Lançado originalmente para PC em 2009, Plants vs. Zombies é um tower defense desenvolvido e publicado pela PopCap Games (antes da empresa ser adquirida pela EA). Após ser portado para diversas outras plataformas, o título também recebeu uma versão para Nintendo DS em 2011.
A premissa é bem simples: o jogador precisa utilizar plantas para se defender de hordas de zumbis que se aproximam da sua casa. Essa simplicidade da narrativa se estende à jogabilidade, fazendo com que o jogo seja acessível a qualquer pessoa, independente dela conhecer o gênero ou não.
Jogabilidade simples, mas com variedade de táticas
Mesmo com uma estrutura básica, Plants vs. Zombies apresenta uma enorme variedade de plantas e de zumbis, exigindo que tenhamos conhecimento das habilidades dos nossos aliados e dos inimigos. Embora tenhamos poucas opções inicialmente, novas plantações vão sendo adquiridas conforme progredimos no jogo.
O cenário é dividido em cinco ou seis faixas horizontais com vários quadradinhos em cada uma. Nesses espaços, devemos posicionar nossas plantas para derrubar os zumbis, antes que eles atravessem as pistas. Algumas fases se passam durante o dia, enquanto outras são noturnas, o que impacta diretamente nos tipos de defesas que podemos usar. Isso ocorre porque os vegetais precisam de luz solar para serem plantados, mas esse recurso é disponibilizado em quantidades muito pequenas.
Para contornar essa situação, podemos plantar girassóis que geram luz de uma forma constante e mais rápida. Durante os estágios noturnos, os girassóis e algumas outras plantas não podem ser posicionados, nos levando a contar com cogumelos que são úteis exclusivamente durante a noite.
Como exposto anteriormente, as plantações possuem variadas funções que permitem a criação de estratégias diferentes. Para citar alguns exemplos, temos algumas plantas que disparam projéteis para frente; outras que atiram em três direções; cerejas que explodem os inimigos à sua volta; e nozes que servem como paredes protetoras.
Além das dificuldades enfrentadas pelos períodos sem sol, também nos deparamos com alguns estágios que contém água, tempestades e neblinas. Felizmente, temos à nossa disposição plantas com habilidades específicas para cada uma dessas situações.
Os zumbis são igualmente variados e se apresentam portando objetos e ferramentas que dificultam a vida das plantas, como escudos, capacetes, pula-pulas, balões e até mesmo veículos. Nesse contexto, o jogador dificilmente ficará utilizando os mesmos vegetais, pois os inimigos e os cenários exigem que as táticas sejam constantemente alteradas.
Enquanto os confrontos acontecem na tela inferior do portátil, podemos ver uma barra com o progresso da fase na tela de cima. Todas as funções são desempenhadas com o uso da tela sensível ao toque, no qual devemos arrastar e soltar as plantas nos locais desejados. Embora eu já tenha mencionado, em outras ocasiões, que a obrigatoriedade de usar a Stylus seja algo que eu não gosto em alguns jogos do DS, nesse caso não me incomodou.
Conteúdo de qualidade além da campanha
Além da campanha principal, Plants vs. Zombies possui muitos minijogos que criam desafios em situações inusitadas, como poder selecionar plantas através de uma roleta, quebrar vasos que podem abrigar aliados ou adversários, enfrentar inimigos invisíveis e zumbis com máscaras de plantas.
Apesar desses recursos serem divertidos e enriquecerem o jogo, acredito que o melhor conteúdo pós-game seja o modo sobrevivência. Nele, já iniciamos com todas as plantas que foram desbloqueadas anteriormente e um valor elevado e limitado de luz solar. Para vencer, precisamos sobreviver por várias etapas seguidas. Embora o modelo seja semelhante ao da campanha, essa entrada apresenta um grau de dificuldade muito maior, sendo uma boa opção para as pessoas que gostam de desafios.
Infelizmente, tivemos poucos exemplares em plataformas da Nintendo
Após o grande sucesso do primeiro título, Plants vs. Zombies se tornou uma franquia e recebeu duas sequências diretas — Plants vs. Zombies 2 e Plants vs. Zombies 3 — e três jogos de tiro (Plants vs. Zombies: Garden Warfare, Plants vs. Zombies: Garden Warfare 2 e Plants vs. Zombies: Battle for Neighborville). Infelizmente, somente Plants vs. Zombies: Battle for Neighborville chegou em uma plataforma da Nintendo, tendo sido lançado para Switch em 2021.
Além da abundância de conteúdo, Plants vs. Zombies dispõe de gráficos em 2D muito bem detalhados e uma trilha sonora animada, composta por músicas alegres e agitadas. Dessa forma, trata-se de um título que vale a pena ser conferido, pois não apenas é um ótimo exemplar do gênero tower defense, mas também um dos jogos mais divertidos dentro da vasta biblioteca do Nintendo DS. Quem sabe um dia teremos a oportunidade de desfrutar da série em uma nova coletânea remasterizada no Switch, não é?
Revisão: Diogo Mendes