Sparkster (SNES): um clássico dos platformers do console 16-bits da Nintendo

Às vezes, tudo de que precisamos para salvar o mundo é um gambá equipando uma armadura a jato e uma espada.

em 17/02/2024

Rocket Knight Adventures surgiu no Mega Drive em 1993, mas, no ano seguinte, ganhou duas continuações: Sparkster: Rocket Knight Adventures 2, também para o console seguista, e uma aventura intitulada Sparkster, que aportou no Super Nintendo, e, mesmo sendo considerada uma continuação, consegue, ao mesmo tempo, não ter relação com o jogo original de 1993. 


A saga do gambá munido de uma espada e armadura a jato é mais um caso curioso de jogo multiplataforma dos anos 1990 e, assim como Kaze: The Kamikaze Squirrel, acabou brilhando mais no console de 16-bits da Nintendo.

Uma aventura colorida e vibrante

Em Sparkster, o reino de Eginasem, lar dos didelfídeos (gambás, cuícas e catitas), se torna vítima do ataque das tropas de Generalissimo Lioness, que também raptou a princesa Flora. Equipando sua armadura a jato (daí a alcunha de cavaleiro-foguete, ou simplesmente Rocket Knight) e uma espada, Sparkster sai em missão para afugentar os invasores, mas precisa também lidar com seu arqui-nêmesis, Axel Gear, que está ajudando Lioness.

Os diferentes cenários que compõem a saga de Sparkster são recheados de elementos de plataforma e ação, às vezes exigindo certa precisão para acessar áreas específicas. O ponto forte da jogabilidade fica a cargo do uso da armadura a jato do herói, que o permite realizar voos curtos, alcançar lugares mais elevados, destruir elementos que obstruem o caminho e até mesmo causar mais dano aos inimigos. O gambazinho também pode se pendurar em galhos de árvores, canos e outros locais nos quais ele consegue enrolar sua cauda, uma das características principais para superar certos trechos de plataforma.


Porém, o charme todo fica a cargo da excelente apresentação visual de Sparkster, que realmente brilhou no hardware do SNES. O jogo traz gráficos vibrantes e detalhados, ricamente elaborados com sprites coloridos e vários cenários dinâmicos, que dão vida à aventura criada pela Konami.

A trilha sonora também é outro ponto forte deste título do início dos anos 1990, graças à expertise da Konami Kukeiha Club, responsável pelas icônicas músicas dos vários títulos criados pela empresa. Em Sparkster, temos faixas enérgicas que captam com maestria a atmosfera da aventura, seja nos estágios normais ou nos embates contra chefes. 

Desse modo, temos aqui mais um exemplar que fez ótimo uso da potência do Super Nintendo, tanto em gráficos quanto em som, superando a experiência proporcionada pelo Mega Drive. Além disso, a versão de SNES de Sparkster traz níveis exclusivos e mecânicas que não foram adicionadas no software para o console da Sega — por isso mencionei, na abertura deste texto, que a edição nintendista do jogo consegue ser uma aventura própria, sem se prender aos acontecimentos de Rocket Knight Adventures.

Mais um bichinho fofinho e destemido que caiu no gosto do povo

À época de seu lançamento, Sparkster foi fortemente elogiado por sua jogabilidade envolvente e precisa, enredo cativante e apresentação impressionante, fazendo com que o jogo logo conquistasse uma base de fãs dedicada e se consolidasse como um clássico dos platformers de ação dos anos 1990. Até hoje, ele é considerado um dos melhores títulos da geração 16-bits e altamente recomendado para entusiastas do gênero do qual faz parte.

Com toda certeza, a aventura do cavaleiro-foguete é um legado que deve ser celebrado por trazer criatividade e inovação à chamada “era de ouro” dos videogames. Você chegou a jogar essa aventura? Compartilhe suas impressões conosco nos comentários!


Revisão: Davi Sousa
Capa: Thais Santos
Imagens: MobyGames
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Também conhecida como Lilac, é jornalista e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas.
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