Mario vs. Donkey Kong (Switch): expectativas para o jogo

Depois de 20 anos do lançamento do título original, Mario vs. Donkey Kong ressurge repaginado para o Switch

em 15/02/2024
O remake de Mario vs. Donkey Kong para Switch foi anunciado em setembro de 2023, na Nintendo Direct. Com o lançamento datado para amanhã, dia 16 de fevereiro, o jogo não é exatamente o mais aguardado pelos fãs da Nintendo, mas promete ser uma boa surpresa. O título original foi lançado para Game Boy Advance há 20 anos, com a premissa de ligar o gênero plataforma à resolução de puzzles. 



Nunca é tarde para conhecer algo novo

Desde o sucesso obtido em 2004, vários jogos da franquia Mario vs. Donkey Kong foram lançados para os consoles seguintes, DS, 3DS e até Wii U. No entanto, os jogos que sucederam o primeiro lançamento modificaram significativamente a proposta da franquia.




Aquilo que inicialmente mesclava plataforma com resolução de puzzles passou a ser apenas um jogo de puzzles que focava na utilização da tela touchscreen dos demais portáteis.

Ainda que a franquia Mario vs. Donkey Kong tenha sido relançada várias vezes, para diversos consoles, muitas pessoas não tiveram a oportunidade de conhecer nenhum jogo da série. Com o lançamento do remake para Switch, é um excelente momento para entrar em contato com essa série de jogos.

O pontapé inicial

A história de Mario vs. Donkey Kong começa com DK relaxado em sua casa, vendo TV com sua pilha de bananas ao lado, alternando entre os canais, quando surge um comercial que chama a sua atenção, ou melhor, que o deixa obcecado. A propaganda em questão é uma apresentação do mini-Mario, um brinquedo de corda. DK vai correndo à loja para encontrar seu exemplar.

Para a infelicidade do nosso gorila preferido, todos os brinquedos da loja foram vendidos, o que faz a obsessão de DK crescer. Ele resolve visitar a fábrica de mini-Marios e roubar todos os brinquedos. Após o sucesso do gorila, o jogo começa. Nossa tarefa é bem simples: auxiliar Mario a recuperar todos os mini-Marios espalhados nos mais variados e perigosos cenários.

Uma jogabilidade peculiar

A jogabilidade de Mario vs. Donkey Kong, como dissemos antes, mescla características clássicas dos jogos de plataforma com a resolução de puzzles. Mas a movimentação não é exatamente a mesma com a qual estamos habituados em um jogo do Mario. Dito isso, algumas coisas podem soar como incomuns, como o fato de não termos um botão para correr mais rápido, ou de não derrotarmos nossos inimigos simplesmente pulando em suas cabeças.

Logicamente, todas as mudanças têm uma explicação e surgem com o propósito de unir os conceitos dos jogos de plataforma à resolução de puzzles. Não conseguimos derrotar os inimigos pulando em suas cabeças porque precisamos deles para caminhar em algumas plataformas que não passaríamos sozinhos. A regra é clara: se você não pode derrotá-los, junte-se a eles use-os ao seu favor.

Além das fases clássicas, o jogo também conta com fases especiais em que temos que auxiliar os mini-Marios a chegarem aos baús. A resolução desses estágios tem de ser bem cautelosa caso queiramos fazer 100% do jogo. Já adianto que os mini-Marios são bem vulneráveis, tomam dano dos inimigos, têm pulos menores e não os controlamos de um modo muito preciso, eles apenas seguem o caminho feito por Mario.

No segundo momento do jogo, esses mini-Marios vão nos acompanhar em todos os estágios, mas de um modo diferente: eles vão ter a chave que precisamos para abrir as portas e prosseguir nos níveis. 

Não poderiam faltar as lutas contra os chefões, que, nesse caso, é um só, o próprio Donkey Kong. Essas batalhas foram bem desafiadoras quando joguei no GBA, então estou na expectativa para ver como elas foram desenvolvidas para esse remake.

