Dia Internacional da Mulher: Confira alguns indies para Switch que trazem mulheres como protagonistas

Para esta data importante, selecionamos alguns títulos que às vezes podem passar batido, mas trazem mulheres dando seu melhor para salvar o dia.

em 08/03/2023
Em 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que celebra a luta das mulheres por igualdade e equidade sociais perante os homens. Visando enaltecer a importância que nós, mulheres, temos no dia a dia, estendemos essa celebração para o universo dos games nesta matéria especial, a fim de promover reflexão e visibilidade sobre um tema de extrema importância não apenas no 8 de março, mas também nos outros 364 dias do ano.


Em 2022, abordamos as protagonistas mais marcantes nos consoles da Nintendo, o protagonismo feminino e também as mudanças na representação feminina ao longo dos anos. Para a edição deste ano, trouxemos alguns jogos indie que trazem mulheres como protagonistas.

Por que indies?

Quando pensamos nos títulos de grandes empresas e até mesmo IPs da Nintendo, nomes como Bayonetta, Samus Aran, Zelda e Peach são alguns dos que nos vêm à mente. Porém, muitos jogos indie também exploram esse protagonismo feminino, só que nem sempre eles recebem o destaque que merecem.

Pensando nisso, a lista a seguir contém alguns dos títulos favoritos da redatora. Mesmo que muitos deles não sejam jogos atuais ou exclusivos para o Switch, o simples fato de trazerem mulheres fortes (em vários sentidos) como protagonistas é um grande avanço para a indústria de games atual.

Os jogos estão listados em ordem alfabética.

A Year of Springs

Esta curta, porém tocante visual novel de npckc traz histórias focadas em três amigas que tentam encontrar seu lugar no mundo, sobretudo Haru, uma mulher transgênero. Infelizmente, nossa sociedade ainda apaga o protagonismo das mulheres trans na luta por igualdade e equidade, então é sempre importante enaltecer que sim, elas merecem respeito e dignidade tanto quanto as mulheres cis.

Celeste

Neste jogo de plataforma, o jogador controla Madeline, uma jovem que resolveu desafiar os próprios limites ao escalar a montanha Celeste. Perpassando por temas delicados como insegurança e depressão em uma aventura de autoconhecimento caprichada tanto na estética quanto na narrativa, Celeste nos mostra que é possível superar nossos próprios limites, graças aos inúmeros obstáculos que Madeline deve ultrapassar para provar para si mesma do que é capaz.

Gris

Com uma apresentação visual aquarelada, o jogo conta a história de sua protagonista homônima que, após se ver perdida e sem voz, precisa enfrentar seus desafios pessoais. Assim, de maneira bem acessível, o jogador precisa auxiliar Gris a recuperar o que foi perdido, retomando as cores em seu caminho em uma história de superação que, mesmo que curta, transborda emoções.

Overboard!

Embora a heroína da vez seja, na verdade, a vilã da história, Veronica Villensey mostra que dispõe de todos os meios e mecanismos para atingir seus objetivos. Claro, não estamos falando aqui que mulheres precisam ser maquiavélicas — a famosa citação "os fins justificam os meios" de Maquiavel —, mas Veronica nos deixa uma importante lição: só alcançamos o que queremos se nos dedicarmos a esse objetivo. Oras, e não é exatamente para isso que existe o movimento feminista?

Shieldmaiden: Remix Edition

Neste platformer pixelado, acompanhamos Asta na busca por sua irmã, Roza, em um mundo pós-apocalíptico. Usando os poderes de seu bracelete equipado com uma IA misteriosa, cabe à heroína tentar compreender como uma organização secreta pode estar ligada tanto ao desaparecimento de Roze quanto à criação do misterioso artefato que carrega consigo para alcançar seu objetivo. Apesar da premissa simples, este indie nacional mostra que ainda há espaço para esse tipo de trama nos dias atuais, apresentando um desafio na medida certa para quem gosta do estilo e, de quebra, de uma protagonista forte.

The Language of Love

Apesar de não ser a protagonista, mas sim o interesse romântico de Mitsuki nesta visual novel de ebi-hime, Kyouko abre espaço para uma discussão importantíssima: a rotina de uma mãe solo e todos os preconceitos e tabus que circundam uma triste realidade na sociedade contemporânea. O mais interessante nessa abordagem é que, diferentemente de muitos homens que evitam se relacionar com mulheres viúvas ou divorciadas — especialmente quando elas têm filhos —, Mitsuki move mundos e fundos para proteger e cuidar não apenas de Kyouko, mas também da pequena Tama.


Desejamos a todas as leitoras do Nintendo Blast um feliz Dia Internacional da Mulher.

Revisão: Cristiane Amarante
Capa: Ivanir Ignacchitti
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Também conhecida como Lilac, é jornalista e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas.
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