Desde o lançamento, estivemos jogando alguns dos clássicos de GBA disponíveis no Nintendo Switch Online. Eu mesmo terminei Super Mario Advance 4: Super Mario Bros. 3 esses dias e estou ansioso pela chegada dos outros títulos da franquia que, infelizmente, ainda não foram anunciados para o serviço. Pensando em toda a diversidade que o GBA pode oferecer ao sistema, preparamos uma lista com vários títulos que podem ser ótimas adições à biblioteca do Nintendo Switch Online. Gostaria, de antemão, de agradecer novamente aos colegas de redação por contribuírem para diversificar ainda mais os joguinhos desta lista.
Boktai: The Sun Is In Your Hand
Escrito e produzido por Hideo Kojima, Boktai é um dos jogos mais diferentes do Game Boy Advance (coincidentemente, um dos jogos mais diferentes tem envolvimento direto com Kojima). O fato é que o cartucho vinha com um sensor solar que carrega a arma do protagonista conforme ele é exposto ao sol.
Para adaptar isso, talvez, o ideal seria colocar um cheat que faça com que a espada carregue sozinha com o tempo. Tem algumas formas de fazer esse sistema funcionar hoje em dia. Boktai ainda recebeu mais dois jogos, e considerando que a Konami está trazendo alguns clássicos de volta, talvez haja uma coletânea para trazer Boktai de volta.
Sword of Mana
Lançado em 1991 pela Square, o Final Fantasy Adventure deu nascimento à saga Mana, que introduziu conceitos importantes para os Action-RPG até hoje (como a stamina, por exemplo). Esse remake recria os eventos do Game Boy com os 32 bits do Game Boy Advance, trazendo os charmosos pixels verdes para sua tela maior e colorida. Apesar de ter recebido uma coletânea, essa não inclui o remake, apenas o original, sendo assim uma boa oportunidade de a Square relançar um clássico sem precisar lançar outra coletânea.
Lufia: The Ruins of Lore
Lufia está na ''geladeira'' há mais de 12 anos e o Nintendo Switch Online seria uma das melhores formas de a Square checar como seria a recepção da saga nos dias de hoje. Como comentado na matéria anterior, a saga de JRPG de turno desenvolvida pela já fechada Neverland Co., Ltd. seria, de certo, muito bem-vinda no Nintendo Switch Online.
Dragon Quest Monsters: Caravan Heart
Lançado como uma prequela de Dragon Quest VII, Caravan Heart leva a captura de monstrinhos de Dragon Quest para o mundo de Dragon Quest II. A Square Enix tem diversos títulos não lançados no Ocidente (principalmente, Dragon Quest) e depois de tantos anos sem aparecer, seria interessante ver Dragon Quest Monsters de volta. Considerando a postura atual da empresa com alguns jogos de Game Boy, talvez Dragon Quest volte com uma coletânea (só vamos torcer para que venha para o Ocidente também).Breath of Fire I & II
Breath of Fire foi relançado no Nintendo Switch Online em 2019, porém, contamos apenas com as versões de Super Nintendo. Em 2001, a duologia chegou ao Game Boy trazendo economia retrabalhada, menos grind, quicksave, entre outras diferenças. Para mim, uma das melhores diferenças dos jogos do Game Boy, no geral, é que eles rodam em uma proporção mais próxima dos 16:9 (proporção widescreen padrão nas televisões atuais), sendo assim, o jogo ocupa uma maior parte da tela que um jogo de Super Nintendo.
Dragon Ball Z: The Legacy of Goku I & II
A saga Dragon Ball recebeu diversos jogos na família Game Boy, um que vale a pena citar aqui é esse RPG desenvolvido pela Webfoot Technologies, Inc. (alguns dos mesmos desenvolvedores de Dragon Ball Z: Legendary Super Warriors, outro RPG, mas para Game Boy Color).
A Bandai, recentemente, anunciou o novo Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi e mesmo tendo lançado Dragon Ball Z: Budokai HD Collection para a sétima geração, a Bandai não se mostrou tão interessada em relançar seus clássicos para a geração vigente. Provavelmente, por conta do preço do licenciamento de Dragon Ball, ela prefira lançar jogos novos que vão ser recebidos por uma parcela maior do público do que jogos de Game Boy que serão jogados por um público menor.
Phantasy Star Collection
Algo que o GBA brilhava era em trazer os jogos das gerações passadas de consoles de mesa com seus gráficos 32 bits, sua proporção mais adequada às TVs da época (widescreen já estava ficando comum, tanto que diversos jogos da sexta geração já têm suporte) e de hoje em dia. Com Phantasy Star não é diferente, a saga de JRPG da SEGA, apesar de já ter alguns jogos disponíveis para o Nintendo Switch, ainda não recebeu uma coletânea e essa seria uma boa oportunidade.
