Meus jogos favoritos de 2023 — Ivanir Ignacchitti

Os redatores do Nintendo Blast comentam os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

em 21/12/2023
2023 foi mais um ano em que me senti bastante feliz em ter investido no Switch quando pude. Embora o ano ainda não tenha acabado, tive a oportunidade de fazer ao todo 58 análises aqui no Nintendo Blast. No meio de tantos jogos, fiz uma listinha com onze dos meus favoritos.

Caso queiram conferir a minha lista na íntegra, acessem a versão do GameBlast. Ela conta com várias menções honrosas e alguns jogos que não joguei no Switch, mas que também estão disponíveis no console. Ademais, destaco que a lista abaixo segue ordem alfabética em vez de uma ordem de preferência.

The Cosmic Wheel Sisterhood

A Deconstructeam é uma equipe de desenvolvedores espanhóis com trabalhos narrativos bem curiosos. Não é diferente no caso de The Cosmic Wheel Sisterhood, que está entre os jogos mais redondos que eles conseguiram fazer até o momento.

Na obra, acompanhamos uma bruxa exilada de seu clã e temos a oportunidade de fazer escolhas variadas que moldarão o destino dela, de suas amigas e até do universo como conhecemos. Com um sistema curioso de leitura do futuro por meio do tarô, o jogo consegue discutir muito bem aspectos filosóficos da existência assim como o lado mais social da nossa responsabilidade para com o coletivo.

Fatal Frame: Mask of the Lunar Eclipse

Jogos de terror são um gênero que me agrada bastante. Embora eu tenha começado a jogá-los já adulto e ainda tenha muitos clássicos para experimentar, estou sempre de olho no que o mercado tem a oferecer.

Fiquei bastante empolgado ao ver que a quarta entrada da franquia Fatal Frame finalmente teria um lançamento ocidental. Mesmo já tendo uma expectativa relativamente alta, o jogo ainda me surpreendeu positivamente, oferecendo em especial uma trama que me deixou muito instigado para entender melhor o que estava acontecendo.

Fuga: Melodies of Steel 2

Como parte da franquia Little Tail Bronx, que também inclui Tail Concerto (PS) e Solatorobo (DS), a minha expectativa para Fuga: Melodies of Steel era muito alta e, embora eu tenha gostado do jogo, o título não foi um dos meus favoritos de 2021. Por conta disso, não estava esperando muita coisa de sua sequência, que para mim parecia até mesmo algo desnecessário, tendo em vista a forma como o jogo original era bem amarrado.

Porém, jogando a sequência, tive a sensação genuína de que aquela fagulha que faltava para o primeiro estava ali. Fuga 2 é uma evolução nítida em roteiro e gameplay que consegue entender muito melhor o que dá peso para a experiência. O resultado é brutal, impactante e exatamente o que eu queria ver para essa história de crianças forçadas a uma vida de guerra e sacrifício.

Ghost Trick: Phantom Detective

Um dos clássicos escritos e dirigidos por Shu Takumi (criador de Ace Attorney) no DS. A narrativa rocambolesca e a gameplay baseada no conceito de Máquina de Rube Goldberg são simplesmente impecáveis e formam uma experiência única e imperdível.

Jack Jeanne

 

Embora eu não tenha avaliado este jogo para o Nintendo Blast, Jack Jeanne é facilmente um dos meus jogos favoritos lançados no Switch este ano. O otome game combina visual novel com simulação de vida escolar e sequências teatrais musicadas em formato ritmo. Criado por Sui Ishida (Tokyo Ghoul), o jogo tem algumas imperfeições nítidas, como a falta de uma conclusão para os principais mistérios da trama, mas é uma experiência profundamente tocante sobre o esforço de uma trupe de atores. 

Confira a análise feita pela Juliana.

Kirby’s Return to Dream Land Deluxe

É Kirby, poyo.

