é completamente diferente. Tenho a versão de Wii U e pude experimentar brevemente a versão de Switch. Uma coisa é certa, eu me diverti muito nas duas.

Parabéns aos desenvolvedores, vocês criaram um jogo incrível e que, dez anos depois, é um dos melhores jogos tanto do Wii U como do Switch. Nos dias de hoje, é muito difícil um jogo ter esse mesmo tratamento. Mais uma vez, Nintendo sendo Nintendo.

Revisão: Vitor Tibério

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Fã de carteirinha da franquia Pokémon desde os oito anos de idade, teve seu primeiro contato com os monstrinhos de bolso no Game Boy Color e de lá para cá, são mais de 25 anos de alegria. Fanático por vídeo-games, gostaria de poder jogar mais tempo do que trabalha.
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