Desenvolvido pela Bontemps Games, While the Iron’s Hot brinca com o conceito da jornada de um ferreiro por uma região lendária. Anos após o desaparecimento dos ferreiros que lá viviam, você pode se tornar um novo pilar para várias comunidades que vivem de forma harmoniosa enquanto investiga os segredos da região e melhora suas técnicas pouco a pouco.
Chegando lá, nosso protagonista se depara com uma realidade um tanto complexa. Por algum motivo, ele é o único ferreiro que ainda existe por lá e a única esperança da comunidade local para voltar a aproveitar várias maravilhas tecnológicas. Muito prestativo e entendendo a situação toda como uma chance para evoluir suas habilidades, o personagem logo parte em uma jornada para conhecer todas as vilas e ajudar a resolver os problemas dos moradores locais.
De forma geral, While the Iron’s Hot é uma aventura que combina o trabalho duro do jogador com uma ambientação charmosa e confortável. Conforme viajamos, conhecemos personagens exóticos e vamos abrindo novas receitas de itens pouco a pouco. A produção inclui armas e equipamentos para combate, utensílios culinários e de produção de vestimentas, candelabros, máquinas para destilaria e muitas outras coisas.
Um martelo, uma forja e um sonho
While the Iron’s Hot conta a história de um jovem ferreiro, cujo nome é definido pelo jogador, que viaja para as ilhas remotas de Ellian. Mais do que uma simples jornada, essa é uma oportunidade crucial para ele, tendo em vista que a região lendária é conhecida por formar os melhores e mais habilidosos artesãos do metal.Chegando lá, nosso protagonista se depara com uma realidade um tanto complexa. Por algum motivo, ele é o único ferreiro que ainda existe por lá e a única esperança da comunidade local para voltar a aproveitar várias maravilhas tecnológicas. Muito prestativo e entendendo a situação toda como uma chance para evoluir suas habilidades, o personagem logo parte em uma jornada para conhecer todas as vilas e ajudar a resolver os problemas dos moradores locais.
De forma geral, While the Iron’s Hot é uma aventura que combina o trabalho duro do jogador com uma ambientação charmosa e confortável. Conforme viajamos, conhecemos personagens exóticos e vamos abrindo novas receitas de itens pouco a pouco. A produção inclui armas e equipamentos para combate, utensílios culinários e de produção de vestimentas, candelabros, máquinas para destilaria e muitas outras coisas.
A receita para a diversão
Um ponto importante do jogo é a descoberta de receitas. Embora não seja necessário tê-las para produzir um item, as possibilidades gerais são muito vastas, já que além da quantidade de itens, precisamos saber posicioná-los em um quadrado dividido em nove posições. Tendo em mãos a fórmula do que fazer, o jogador passa a saber exatamente do que precisa.Novas receitas podem ser encontradas em baús ao longo da campanha ou conversando com determinados NPCs, sendo geralmente fornecidas se for necessário criar algum item para uma missão de história. Outra forma de conseguir receitas é cumprindo algumas missões secundárias encontradas em placas de aviso no meio das vilas, mas não é garantido que saibamos como fazer os itens solicitados pela população comum, que levarão ao desbloqueio dessas receitas.
Apesar dessas dificuldades em potencial, vale destacar que itens que seguem uma lógica similar são produzidos de uma mesma forma. Por exemplo: se você deseja criar uma lança, basta olhar uma receita de lança anterior e alterar o metal utilizado por outro. O resultado é bastante intuitivo e facilita consideravelmente a produção sem receitas no longo prazo, embora ainda haja muitos artefatos únicos.
As placas produzidas a partir dos lingotes podem ser usadas do jeito que saem da bigorna ou afiados, o que é necessário para itens pontiagudos. Todas essas etapas de produção demandam que o jogador pressione botões no timing correto em um formato similar ao QTE (quick-time event), mas nem todos possuem a urgência de um limite de tempo.
Tornando-se um artesão-mestre
De forma geral, a lógica em While the Iron’s Hot é um ciclo produtivo que coloca o jogador de forma ativa em suas várias etapas. Primeiramente, coletamos materiais utilizando ferramentas como machados e picaretas; depois, precisamos converter alguns deles em itens processados, transformando, por exemplo, minérios em lingotes, que então serão moldados em formatos específicos.As placas produzidas a partir dos lingotes podem ser usadas do jeito que saem da bigorna ou afiados, o que é necessário para itens pontiagudos. Todas essas etapas de produção demandam que o jogador pressione botões no timing correto em um formato similar ao QTE (quick-time event), mas nem todos possuem a urgência de um limite de tempo.
