DRAINUS é um shoot’em up desenvolvido pelo Team Ladybug, uma equipe japonesa mais conhecida por seus metroidvanias, como Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth. Como o nome já sugere, o conceito principal da obra envolve absorver (“drain” significa “drenar” em português) as balas atiradas em sua direção, mas essa é apenas parte da graça.
Power-ups e a habilidade de usar a força do inimigo contra ele mesmo
Tudo começa quando nossa protagonista, Irina, rouba um protótipo de uma nave do Império Kharlal chamada Drainus para poder dar um futuro melhor ao seu pai. O conceito da história envolve a personagem lutando contra as forças imperiais opressoras e, mesmo que a trama (que foi totalmente traduzida para o português) seja um tanto simples, há algumas reviravoltas interessantes dentro de uma estrutura narrativa sólida.Em termos de gameplay, controlamos a nave Drainus e precisamos lidar com a chuva de tiros dos inimigos que podem vir por vários cantos da tela. Além de se movimentar e atirar, uma das habilidades fundamentais da embarcação é a sua capacidade de absorver balas.
Utilizando o fator cor, é possível diferenciar ataques absorvíveis (roxos) daqueles que não são (usualmente vermelhos). Ao se aproximar do tipo correto e drená-lo, o jogador carrega a barra de energia para um golpe de lasers teleguiados. Saber utilizar esse poder na hora certa pode fazer a diferença nos combates, mas isso não significa que não é preciso dominar o resto dos controles.
Como qualquer bom shoot’em up, é fundamental aprender a lidar com as fases. A disposição de inimigos, balas e especialmente os chefes demandam que o jogador avalie como trabalhar adequadamente os padrões enfrentados. Mesmo que a absorção seja um fator útil, às vezes os ataques básicos e a movimentação podem ser mais interessantes para superar determinadas situações.
Drainus não é um “one-trick pony”, ou seja, ele não é um jogo que se escora em uma única mecânica como base para toda a sua gameplay. Além da absorção, temos também uma forma bem interessante de revisitar o modelo de power-ups tradicional do gênero: a capacidade de customização de builds.
Ao derrotar determinados inimigos, é possível obter itens que melhoram a sua nave. Esses poderes aumentam o nível dela desde uma base frágil com apenas um tiro até um máximo de cinco poderes extras + escudo. Ao tomar dano, em vez de perder uma vida, a Drainus perde um de seus power-ups, ficando mais fraca.
O que torna esse sistema especial é que o jogador pode customizar quais habilidades quer desbloquear em cada nível. É possível aumentar o dano, adicionar auxiliares, golpes traseiros, lasers diagonais, escudos e até mesmo modificar o tipo da sua bomba especial, que tem uma barra própria de energia para limitar o uso durante as fases.
Com a possibilidade de escolher a prioridade dos poderes, o que temos é uma customização bem aprofundada do sistema de power-ups, já que podemos escolher a ordem dos poderes de acordo com nossas preferências. Isso ajuda o jogador a conhecer mais a fundo suas opções e planejar de forma estratégica a sua abordagem preferida. Nesse sentido, também é útil o fato de que podemos alterar a distribuição de power-ups durante as partidas pausando o jogo (exceto no modo Arcade).
Há também um excelente senso de exploração espacial, com esses robôs gigantescos fazendo movimentações diferentes pelas paisagens. Em termos das áreas, mesmo sendo uma aventura no espaço sideral, o jogo consegue fazer com que haja uma variedade que dá uma sensação única para cada ambiente.
O único detalhe que considero um potencial incômodo, sendo honesto, é que a segunda metade da campanha envolve fases muito similares. Mesmo com as mudanças de padrões, que vão ficando cada vez mais significativas até o chefe final, essa sensação de repetição, mesmo sendo facilmente justificada pelo roteiro, pode desagradar a alguns jogadores.
Utilizando o fator cor, é possível diferenciar ataques absorvíveis (roxos) daqueles que não são (usualmente vermelhos). Ao se aproximar do tipo correto e drená-lo, o jogador carrega a barra de energia para um golpe de lasers teleguiados. Saber utilizar esse poder na hora certa pode fazer a diferença nos combates, mas isso não significa que não é preciso dominar o resto dos controles.
Como qualquer bom shoot’em up, é fundamental aprender a lidar com as fases. A disposição de inimigos, balas e especialmente os chefes demandam que o jogador avalie como trabalhar adequadamente os padrões enfrentados. Mesmo que a absorção seja um fator útil, às vezes os ataques básicos e a movimentação podem ser mais interessantes para superar determinadas situações.
Drainus não é um “one-trick pony”, ou seja, ele não é um jogo que se escora em uma única mecânica como base para toda a sua gameplay. Além da absorção, temos também uma forma bem interessante de revisitar o modelo de power-ups tradicional do gênero: a capacidade de customização de builds.
Ao derrotar determinados inimigos, é possível obter itens que melhoram a sua nave. Esses poderes aumentam o nível dela desde uma base frágil com apenas um tiro até um máximo de cinco poderes extras + escudo. Ao tomar dano, em vez de perder uma vida, a Drainus perde um de seus power-ups, ficando mais fraca.
O que torna esse sistema especial é que o jogador pode customizar quais habilidades quer desbloquear em cada nível. É possível aumentar o dano, adicionar auxiliares, golpes traseiros, lasers diagonais, escudos e até mesmo modificar o tipo da sua bomba especial, que tem uma barra própria de energia para limitar o uso durante as fases.
Com a possibilidade de escolher a prioridade dos poderes, o que temos é uma customização bem aprofundada do sistema de power-ups, já que podemos escolher a ordem dos poderes de acordo com nossas preferências. Isso ajuda o jogador a conhecer mais a fundo suas opções e planejar de forma estratégica a sua abordagem preferida. Nesse sentido, também é útil o fato de que podemos alterar a distribuição de power-ups durante as partidas pausando o jogo (exceto no modo Arcade).
Chefes de múltiplas camadas
Um elemento em particular que chama a atenção em Drainus são seus chefes. Ao final de cada área, há um chefe meticulosamente criado com múltiplas formas. A transição é muito bem construída, mostrando como eles são quebrados e modificados, passando a ficar mais agressivos a cada nova versão.Há também um excelente senso de exploração espacial, com esses robôs gigantescos fazendo movimentações diferentes pelas paisagens. Em termos das áreas, mesmo sendo uma aventura no espaço sideral, o jogo consegue fazer com que haja uma variedade que dá uma sensação única para cada ambiente.
O único detalhe que considero um potencial incômodo, sendo honesto, é que a segunda metade da campanha envolve fases muito similares. Mesmo com as mudanças de padrões, que vão ficando cada vez mais significativas até o chefe final, essa sensação de repetição, mesmo sendo facilmente justificada pelo roteiro, pode desagradar a alguns jogadores.
Um bom exemplar de seu gênero
DRAINUS é um shoot’em up de altíssima qualidade que mostra muito bem o nível das experiências do gênero disponíveis no mercado. Com uma proposta mecânica que valoriza o esforço estratégico do jogador e boa variedade no design dos estágios e chefes, a obra é diversão garantida.Prós
- Sistema customizável de power-ups;
- Chefes criativos com múltiplos estágios;
- Áreas com boa variedade visual e de design;
- Trama bem-construída, com reviravoltas interessantes.
Contras
- A segunda metade do jogo acaba sendo um pouco similar demais à primeira por motivos de roteiro.
Drainus — Switch/PC — Nota: 9.0
Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Playism
Análise produzida com cópia digital cedida pela Playism