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Prévia: The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom (Switch) promete uma nova grande aventura em Hyrule

A sequência de Breath of the Wild busca expandir o que o original criou.



Após mais de três anos desde o seu anúncio na E3 de 2019, a longa espera por The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom está chegando ao fim. O novo jogo da linha principal da franquia possui muitas promessas e expectativas a cumprir, principalmente por ser a sequência de um dos maiores jogos que a Nintendo produziu nos últimos anos: The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Wii U/Switch). Nesta matéria, iremos discutir um pouco o que podemos esperar desta nova aventura em Hyrule, dado o que foi anunciado oficialmente (ou seja, sem qualquer spoiler).

Uma nova velha Hyrule



Tears of the Kingdom, como sequência, parece trazer uma abordagem mais próxima da de The Legend of Zelda: Majora’s Mask (N64/3DS), que utilizou muito de The Legend of Zelda: Ocarina of Time (N64/3DS) para construir o plano de fundo de uma nova aventura. Por esta razão, a enorme Hyrule aberta de Breath of the Wild retorna, com o mesmo Link, a mesma Zelda e outras figuras já conhecidas do primeiro jogo.

O twist é que os eventos da história provocaram uma mudança no mapa e agora temos grandes porções de terra de Hyrule flutuando pelos ares. Estas ilhas aéreas compõem grande parte das maiores novidades de Tears of the Kingdom e foram um dos primeiros aspectos do jogo a serem divulgados, lá no segundo trailer.

A impressão que temos com essa mudança é de que o time de Zelda talvez esteja tentando replicar algumas premissas de The Legend of Zelda: Skyward Sword (Wii/Switch), em que maior parte da aventura se concentrava nas terras dos céus de Skyloft. Prova disso é de como a maior parte do material de divulgação sempre mostra o Link caindo dos ares e mergulhando até chegar à superfície, algo que também acontecia em Skyward Sword, mas de forma mais mecânica dada às limitações do jogo.



As novas terras celestes de Hyrule, porém, não parecem ser apenas uma repetição do que há em Hyrule. O diretor do jogo, Eiji Aonuma, nos mostrou em sua jogatina oficial como essas áreas terão algumas peculiaridades quanto à superfície, de vegetação própria a até mesmo inimigos que sejam mais comuns pelos céus.

O retorno de Ganondorf

A Nintendo tem sido bem reservada quanto a todo o período pré-lançamento de Tears of the Kingdom e pouco sabemos sobre a nova trama. De todos os pequenos detalhes revelados, certamente o retorno do icônico Ganondorf é um dos maiores destaques. Esta é a primeira aparição do vilão em um jogo principal da série desde The Legend of Zelda: Twilight Princess (Wii), há mais de 15 anos.




Entre outras peças pequenas do quebra-cabeça que a Nintendo divulgou, notamos que os sucessores dos campeões presentes em Breath of the Wild também retornam com papéis importantes. Não sabemos ainda exatamente a função que eles irão exercer, mas pudemos vê-los ajudando Link em alguns confrontos como companheiros de batalha — é desconhecido se isso será algum tipo de nova mecânica ou apenas algum momento da história.

O papel da Zelda, no entanto, continua bem misterioso. Novos trailers a mostraram com um visual diferente e pedindo pela ajuda de Link para ser resgatada, o que sugere que ela talvez tenha uma função bem similar à de Breath of the Wild, mas novos personagens, a presença de Ganondorf e a falta de contexto deixam tudo muito nebuloso para fazermos presunções.



Toda essa falta de informações atiça a curiosidade e deixa a expectativa intrigante. Breath of the Wild foi marcante principalmente pelo sentimento de descoberta que tínhamos ao navegar por Hyrule e nos deparar com algo inesperado, então esperamos que isso aconteça também com a trama de Tears of the Kingdom. Inclusive, isso é algo que o jogo anterior não conseguiu explorar em totalidade, já que sua história tinha acontecido em maior parte no passado — o que fazia com que víssemos as relações dos personagens apenas contadas em flashbacks.

Os novos poderes

Link era muito hábil em Breath of the Wild desde o início e conseguia utilizar diversas habilidades que tornavam a travessia por Hyrule mais divertida e interessante. No novo jogo, a intenção parece a mesma, mas o arsenal é bem diferente, bem como habilidades inéditas:

Recall



Uma das primeiras habilidades a serem reveladas, Recall trata-se da possibilidade de voltar no tempo. Link pode utilizá-la para reverter o movimento de objetos, como grandes pedras, e utilizá-las a seu favor em combate ou na exploração. Em uma das gameplays exibidas, o diretor Aonuma utiliza Recall em uma rocha que estava em queda do céu e reverte seu movimento, transformando-a em um elevador para que Link conseguisse alcançar uma ilha áerea. 

Fuse



Fuse é uma das principais novidades do arsenal de Link, permitindo que ele possa fundir dois objetos para formar um novo. Isso pode ser aplicado principalmente ao combate: um exemplo seria unir um objeto como um tronco de árvore e uma espada, estendendo a vida dos itens e formando uma nova arma com atributos próprios de ataque. Nas gameplays oficiais, pudemos ver que as possibilidades são muitas, variando de armas de ataque a até mesmo escudos e flechas nas combinações.

Ultrahand



Ultrahand é um pouco mais remanescente de Breath of the Wild, funcionando como um Magnesis melhorado. Sua função permite que Link mova objetos à sua disposição, mas com dois principais diferenciais: o limite não está mais atrelado a objetos metálicos e há a possibilidade de unir objetos para realizar construções. Em um dos exemplos mostrados pelo material oficial, o jogador utiliza a Ultrahand para construir um barco e conseguir atravessar um rio.

Ascend



Outra habilidade que vimos logo nos primeiros materiais de divulgação, Ascend permite que o protagonista possa se transportar por terrenos. Há certas restrições, no entanto: Link só pode utilizá-la verticalmente e é necessário que haja um teto/piso no destino. Até o momento, Ascend parece a habilidade mais simples e sem muitas possibilidades de variação de uso, mas nada impede que apenas não saibamos de todo seu potencial.

Todos os novos poderes trazem os maiores ares de novidade ao jogo e provavelmente nos farão encarar Hyrule com outros olhos. O foco parece estar na criatividade e em como utilizar o mundo à volta para criar um veículo ou mecanismo, seja para chegar a algum destino ou resolver um puzzle, principalmente quando consideramos as habilidades Ultrahand e Fuse.

“Você precisa me encontrar, Link!”



The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom não promete reinventar a roda ou balançar os esqueletos da estrutura da série como Breath of the Wild, mas a aventura busca utilizar da base de seu antecessor e engrandecer o escopo de possibilidades. Os melhores momentos de Breath of the Wild eram os intervalos de exploração, avistar algo de longe e planejar um caminho até lá, e Tears of the Kingdom parece seguir uma lógica similar, porém com uma ênfase maior em como o jogador pode planejar essa rota.

Pouco sabemos ainda da história ou detalhes quanto ao loop de jogabilidade, já que a Nintendo tem sido secretiva com o título a ponto de não termos sequer confirmação ainda de calabouços, mas tudo que já sabemos nos mostra que a equipe provavelmente preparou uma nova aventura que irá conquistar muitos jogadores mais uma vez. Tudo que nos resta agora é aguardar mais alguns dias para nos afundarmos em mais uma aventura por Hyrule.
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom — Switch
Desenvolvedora: Nintendo
Gênero: Aventura, Ação
Lançamento: 12 de maio de 2023
Expectativa: 5/5
Revisão: Juliana Paiva Zapparoli

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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