Assim que tiver todos os ingredientes prontos, podemos então combiná-los, dispondo os itens por uma malha quadriculada 3x3. Além de colocá-los manualmente, existe a opção de selecionar diretamente uma receita marcada em destaque no canto superior direito da tela, o que faz com que o jogo busque os ingredientes automaticamente no inventário.
Um ferreiro itinerante
Embora o jogador tenha uma base própria, a tendência é que ele esteja sempre em movimento para avançar a narrativa e auxiliar os moradores mais distantes. A partir de um certo ponto, desbloqueamos um carro de boi e a capacidade de acampar em várias áreas, levando a nossa forja conosco na jornada.Durante a história, atravessamos um pântano, uma região escura que reduz a nossa visibilidade, cavernas de extração de minérios, um deserto, montanhas cobertas por neve e várias áreas de águas rasas. As várias partes do mapa são fontes de recursos variados, sendo necessário melhorar o nosso veículo para atravessar algumas áreas.
Além da boa variedade de regiões, temos mapas internos que funcionam como sequências de plataforma. Neles, temos pequenos puzzles para avançar, como empurrar caixas para que o personagem possa subir em uma superfície mais alta ou criar itens específicos utilizando peças de uma casa mal-assombrada. Esses leves desafios são geralmente agradáveis e elegantemente posicionados.
Além da boa variedade de regiões, temos mapas internos que funcionam como sequências de plataforma. Neles, temos pequenos puzzles para avançar, como empurrar caixas para que o personagem possa subir em uma superfície mais alta ou criar itens específicos utilizando peças de uma casa mal-assombrada. Esses leves desafios são geralmente agradáveis e elegantemente posicionados.
Conforme interagimos com os personagens, realizamos quests e avançamos pelo mapa, será possível desbloquear várias melhorias. Todos os dias, ao optar por dormir para recuperar sua energia, o jogador é avaliado e recebe pontos de experiência que aumentam o nível do protagonista e permitem desbloquear melhorias úteis para facilitar os minigames e outros benefícios. Também podemos gastar dinheiro e itens para melhorar as instalações da base e o acampamento, desbloqueando funcionalidades variadas.
Os pequenos defeitos
De modo geral, While the Iron’s Hot é uma experiência bem charmosa e confortável, com uma atmosfera de fantasia bem construída em sua pixel art e sua trilha sonora leve. Porém, temos alguns defeitos de interface, especialmente no quesito visibilidade, que podem atrapalhar a jogabilidade.Primeiramente, em algumas ocasiões, a interface de receitas pode tampar os QTEs da fornalha. Isso acontece porque elas aparecem no canto direito da tela, o que funciona muito bem para a disposição da forja dentro da base principal, mas não leva em consideração que os objetos são posicionados de forma invertida no acampamento.
Outro problema é referente à indicação de resultado da fornalha utilizar a cor branca. Quando o fundo é muito claro, como acontece em uma certa área de labirinto desértico, não dá para ler o resultado. Em algumas ocasiões, também tive um feedback errado na escrita indicando valores falsos de bônus, mas os efeitos sonoros e um outro indicador numérico continuavam corretos.
Outro problema é referente à indicação de resultado da fornalha utilizar a cor branca. Quando o fundo é muito claro, como acontece em uma certa área de labirinto desértico, não dá para ler o resultado. Em algumas ocasiões, também tive um feedback errado na escrita indicando valores falsos de bônus, mas os efeitos sonoros e um outro indicador numérico continuavam corretos.
Outro defeito visual tem relação com o loading. Cada vez que é necessário carregar uma nova tela, o jogo gasta um tempo relativamente curto; porém, curiosamente, a tela demora mais a aparecer do que o carregamento em si, levando a momentos nos quais é possível se movimentar e interagir com os objetos, mas não dá para ver nada porque a tela ainda está preta. Isso é especialmente problemático no mapa mundi, enquanto áreas internas possuem uma animação de movimentação automática do protagonista que ocupa esse tempo de retorno da tela.
Além da questão visual, a trilha sonora também possui um bug bastante desagradável. Ao se movimentar pelo mapa mundi, é possível escutar distorções fortes nas músicas com ruídos inesperados que desfiguram a trilha e a deixam incômoda aos ouvidos. Pela minha experiência com o jogo, isso parece geralmente estar relacionado à movimentação entre áreas específicas em que as músicas mudam.
