Em Dragon Quest Monsters: The Dark Prince, a diversidade de criaturas disponíveis é vasta, proporcionando aos jogadores uma ampla gama de estratégias. Embora seja possível obter novos aliados com a Scout, função que nos permite convencer adversários a mudar de lado por meio de demonstrações de força, é através das combinações realizadas na Synthesis que seres realmente poderosos podem ser forjados.
Pensando nisso, resolvemos apresentar algumas dicas e esclarecimentos a respeito desse sistema, a fim de que você, caro leitor, possa extrair o melhor do que ele tem a oferecer e ter êxito na construção de uma equipe sólida para auxiliar Psaro em sua jornada.
O que é a Synthesis
Com exceção de Caravan Heart (GBA), que dispõe de uma mecânica de criação própria, nos jogos da subsérie Monsters de Dragon Quest, podemos mesclar duas criaturas para gerar um novo ser, o qual herda algumas das características de ambos os progenitores.
Nos dois primeiros títulos de Game Boy Color, esse processo ocorria por meio da reprodução (Breeding), que exigia a participação de um monstro masculino e um feminino, além de possibilitar que a prole aprendesse alguns talentos individuais de seus pais.
A partir de Dragon Quest Monsters: Joker (DS), essa mecânica foi substituída pela Synthesis, que alterou os gêneros das criaturas para composições de positivo e negativo e passou a permitir que o filhote herdasse conjuntos inteiros de habilidades. Contudo, nesse novo sistema, ainda era exigido que os dois indivíduos fossem de classes opostas.
Essa dinâmica mudou em Dragon Quest Monsters: Joker 3 (3DS), quando se tornou possível combinar quaisquer duas entidades sem a necessidade de qualquer tipo de especificações contrárias, característica que foi mantida em The Dark Prince.
Neste capítulo mais recente da série, o NPC encarregado da Synthesis torna-se acessível no andar mais baixo da Rosehill Tower, imediatamente após a conquista da classificação G no torneio de domadores realizado no Maulosseum, o coliseu localizado no primeiro círculo de Nadiria: Conquest. Como exploraremos adiante, esse sistema possui algumas nuances interessantes que, quando compreendidas, podem render bons frutos ao jogador.
As heranças de uma nova criatura
Assim como nos títulos mais antigos da saga Monsters, um monstro nasce com 25% das estatísticas somadas de seus pais. Em outras palavras, se os dois seres sacrificados têm 100 de ataque cada um, a somatória dos status resultará em 200, proporcionando à nova cria 50 de força já no nível um.
Além disso, os novos bichinhos herdam os conjuntos e os pontos de habilidades de seus progenitores. No que diz respeito aos agrupamentos de skills, temos a liberdade de escolher três deles para permanecer com o novo parceiro, podendo ser provenientes de qualquer um dos antepassados ou originais da nova cria. Já em relação aos pontos, a criança obterá metade do que cada pai possui; logo, se a besta A adquiriu 50 ao longo de sua vida e a B acumulou 30, o filhote nascerá com 40.
Também é crucial mencionar que certas aptidões podem evoluir durante uma síntese, desde que estejam maximizadas. Curiosamente, esse nível máximo não precisa necessariamente ser atingido por um único monstro, já que ele pode ser fruto da combinação entre os dois seres que serão sacrificados. Dessa forma, se uma criatura tem um grupo de proficiências potencializado pela metade e a outra se encontra na mesma situação, essa fusão permitirá que o novo monstrinho surja com essa classe de talentos evoluída.
Com essas especificidades em mente, basta realizar uma conta simples para saber quais serão os atributos iniciais de um monstrengo. Além disso, é crucial prestar atenção nas skills de cada conjunto, pois algumas delas podem ser semelhantes. Sendo assim, é mais inteligente garantir que a besta tenha três agrupamentos distintos, especialmente aqueles que oferecem efeitos passivos, pois essa abordagem contribuirá com a formação de uma equipe mais versátil para diferentes desafios.
As combinações de quatro monstros
Além das fusões padrão, que utilizam duas criaturas, existe uma combinação especial que envolve quatro delas. Nestes casos, serão considerados apenas os avós, não importando muito quem são os pais.
