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Apollo Justice: Ace Attorney Trilogy (Switch) promete reviver mais uma saga dos advogados mais populares dos jogos

Jogamos os primeiros capítulos dos três jogos da coletânea.

Após Phoenix Wright: Ace Attorney Trilogy e The Great Ace Attorney Chronicles, chegou a vez de mais três jogos da franquia dos advogados mais populares dos games receberem o tratamento de coletânea. Apollo Justice: Ace Attorney Trilogy reúne os três últimos jogos da série principal em um pacote que estará disponível para Switch no dia 25 de janeiro de 2024.

Graças à Capcom, tive a oportunidade de jogar um pouco da trilogia antecipadamente no Switch e vim trazer as minhas impressões neste texto. De antemão, gostaria de destacar que embora seja possível começar por aqui, o primeiro jogo da trilogia tem reviravoltas fortes em relação à figura do advogado original, Phoenix Wright, sendo mais interessante que a pessoa saiba as coisas pelas quais ele já passou anteriormente.

Por que trilogia Apollo?

O primeiro jogo do pacote introduz um novo advogado chamado Apollo Justice. Assim como foi com Phoenix no pacote anterior, vemos o jovem ainda inexperiente assumir os seus primeiros casos de defesa. Obviamente no mundo de Ace Attorney, as coisas não poderiam ser simples para o rapaz, fazendo com que até mesmo o seu primeiro caso tenha reviravoltas absurdas e insanas.

Os jogos seguintes voltam a ser chamados de Phoenix Wright: Ace Attorney no Ocidente, levando o nosso querido “Nick” de volta aos tribunais e adicionando a personagem Athena Cykes ao elenco. Cada um dos personagens tem suas habilidades próprias de investigação e cross-examination.

Embora a presença do trio completo possa enfraquecer a noção de se tratar de uma trilogia do Apollo, é importante destacar que a história de origem dele e a sua evolução como advogado são elementos fundamentais para Spirit of Justice, o sexto jogo. Além disso, confesso que rejogando o primeiro caso do quinto jogo, Dual Destinies, no Switch, notei que o personagem continua sendo bem presente mesmo na sua ausência, com Phoenix, Athena e Juniper comentando sobre ele enquanto Apollo age por conta própria no plano de fundo.

Com o pouquinho que pude experimentar antecipadamente, fico ansioso para rejogar a trilogia completa e ver se esse conceito de protagonismo do Apollo realmente se mantém firme no pacote. Também torço para que, em jogos futuros, Athena tenha mais destaque, tendo em vista que a personagem tem um conceito bem interessante de gameplay, mas foi relativamente subutilizada até agora na série.

Adicionando novas técnicas ao mundo da advocacia

No primeiro caso do Apollo, já somos apresentados à técnica de percepção que permite que o rapaz note os trejeitos dos personagens e use isso para investigar as testemunhas. Como Ace Attorney sempre foi uma franquia de excessos com personagens ultra elaborados e reações over-the-top, essa tática implica também em detalhes mais sutis nas animações para prestar atenção.

Já no primeiro caso de Dual Destinies, temos a chance de ver Athena utilizando o Mood Matrix, uma técnica que reflete as emoções dos indivíduos durante seus testemunhos. A ideia é detectar aquelas que destoam da fala, como estar feliz quando algo ruim acontece ou triste quando fala de algo bom. Isso adiciona mais uma forma de pressionar as testemunhas de uma forma intuitiva e curiosa.

Em Spirit of Justice, visitamos uma terra distante chamada Khura’in. Nessa região mística cheia de costumes próprios, Phoenix viaja para encontrar Maya Fey e acaba se envolvendo em tribunais locais. Ao contrário de sua terra natal, os valores do lugar levam a advogados de defesa nem existirem, deixando a investigação dos casos para um ritual de invocação dos momentos finais dos mortos.

Enquanto o quarto jogo ainda era 2D igual aos anteriores, os seus sucessores utilizam modelos 3D. Com isso, temos também roupas adicionais para os personagens que originalmente eram vendidas como DLC. Cada jogo conta com suas próprias skins, sendo basicamente uma roupa para cada personagem por jogo, com exceção de uma versão 3D da vestimenta antiga de Phoenix em Dual Destinies. Vale destacar que as vestimentas opcionais são bem espalhafatosas e feitas justamente para quem gosta desse tipo de excesso.

Um pacote repleto de extras

Assim como foi o caso dos pacotes anteriores, na trilogia Apollo Justice, temos vários elementos adicionais de configuração. Temos uma galeria com ilustrações promocionais de cada jogo, skip para poder agilizar o texto, um log para reler o que foi dito, modo Leitor que elimina a gameplay para quem quiser só acompanhar a trama, e ajustes finos para volumes, uso de legendas, transparência da tela, tempo de espera entre falas, etc.

Chama a atenção, em especial, a possibilidade de combinar legendas e dublagens em línguas diferentes. Não há opção de português, mas é possível escolher textos e vozes em japonês, inglês, francês, alemão, coreano e chinês (mandarim). Outro detalhe curioso é que podemos mudar as artes de fundo de cada jogo no menu principal e a música que toca enquanto estamos nessa tela.

Confesso também que fiquei bem impressionado com a qualidade das animações de Apollo Justice e como elas continuam esteticamente bem agradáveis. Faz tanto tempo que joguei o original que nem me recordava da animação do carteado no primeiro episódio e fiquei bastante empolgado para conferir o resto do jogo.

Retornando aos tribunais

No momento, joguei apenas o início dos três jogos, mas foi um imenso prazer revê-los em um sistema moderno. Chama a atenção em especial como cada título traz elementos novos à mesa em relação à trilogia original para manter a experiência fresca sem deixar de lado o conforto para jogadores novatos e a expectativa geral é a de jogos que mantêm o alto nível de loucuras da franquia. 

Até o momento, em termos técnicos, posso dizer que as opções de configuração disponíveis e os extras do pacote prometem fazer de Apollo Justice: Ace Attorney Trilogy uma opção bem robusta para reviver a saga de Apollo, Phoenix e Athena. 

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli
Texto de impressões produzido com cópia digital cedida pela Capcom

é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
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