Oriental Blue
Desenvolvido pela Hudson Soft e publicado pela Nintendo, Oriental Blue é um RPG com conceitos de game design interessantes para a época (como a liberdade de escolher as missões que o jogador quiser fazer) e que cairiam bem no Nintendo Switch Online. Principalmente, porque não parece haver nenhum plano de relançamento sequer. Então, no que diz respeito à conservação de jogos, essa seria uma boa adição.
Disney's Magical Quest 3 Starring Mickey & Donald
Disney's Magical Quest é uma trilogia de platformers que traz o carisma do ratinho da Disney à telinha colorida do GBA e, assim como outros títulos da Disney, a Capcom retoma a criatividade e carisma levando a turma do Mickey para uma trilogia inteira de plataforma.
Originalmente lançado apenas no Super Nintendo, The Magical Quest Starring Mickey Mouse recebeu o remake Disney's Magical Quest Starring Mickey & Minnie no GBA. Já Disney's Magical Quest 2 Starring Mickey & Minnie (GBA) é um port de The Great Circus Mystery Starring Mickey & Minnie (SNES/MD). Por fim, Disney's Magical Quest 3 Starring Mickey & Donald (GBA) se tratava de um port de Mickey to Donald Magical Adventure 3, só lançado no Japão para Super Famicom.
A Disney tem relançado alguns clássicos nos últimos anos (como a Disney Classic Games Collection, por exemplo), então, caso não apareçam no Nintendo Switch Online, talvez apareçam em alguma coletânea no futuro.
Road Rash: Jailbreak
A saga de corrida em que é possível atacar seus adversários (quase uma ''corrida GTA'' antes de GTA V) também deu as caras no Game Boy Advance. Trazendo alguns ''sofisticados'' gráficos 3D, seria uma boa adição, não só esse, mas também outros jogos que utilizem o 3D do GBA, tanto para mostrar as capacidades técnicas do software da Nintendo, bem como para mostrar ao público atual a capacidade dos 32 bits do Game boy Advance.
Medal of Honor: Underground,Tony Hawk's Downhill Jam e Iridion 3D
Para concluir a minha parte da lista, gostaria de adicionar alguns títulos que trouxeram 3D para o portátil. Apesar de ser tratado como um Super Nintendo portátil, os 32 bits do Game Boy Advance conseguiam fazer bem mais que um Super Nintendo e traziam alguns gráficos surpreendentes em 3D. Medal of Honor: Underground traz um FPS ao estilo do Medal of Honor do PS1 — a performance é horrível, mas funciona minimamente bem.
Tony Hawk's Downhill Jam tem uma performance um pouco melhor e tem uma abordagem similar aos Tony Hawk de console, mas como Downhill Jam é um jogo de corrida um pouco mais tradicional, em vez da abordagem arcade tradicional da saga, esse jogo trata-se de fazer as famosas manobras por uma pista, enquanto tenta se manter em primeiro junto aos adversários. Já Iridion 3D é o mais bonito dos três, pois é o que utiliza mais sprites (em vez de modelos 3D) dos 3. Fazendo um jogo com sprites e efeitos que fazem um uso inteligente dos recursos do GBA.
Riviera: The Promised Land
Sugestão de: Ivanir Ignacchitti
O jogo que mais gostaria de ver é Riviera: The Promised Land, o título de estreia da série Dept. Heaven é um dos meus RPGs favoritos de todos os tempos. Na pele do anjo Ein, recebemos a missão de expurgar os demônios que ameaçam tomar conta da Yggdrasil, mas a jornada logo mostra que as coisas não são tão simples quanto parecem.O que chama a atenção no jogo é especialmente a forma como ele brinca com mecânicas bem diferentes do padrão de um RPG, com exploração similar a um point-and-click com quick-time events para lidar com armadilhas e batalhas em turnos com equipamento quebrável cujos efeitos em batalha dependem dos membros da party disponíveis.
Summon Night: Swordcraft Story 1 e 2
Sugestão de: Ivanir Ignacchitti
Swordcraft Story é uma série de RPGs de ação com gameplay estilo Tales of, um sistema de crafting bem agradável e elementos leves de dating sim (mais desenvolvimento de personagens do que “namoro” propriamente dito, assim como é o caso da série Summon Night original de TRPGs).
Sugestão de: Karina Morais
Um dos primeiros RPGs que joguei na vida. A proposta de ser um ferreiro e fazer suas próprias armas para depois usá-las nas batalhas me traz uma satisfação muito grande! Também é bem legal que o jogo possui diferentes “parceiros” e dependendo de um pequeno teste no início do jogo, vários diálogos mudam, já que cada “summon” tem sua personalidade diferente. Um ótimo jogo para quem quer uma aventura curtinha. Além da pixel art ser uma gracinha.