Sobre os movimentos, além dos pulos clássicos de Mario, nós temos também o backflip, um típico mortal para trás, e o handstand double jump, um pulo especial feito por Mario após se apoiar em suas mãos. Ambos saltos nos auxiliam a chegar em uma altura mais elevada e, quando utilizados sabiamente, encurtam bastante o tempo necessário para completar os níveis.

Sem meu detonado, eu não consigo

Quem já teve contato com algum jogo de puzzle produzido pela Nintendo sabe que o começo é sempre muito fofinho. Somos enfeitiçados por um conjunto de cores vibrantes e harmônicas, mas com o passar dos níveis, vamos perdendo o cabelo de tanto estresse.

Esse foi o meu caso com Capitão Toad, o caçador de tesouros; e com o Mario vs. Donkey Kong de GBA, não poderia ser diferente. Mas longe de serem experiências frustrantes causadas por uma dificuldade artificial, em ambos os casos, os desafios são justos e são superados com uma ótima sensação de recompensa.

Todos estilos de jogo são bem-vindos

Sabendo que o jogo pode ser punitivo demais em alguns momentos, a escolha dos desenvolvedores foi disponibilizar para o remake a opção de dificuldade casual. Nesta opção temos uma experiência bem mais tranquila, com checkpoints, vários pontos de vida e ausência do clássico temporizador. Tudo isso colabora para trazer uma experiência mais acessível àqueles que não tomaram conhecimento do jogo original ou simplesmente estão enferrujados.

Algumas boas adições

Além da dificuldade casual, o remake também adicionou conteúdo extra ao jogo, com dois mundos adicionais e mecanismos completamente novos para a série Mario vs. Donkey Kong, como os cubos que teletransportam o protagonista entre o cenário e as flores que auxiliam na locomoção. Há também o acréscimo do modo time attack, que, ao meu ver, é desnecessário, mas supre uma característica que foi retirada do remake. 

Isso porque no jogo clássico, para atingirmos a perfeição, além de termos que pegar todos os presentes disponíveis, o temporizador também influenciava na nossa pontuação. Então agilidade e rapidez também eram necessárias se quiséssemos a conclusão total. Já no remake, o perfect é alcançado sem influência do temporizador. Portanto, faz sentido a inclusão do modo time attack. 

Por último, mas talvez o maior diferencial: temos a opção de jogarmos em modo cooperativo para duas pessoas, o que promete uma boa diversão em dupla.

Um último afago?

Quem estava com um aperto no coração pelo anúncio da aposentadoria de Charles Martinet terá uma chance de se despedir do lendário dublador em Mario vs. Donkey Kong. Como se não bastassem as novidades trazidas pelo jogo, teremos também um espaço muito bem-vindo para rever (ouvir) um velho conhecido.

Minha expectativa

Apesar de ter tido pouco contato com o título para Switch, estou bastante animado para devorar o novo jogo, a demo já havia antecipado bastante sua beleza e atratividade. Infelizmente, não podemos ignorar o fato de que não há localização para língua portuguesa. Tendo em vista que é um título que não tem quase nada de texto, isso não deve ser um empecilho para quem quer se aventurar no mundo de Mario vs. Donkey Kong, mas nem por isso deixa de ser frustrante. 

Recentemente fiz questão de completar todos os desafios do Mario vs. Donkey Kong clássico de 2004. Não vejo a hora de repetir o feito no novo lançamento. Em se tratando de remake, não sei vocês, mas quando conheço o título original, gosto de me sentir em casa. E adianto que fiquei bem surpreso com os detalhes e com a fidelidade na reprodução dos estágios. Eles são uma reprodução perfeita dos níveis. Tudo isso só elevou ainda mais meu interesse pela jogatina.

Revisão: Vitor Tibério
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Conhecido como Bebeto entre os amigos, sou recém-formado em Letras e amo literatura brasileira contemporânea. Além disso, tenho uma grande paixão por jogos retro, minha coletânea preferida é a de SNES. Oscilando constantemente entre o antigo e o moderno, vou adquirindo um pouquinho de conhecimento na tentativa de ser menos ignorante.
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