Em termos de gameplay, o principal problema que notei foi que algumas das quests são pouco detalhadas no menu. Embora possuam informações mais completas no diálogo inicial no qual o jogador aprende o que deve fazer, essa informação desaparece e depois ficamos apenas com uma instrução muito superficial que não é suficiente para se localizar.
Vale destacar que o jogo conta com legendas em português, o que o torna mais acessível, mas durante o meu tempo jogando, a tradução estava incompleta. Vários textos ainda estavam em inglês, o que espero que seja corrigido o mais cedo possível (preferencialmente no ato do lançamento). O que foi possível ver em português era agradável de ler de forma geral, mas não tenho como avaliar a qualidade da localização completa por conta desse problema.
Outro incômodo menor foi o uso de escadas nas áreas de plataforma. Algumas áreas demandam que o jogador suba e desça usando esse item, o que leva a uma animação de movimentação automática do protagonista; porém, esse efeito visual é muito lento, o que acaba se tornando um pouco incômodo.
Embora todos esses defeitos enfraqueçam a experiência de modo geral, nenhum deles é significativo o suficiente para reduzir o quão viciante é o ciclo de gameplay. Com algumas atualizações, não é tão difícil resolver os problemas e fazer com que o produto final seja ainda mais confortável e empolgante.
Além da questão visual, a trilha sonora também possui um bug bastante desagradável. Ao se movimentar pelo mapa mundi, é possível escutar distorções fortes nas músicas com ruídos inesperados que desfiguram a trilha e a deixam incômoda aos ouvidos. Pela minha experiência com o jogo, isso parece geralmente estar relacionado à movimentação entre áreas específicas em que as músicas mudam.
Em termos de gameplay, o principal problema que notei foi que algumas das quests são pouco detalhadas no menu. Embora possuam informações mais completas no diálogo inicial no qual o jogador aprende o que deve fazer, essa informação desaparece e depois ficamos apenas com uma instrução muito superficial que não é suficiente para se localizar.
Vale destacar que o jogo conta com legendas em português, o que o torna mais acessível, mas durante o meu tempo jogando, a tradução estava incompleta. Vários textos ainda estavam em inglês, o que espero que seja corrigido o mais cedo possível (preferencialmente no ato do lançamento). O que foi possível ver em português era agradável de ler de forma geral, mas não tenho como avaliar a qualidade da localização completa por conta desse problema.
Outro incômodo menor foi o uso de escadas nas áreas de plataforma. Algumas áreas demandam que o jogador suba e desça usando esse item, o que leva a uma animação de movimentação automática do protagonista; porém, esse efeito visual é muito lento, o que acaba se tornando um pouco incômodo.
Embora todos esses defeitos enfraqueçam a experiência de modo geral, nenhum deles é significativo o suficiente para reduzir o quão viciante é o ciclo de gameplay. Com algumas atualizações, não é tão difícil resolver os problemas e fazer com que o produto final seja ainda mais confortável e empolgante.
Espírito de aventura em brasas
While the Iron’s Hot é uma charmosa aventura de um ferreiro tentando melhorar suas habilidades. Coletar materiais e produzir itens utilizando os sistemas da forja dá ao jogo um formato viciante, tornando-o facilmente recomendável. No momento em que joguei, ainda havia algumas arestas para serem corrigidas, mas fica a expectativa de que isso aconteça em atualizações futuras.Prós
- O ciclo de coleta de materiais e produção de itens para as quests é viciante;
- O sistema de produção de itens que envolve o jogador em várias etapas com elementos de QTE;
- Vários mecanismos de melhora da produção através do ganho de experiência diário ou do desbloqueio de upgrades com dinheiro e itens;
- As receitas que produzem itens similares seguem lógicas intuitivas na mudança de materiais;
- Boa variedade de receitas, mapas e itens;
- Desafios eves de puzzle para avançar por algumas áreas;
- Atmosfera charmosa e confortável.
Contras
- Os defeitos de interface podem atrapalhar significativamente a visibilidade em algumas ocasiões;
- A tela de transição do loading é mais demorada que o carregamento dos assets, levando a momentos em que é possível interagir enquanto ainda não dá para ver nada na tela;
- Algumas quests possuem descrições pouco detalhadas após a apresentação inicial;
- Bugs sonoros no mapa mundi;
- A tradução em português ainda está incompleta, o que deve ser ajustado em uma atualização no lançamento;
- Subir e descer escadas é lento a ponto de ser incômodo.
While the Iron’s Hot — Switch/PC/PS4/PS5/XBO/XSX — Nota: 8.0
Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Humble Games