Sabe aquela história de que existe louco para tudo neste mundo? Muito prazer, eu sou uma dessas pessoas. E não digo isso à toa: resolvi me aventurar em Fire Emblem Engage em sua maior dificuldade, Maddening.
E se você, assim como eu, tem curiosidade em descobrir como o jogo pode ser desafiador, confira a seguir algumas dicas (baseadas em minhas experiências) que preparamos para você se dar bem na aventura em Elyos pela busca dos 12 Emblem Rings.
Por que encarar a dificuldade Maddening?
Como fã de Fire Emblem, posso lhe assegurar de que Engage resgata com maestria a essência dos títulos mais antigos da franquia, em que todo e qualquer movimento conta para determinar o sucesso da missão. Essa característica crucial foi levada ao pé da letra na dificuldade Maddening, que, embora frustrante, confesso, nos passa a sensação de estarmos jogando um Fire Emblem clássico.
Para muitas pessoas, eu inclusa, a sensação de perceber que a estratégia pensada com muito suor deu certo é indescritível. E, a bem da verdade, essa é a maior recompensa que o Maddening pode nos proporcionar.
Eu adoro esta screenshot, pois ela capta a verdadeira essência do Maddening |
Não tenha pressa para terminar as missões
Uma das características de Maddening é o grinding reduzido, dado que as skirmishes são mais raras. Essa escolha é proposital, já que os títulos mais antigos da franquia não possuem esse recurso.
Dessa forma, dado que a maioria das missões em Engage traz reforços inimigos, aproveite esses oponentes extras para obter EXP, SP e bond level com os Emblems e os demais personagens do time. Também dê atenção especial a oponentes que trazem espólios consigo, às residências e aos baús nos mapas, pois, na maioria das vezes, são itens úteis que nos ajudam a economizar Gold mais para a frente.
Isso vale especialmente para cajados como Warp e Rescue, que, por mais que possamos comprá-los posteriormente em Somniel, aparecem em quantidade limitada na loja de itens. Dá até dó de usá-los a torto e a direito, certo? Errado: não tenha medo de utilizar esses recursos se você sentir necessidade, já que algumas missões priorizam escapar do mapa em vez de derrotar os inimigos.
Não seja refém do Time Crystal
A mecânica de voltar no tempo, introduzida originalmente em Shadows of Valentia (3DS) com a Mila's Turnwheel, passou a ser recorrente na franquia desde então. Contudo, seja no modo Casual ou Classic, evite depender do Time Crystal o tempo todo, ainda mais nos turnos iniciais da missão — quando for assim, prefira reiniciar o combate a contar com a mecânica.
Esta dica é de suma importância, já que as dificuldades Hard e Maddening permitem apenas dez usos do Time Crystal por missão. Guarde-os para momentos cruciais do combate e evite refazer apenas alguns passos mais recentes; às vezes, vale mais a pena voltar turnos inteiros para repensar a estratégia, mesmo que isso implique em passar sufoco novamente.
Tire um tempinho para explorar após o combate
Quando completamos uma missão, o jogo nos dá a possibilidade de explorar o campo de batalha. Não ignore esse momento de relaxamento, pois podemos obter Bond Fragments de nossos aliados, além de ingredientes e minérios para as atividades em Somniel. Também temos a oportunidade de adotar animais, que, posteriormente, nos ajudarão na captação de recursos.
As atividades em Somniel são igualmente importantes e, por mais que elas sejam desbloqueadas conforme avançamos na campanha, valem a pena serem utilizadas. Além disso, é em momentos assim que podemos rever tutoriais com calma, caso necessário, e estreitar os laços entre os personagens e os Emblems.
É melhor prevenir que remediar
Sabe-se que bons equipamentos fazem toda a diferença no combate, mas o grande vilão dos jogos da franquia sempre foi o RNG (do inglês, random number generation). Como ficamos à mercê das probabilidades, ainda mais quando jogamos na dificuldade máxima, é sempre bom termos à disposição não apenas consumíveis curativos, mas também os tônicos.
Por mais que eles não garantam um bônus significativo nos parâmetros (+5 em HP e +2 nos demais), os tônicos acabam nos salvando nas piores situações — e digo isso por experiência. O lado bom é que eles não são demasiadamente caros (ainda mais se você tiver o Silver Card, da primeira leva do DLC) e seus efeitos duram por todo o combate. Sendo assim, tenha sempre alguns estocados.
Não monopolize Emblem Rings
É verdade que a grande sacada de Engage é a presença dos Emblem Rings, que garantem habilidades únicas aos personagens. No entanto, a maioria delas está disponível para Skill Inheritance, então não necessariamente você precisa que aquele personagem específico esteja sempre com o mesmo Emblem Ring o tempo todo.
Pense fora da caixinha e procure analisar quais as necessidades específicas do seu time naquele momento, sobretudo no início da campanha. Por exemplo, Sigurd proporciona uma ótima mobilidade, então por que não tentar usá-lo em um aliado com movimentação limitada, como Louis?
Nem sempre as melhores soluções são as mais óbvias, então estude e experimente as diversas oportunidades proporcionadas pelos Emblems.
Como diria Raul, tente outra vez
Às vezes, nossas soluções e estratégias parecem lindas no papel, mas, na prática, devido aos inúmeros fatores envolvidos nos combates, elas acabam sendo bem falhas. Sim, admito ser frustrante tentar e tentar e não sair do lugar, mas, antes de pensar em desistir por completo e diminuir a dificuldade do jogo, dê um tempo, esfrie a cabeça e repense a estratégia.
Perseverança é, e sempre foi, o carro-chefe de Fire Emblem. É apenas quando paramos para rever nossos erros frequentes que conseguimos perceber como evitá-los; por isso, não tenha medo de continuar errando até acertar.
Para concluir…
Apesar de as dicas terem maior impacto na dificuldade Maddening, elas também se estendem para as outras de Fire Emblem Engage. Se você tiver sugestões que não foram abordadas aqui, deixe-as nos comentários.
Agora, lanço o desafio: tudo pronto para se aventurar em Elyos?
Revisão: Thais Santos