Brincadeiras à parte, ainda tenho que jogar algum título de Kirby que eu não goste e eles são sempre altamente divertidos. Não tinha jogado Return to Dream Land antes e foi uma experiência tão prazerosa quanto usual. Não bate Robobot na minha lista geral da vida, mas essa barra é muito alta.

Life is Strange 2

Sempre ouvi as pessoas comentando mais sobre o primeiro Life is Strange do que o segundo, deixando-o em uma posição de menos relevância e aparentemente menos carinho. Com isso, antes da chegada do jogo ao Switch, eu não tinha me importado muito em correr atrás de Life is Strange 2.

Porém, jogá-lo foi absurdamente devastador. Gosto demais dos dois irmãos protagonistas e sofri profundamente com a forma trágica como as suas vidas são afetadas pela violência policial e o preconceito contra suas origens latinas. É um nível de envolvimento emocional que não tive com a história de Max e só de pensar nos irmãos Diaz me dá vontade de chorar novamente na amargura de desejar que os protagonistas tivessem tido uma vida melhor.

Metroid Prime Remastered

Apesar de eu ter tido um Super Nintendo na infância, curiosamente eu não tinha nenhum jogo do Mario nem muito contato com as franquias da Big N. Não é nem que elas não me interessassem ou qualquer coisa do tipo, apenas circunstâncias da vida. Uma das poucas obras nintendistas com as quais tive contato na época foi Super Metroid, um jogo que me impressionou profundamente e que amo muito.

Apesar dessa minha paixão, eu não tive a oportunidade de jogar nenhum dos Metroid Prime anteriormente até a chegada do remaster no Switch. O jogo é facilmente um dos melhores lançamentos do ano e um exemplo a ser seguido na indústria sobre o esforço que se deveria dar à revitalização dos clássicos.

Subway Midnight

Uma experiência imersiva por um trem macabro. Profundamente aberto à interpretação, este jogo explora uma jornada incerta, confusa e complexa por múltiplos mundos. Uma das experiências mais exóticas que tive no ano e que considero valer bastante a pena.

Thirsty Suitors

Poucas coisas me atraem mais em um jogo do que ele parecer completamente over the top de uma forma bem-pensada. Thirsty Suitors é um desses casos, apresentando-se como um RPG no qual uma jovem moça volta para a casa para enfrentar todo o passado que o seu eu adolescente e irresponsável deixou em aberto.

Misturar RPG, romance, skate e culinária tradicional indiana pode parecer o puro suco do caos, mas é uma forma honesta de explorar o turbilhão mental de Jala. O resultado é um jogo que consegue realmente equilibrar humor e discussão séria com diálogos e animações que são extravagantes sem deixar de lado o lado extremamente humano dos personagens e da trama.

Unidentified Falling Objects


Este aqui deve ser o mais obscuro da lista. Basicamente, é um puzzle de plataforma indie relativamente simples, mas profundamente viciante. O conceito envolve movimentar o seu personagem de um lado para o outro evitando ser esmagado pelos blocos que caem do céu ou tomar dano de diversas outras formas graças a obstáculos específicos. 

Como o jogador pode empurrar os blocos para destruir vários de mesma cor de uma vez com sua arma, temos que pensar estrategicamente nos melhores movimentos. É um daqueles jogos que se deixar eu fico horas e mais horas jogando, e, quando vejo, já é o outro dia.

Considerações finais

2023 foi um ano bem recheado de jogos e experiências interessantes para mim e espero que vocês também tenham aproveitado bastante. Torço para que o ano de 2024 também seja bastante proveitoso e já estou ansioso para ver o que ele nos reserva.

Como o fã de visual novels que sou, é claro que minha expectativa para Tsukihime: A Piece of Blue Glass Moon está bem alta, mas também confesso que quero muito testar o novo Inazuma Eleven em março, ainda mais que o título terá legendas em português. 

E para vocês? Como foi 2023 e quais as suas expectativas para 2024? Conta pra gente.

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli

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é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
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