Meus jogos favoritos de 2023 — Juliana Paiva Zapparoli

Os redatores do Nintendo Blast comentam os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

em 14/12/2023
Para quem não tem o hábito de ler a minibiografia dos redatores do Nintendo Blast (OK, nem todos têm uma, é verdade), na minha escrevi que meu gênero favorito de games é plataforma, mas vez ou outra me interesso por RPGs e visual novels, que foram gostos que adquiri ao longo dos anos. Até aí, tudo bem, mas o que aconteceu em 2023? A maior parte dos jogos que joguei é composta por RPGs e visual novels!


E para a surpresa de ninguém, ainda tenho dificuldades para escolher meus jogos favoritos de 2023. Foram títulos incríveis que pude experimentar graças à minha colaboração para o site; porém, contudo, todavia, preciso escolher apenas alguns para compor esta lista — ah! como é difícil escolher… E deixo aqui o aviso antecipado: não se espante se você vir mais RPGs e VNs que qualquer outro gênero, OK? A lista segue em ordem alfabética.

Agatha Christie: Murder on the Orient Express

Nunca neguei que sou fã da Rainha do Crime e Assassinato no Expresso do Oriente é um dos meus livros preferidos da autora britânica. Esta releitura de um dos mais conhecidos casos de Hercule Poirot segue fielmente a trama original, ao mesmo tempo em que altera — de modo muito natural, vale ressaltar — alguns elementos para deixar a aventura digna de um mistério do século XXI. O ponto alto é a adição de uma nova personagem, Joanna Locke, para aprofundar um caso que, no livro, é apenas mencionado superficialmente.


Akai Ito & Aoi Shiro HD Remaster

Akai Ito e Aoi Shiro são duas visual novels com um valor histórico-cultural inimaginável na demografia girls love, mas que estavam restritos à Terra do Sol Nascente até a chegada de suas versões remasterizadas. As histórias, além de trazerem uma rica bagagem sobre o folclore e a mitologia japoneses, contam com suspense, ação, romance e drama na medida certa. Acima de tudo, são de classificação etária livre, sem a constante sexualização presente no gênero, principalmente se levarmos em consideração a época em que os jogos foram lançados originalmente.

Dyschronia: Chronos Alternate Definitive Edition

Um jogo que resolvi analisar por curiosidade e que logo me deixou presa em sua narrativa. Acho que essa é a melhor maneira para descrever a sensação que eu tive com Dyschronia, uma competente visual novel que mistura diversos elementos diferentes de jogabilidade para entregar uma narrativa intrigante e imersiva com foco na manipulação temporal. O ponto alto para mim, contudo, é a presença de vários conceitos interessantes, especialmente o efeito borboleta.

Fate/Samurai Remnant

Tudo o que tenho a dizer sobre este RPG baseado na IP da Type-Moon é que se trata de um Fate para quem não tem tanta familiaridade com Fate — o que é o meu caso, vale ressaltar. Claro, embora vários rostos já conhecidos apareçam aqui e ali, a aventura de Iori e Saber para restaurar a paz no período Edo é capaz de instigar a curiosidade do início ao fim. Estou louca para conferir os conteúdos adicionais que estão previstos para chegar ao jogo ao longo de 2024!

Fire Emblem Engage

Para mim, Engage é sinônimo de começar o ano com o pé direito: não apenas é uma entrada ideal para quem quer conhecer as raízes da franquia da Intelligent Systems, como também traz mecânicas inéditas para deixar os combates mais desafiadores e interessantes. Além de recomendar o jogo a pessoas que gostam de RPGs táticos, reforço que o DLC traz uma experiência ainda mais completa com a história paralela do Xenologue, porém os Emblems, personagens e classes exclusivas desse pacote adicional não são de se jogar fora.

Em cinco capítulos, temos uma trama que aborda temas sensíveis, como ansiedade, depressão e sensação de abandono, impactando os jogadores de modos diferentes. A história é satisfatória, bem-amarrada e instigante, dosando drama e comédia na medida certa. Mais uma recomendação a quem curte uma leitura densa e introspectiva.

