Confira o trecho transcrito pela Gamereactor (tradução livre do redator Leandro Martins):
"Muito obrigado", diz Alvarez, parabenizado pelo sucesso, sem esquecer de mencionar o diretor José Luis Márquez e sua equipe no estúdio: "Foi uma experiência incrível trabalhar com os melhores e tentar alcançar o alto nível da Nintendo. Foi um paraíso trabalhar com eles. Trabalhamos em estreita colaboração com a equipe japonesa, com reuniões todas as semanas e visitas frequentes. E foi incrível. Uma experiência que mudou o jogo para nós."
"E depois, o produto, bem, ambos os produtos, Samus Returns e Dread", continua, "tiveram uma recepção muito, muito boa. E Dread foi o jogo de Metroid mais vendido da história, até mesmo ultrapassando Metroid Prime. Então, é isso, não poderia estar mais feliz."
Pelas razões que já expusemos em nossa análise de Metroid Dread, brincamos que o chamamos de Metroid Dare, dado o atrevimento de certas decisões narrativas que afetam tanto o lore da série como, alerta de spoiler, a própria Samus Aran, especialmente em relação ao final do jogo.
"Nós nos entendemos perfeitamente", lembra o chefe do estúdio quando questionado sobre a coragem de propor essas ideias loucas e a disposição da Nintendo em testá-las: "Acho que é justo dizer que, ao longo do tempo, nos tornamos amigos. São pessoas muito talentosas e trabalhadoras. Eles têm uma ética de trabalho impecável. E estão abertos a aceitar novas ideias e testá-las. Também tínhamos vontade de deixar nossa própria marca na franquia. E nunca paramos de sugerir e propor ideias. E muitas delas acabaram no produto final. Portanto, estamos muito orgulhosos da colaboração entre a Nintendo e nós. E, sim, como eu disse, uma das melhores experiências de desenvolvimento que poderíamos sonhar."
O desenvolvimento de Metroid Dread foi caótico? A menção direta ao projeto nos leva aos comentários que afirmavam que o desenvolvimento do jogo foi caótico, ao que Álvarez faz a seguinte declaração:
"Eu não acho que o desenvolvimento tenha sido caótico. Um desenvolvimento caótico não resulta em um dos melhores jogos da franquia. Não resulta em um jogo que vendeu mais de três milhões e um pouco de cópias. Não resulta em um jogo que ganhou prêmios TGA. Isso é tudo o que tenho a dizer sobre isso."
Haverá mais Metroid da MercurySteam? Rumores sugerem que a MercurySteam já está trabalhando em um novo Metroid no estilo de Dread, seja para o Switch ou para o novo console da Nintendo, o que faria todo o sentido, dadas as razões mencionadas acima, então, em dois momentos da entrevista, tentamos arrancar algo dele... sem sucesso:
"Bem, sobre os projetos em que estamos trabalhando hoje, não há nada que eu possa dizer", diz Álvarez quando perguntado se eles ainda estão propondo ideias atualmente. "Então, um simples 'sem comentários' será suficiente."
"Tudo o que posso dizer é que José Luis continua no estúdio. Ponto", acrescenta depois, no final da entrevista, ao falar sobre a estrutura atual do estúdio e se os fãs podem esperar mais do diretor de Castlevania: Lords of Shadow - Mirror of Fate, Metroid: Samus Returns e Metroid Dread.