Battle B-Daman e Battle B-Daman: Fire Spirits!
Sugestão de: Ivanir Ignacchitti
Os dois B-Daman de GBA são jogos de sinuca de robôs customizáveis muito divertidos. Conseguir novas partes com poderes especiais variados aumenta ainda mais a loucura de ficar atirando bolas nos robôs adversários em um formato totalmente único e bizarramente envolvente de combate.
Shining Soul 1 e 2
Sugestão de: Ivanir Ignacchitti
Ambos os Shining Soul são RPGs de ação bem agradáveis que nunca pude jogar em multiplayer, fazendo com que um lançamento no NSO fosse uma oportunidade perfeita para revisitar a obra com amigos.
Parte da franquia Shining da Sega, as obras permitem escolher entre vários modelos específicos de personagem cujas habilidades e afinidades com armas específicas fazem bastante diferença no combate. São os meus jogos favoritos da série e adoraria ter a chance de ter a experiência completa no NSO.
WarioWare: Twisted!
Sugestão de: Daniel Morbi
Warioware: Twisted! é possivelmente é um dos títulos da série de microjogos que mais passou despercebido pelos fãs da Nintendo. Afinal, ele foi lançado praticamente junto com WarioWare: Touched!, que se tornou um dos carros-chefe dos primeiros jogos de Nintendo DS. Todos queriam conhecer o novo portátil da Big N, e não jogar no antigo Game Boy Advance. Azar o deles, pois este é um dos games mais divertidos da franquia.Para jogá-lo, era necessário utilizar um giroscópio dentro de seu cartucho e girar o GBA para a direita, para a esquerda e até de cabeça para baixo, permitindo a criação de microjogos inusitados. O jogo contava até mesmo com feedback via rumble, um dos poucos lançamentos do portátil com esse recurso.É provável que, para funcionar no Switch Online, o título precise de algumas adaptações, como rodar a tela de jogo em conjunto com os controles no modo TV. Mas se Kirby Tilt n’ Tumble, outro game que se baseia fortemente em controles de movimento, chegará à coleção de Game Boy, então a Nintendo pode reviver essa joia escondida do GBA.
Rhythm Tengoku
Sugestão de: Karina Morais
O primeiro título da franquia Rhythm Heaven que nunca chegou ao Ocidente, mas é bem conhecido por aqui devido a seu gameplay universal, não importando a língua do jogador. A versão de GBA possui fases icônicas que posteriormente foram para os outros jogos em versões remixadas, como “Karate Kid” e “Night Walk”.Gosto muito de Rhythm Tengoku tanto por seu desafio de ser bem exigente com o tempo correto da música quanto por sua apresentação nonsense e divertida! Nunca consegui completar o jogo quando ele foi lançado, e ficaria muito feliz de ter a oportunidade de terminá-lo dessa vez. Além disso, mais pessoas precisam conhecer esse jogo! Estar no NSO+ seria um jeito bem acessível de conhecer a franquia sem o jogador precisar de um investimento “extra”.
Pokémon Pinball: Ruby & Sapphire
Sugestão de: Karina Morais
Não sou muito fã de jogos de Pinball, mas como tudo na vida, há uma exceção à regra. A ideia de se jogar um Pinball em que podemos capturar e evoluir Pokémon para quebrar a monotonia desse estilo de jogo foi genial. Além disso, existem vários minigames e até mesmo alguns segredos.Praticamente todos os monstrengos da terceira geração estão presentes, sendo possível até mesmo capturar lendários, sabia? As "máquinas" são bem coloridas e tematizadas de forma criativa com a proposta. Passei horas de minha vida tentando “zerar” o jogo e passaria mais algumas caso ele chegasse ao serviço da Nintendo.
E pensar que mesmo se houvesse 100 jogos, ainda faltaria algo
Seja pelas coletâneas ou pelos títulos originais, a biblioteca do Game Boy Advance é uma das mais ricas da história. Pudemos apontar aqui uma variedade de títulos, gêneros e sagas que seriam boas adições ao Switch, mas as chances de alguns jogos chegarem ao serviço é bem maior do que a de outros.
Como apontado na lista da semana passada de GB/GBC, os jogos da Nintendo e da Capcom têm mais chance de chegar ao Nintendo Switch Online, enquanto outras publicadoras (como Square Enix e Konami), provavelmente, dariam preferência a coletâneas próprias. De qualquer forma, a qualidade dos títulos já disponíveis é indiscutível e aguardamos as próximas adições, sejam elas dos títulos acima ou dos muitos outros tesouros que a biblioteca do GBA ainda mantém guardados.