Kirby’s Return to Dream Land Deluxe

Não dá para deixar as aventuras da bolota cor-de-rosa mais fofa dos videogames de fora da lista de favoritos, não é mesmo? Kirby é sinônimo de jogatina despretensiosa, relaxante e muito colorida, com músicas envolventes e aquele carisma capaz de encantar várias gerações de jogadores. Ainda não cheguei ao fim de Return to Dream Land Deluxe, mas ele já ganhou um posto fixo na minha lista de favoritos do ano.

Persona 5 Tactica

Os Phantom Thieves estão de volta para mais um caso, desta vez em um estilo totalmente novo. Com uma arte mais caricata, os combates em turno do JRPG em que este spin-off se baseia foram trocados por mecânicas de um jogo tático — inclusive, o DLC Repaint Your Heart trouxe ainda mais desafios. Atualmente, P5T tem dividido minhas horas vagas com outro jogo que estou analisando para o GameBlast, então já dá para notar como é um título envolvente e viciante, né?

Expectativas para 2024

Embora eu esteja esperando por alguns jogos que ainda pretendo jogar em 2023 — minha cópia japonesa de Valis: The Fantasm Collection III chegou esta semana e The Curse of Kudan só será lançado perto do Natal —, já estou de olho em alguns títulos que chegarão ao Switch no ano que vem. Por recomendação do meu colega Ivanir, espero aproveitar Another Code: Recollection em janeiro, e pela primeira vez na vida estou no aguardo de um jogo da franquia Mario: Princess Peach: Showtime!. Quem diria, hein?

Porém, as expectativas não param por aí: a Ubisoft me pegou de surpresa com o anúncio de uma edição de 20 anos de Beyond Good & Evil, um título que é muito especial para mim e que talvez chegue ao Switch, e Unicorn Overload, que parece ser tão promissor quanto os outros jogos da Vanillaware. Também não posso deixar de mencionar Persona 3 Reload e Metaphor: ReFantazio, embora estes eu precise jogar no meu notebook.

Claro, os títulos acima são os que consigo listar por nomes, mas tenho certeza de que o ano que vem trará surpresas ao longo do caminho… E não vou mentir: nutro esperanças de que teremos outro Fire Emblem em 2024, nem que seja um remake ou relançamento de alguma entrada já existente — até lá, me contento com os que tenho e com Fire Emblem Heroes também.

Boas Festas!

Deixando um pouco os jogos de lado, 2023 foi um ano cheio de ressignificações para mim e sinto que finalmente estou caminhando com minhas próprias pernas. Consegui deixar para trás algumas dificuldades na minha vida, estreitei relações com quem me faz bem, aprendi coisas novas e importantes com meus amigos — e com colegas de trabalho também.

Viver com depressão e ansiedade não é fácil na maior parte do tempo; ser mulher que gosta de jogos, idem. Mas, acima de tudo, percebi que o caminho que escolhi, mesmo depois de uma década de experimentações, altos e baixos, é o que eu quero para a minha vida.

Da esquerda para a direita: eu, Vinícius, Farley, Ivanir e Daniel


Ah! Preciso dizer que contribuir tanto com o GameBlast quanto o Nintendo Blast me proporcionou experiências únicas, em especial participar de mais uma edição da Brasil Game Show. Graças ao evento, pude rever colegas meus dos sites, como o Daniel Morbi, e ainda conhecer pessoalmente Ivanir, Farley e Vinícius. Não posso, contudo, deixar de fora o encontro que Sérgio proporcionou mais pro início do ano, então também o conheci e descobri quem é o Victor Hugo Carreta que não está atrás da tela de um PC ou celular!

Para você, que me acompanhou aqui no Nintendo Blast em 2023, e também para quem caiu de paraquedas aqui (talvez por curiosidade?), desejo, de coração, Boas Festas e um ótimo Ano-Novo. Que 2024 seja mais gentil conosco e nos traga coisas boas.

Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Isabela, Davi, eu, minha irmã e Thais

Revisão: Davi Sousa
Capa: Thais Santos
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Também conhecida como Lilac, é jornalista e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas.
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