Para identificar esse tipo de oportunidade, é importante ficar atento às ocasiões em que dois bichos unidos geram apenas dois seres idênticos a eles como opções de novas crias. Em situações assim, é provável que eles possam ser usados na mescla de quatro bestas.
Para ilustrar, tomaremos como exemplo um monstro de rank B, o Balhib. Para obtê-lo, é necessário combinar um Coralossus com um Stone Golem e um Magmalice com um Firn Fiend. Nesse quadro, as criaturas que podem ser geradas pela primeira mistura são exatamente as mesmas duas que foram utilizadas, e o mesmo acontece com a segunda.
Nesse sentido, não importa qual resultado o jogador escolha para cada uma das duas fusões, bastando unir as novas duas bestas para que nasça um Balhib. Dessa forma, este ser se originará pela mescla de seus quatro avós, e não necessariamente pelos seus pais, pois, caso se tente fundir essas duas entidades finais sem que elas tenham passado pela etapa anterior, o resultado não será o mesmo.
O mecanismo de pesquisa é extremamente útil
Dentro da própria Synthesis, existe uma função de pesquisa extremamente útil que permite filtrar os tipos de monstros que desejamos produzir. Com ela, não precisamos escolher repetidamente e manualmente duas criaturas até que apareça uma opção com as características desejadas, bastando selecionar critérios específicos como natureza, rank ou habilidades e deixar que o próprio sistema apresente as opções disponíveis com base nos bichinhos que temos.
Essa mecânica também nos deixa categorizar os possíveis resultados para exibir apenas criaturas que ainda não adquirimos, o que é uma excelente ferramenta para ser usada por aqueles que planejam completar toda a biblioteca de monstrinhos.
O DLC The Mole Hole facilita e agiliza o processo de construção de uma boa equipe
Dentre os conteúdos adicionais disponíveis para Dragon Quest Monsters: The Dark Prince, o The Mole Hole é, sem dúvidas, um dos mais interessantes, ainda que o seu preço de R$50,90 seja um tanto questionável.
Basicamente, este DLC traz pequenas masmorras que abrigam os monstros que já obtivemos em algum momento. Essas dungeons são separadas por rankings, com cada uma delas abrigando espécimes de nível correspondente. Assim, as áreas de classe D apresentam apenas bichos D, e o mesmo acontece com as demais.
Algumas das bestas mais poderosas do jogo são criadas pela fusão de seres complicados de adquirir, podendo envolver até mesmo a união de quatro criaturas. Ocorre que conquistar alguns desses animais exige que o jogador passe por várias etapas de misturas, combinando entidades de ranks mais baixos até atingir os mais altos.
Com isso em mente, The Mole Hole pode agilizar o processo, já que monstros de classes mais altas que tenhamos conseguido anteriormente podem ser encontrados e recrutados aqui, fazendo com que muitas etapas sejam evitadas.
O Gem Slime, por exemplo, é um dos tanks mais resistentes do jogo e pode ser adquirido pela união de um Metal King Slime com um Balhib, duas criaturas que envolvem várias fases de fusão, com a última demandando uma combinação de quatro seres, como vimos mais acima.
Dessa forma, com o uso do DLC, o jogador encurtará o processo de fundir diversos monstrengos de níveis mais baixos até chegar em um de nível alto, podendo conseguir novamente, de uma maneira mais simples e direta, bichos poderosos que ele já adquiriu antes.
A tentativa faz parte do sucesso (e da diversão)
Embora Dragon Quest Monsters: The Dark Prince disponha de alguns recursos muito úteis que podem facilitar a Synthesis, conquistar criaturas robustas ainda depende muito da tentativa, fazendo com que cada nova descoberta de um monstro diferente seja um momento de grande satisfação.
Portanto, com o conhecimento de como as fusões funcionam e de quais características o novo ser pode obter, é extremamente divertido e recompensador tentar as mais variadas e malucas misturas, pois, no meio delas, alguns seres genuinamente poderosos certamente ganharão vida.
Revisão: Davi Sousa
