Por falar nisso, desde que comecei no Nintendo Blast, meu maior desafio tem sido elencar meus jogos favoritos para a redação desta coluna. Inclusive, até hoje não consegui definir critérios para considerar este e aquele títulos como favoritos…
No entanto, acredito que a lista a seguir traga de tudo um pouco — de histórias que me cativaram a gêneros que não estão na minha zona de conforto — e consigam transmitir a você um pouco de como foi meu 2022. Vamos lá?
13 Sentinels: Aegis Rim
Um jogo que, a princípio, foge de todos os meus gostos, graças à trama que mistura praticamente vários conceitos de ficção científica existentes e batalhas em tempo real. No entanto, 13 Sentinels já estava no meu radar devido à bonita arte, marca registrada da Vanillaware, e menções a algumas obras sci-fi que eu curto.
O resultado: não consegui largar a aventura desses 13 estudantes até terminá-la e quero revisitar o jogo para fechar os estágios extras com ranque S assim que minha rotina corrida me permitir.
Blackberry Honey
Uma curta, porém ousada visual novel de ebi-hime. Apesar de a arte ter me incomodado um pouco em alguns momentos, a trama brilha com sua precisão histórica e vários questionamentos que podem ser trazidos ao século XXI. De quebra, temos um romance nada convencional entre duas mulheres em plena Inglaterra vitoriana.
COGEN: Sword of Rewind
O típico jogo must have para quem gosta de sentir a adrenalina ferver a cada segundo. Não sei de onde vem esse meu interesse por platformers extremamente sádicos, mas COGEN me conquistou de tal maneira, que, apesar de me fazer sentir raiva com uma ação frenética — e como! —, conseguiu me fazer esquecer dos meus problemas IRL.
Crystar
Um jogo que, à primeira vista, parece simples demais e repetitivo ao extremo devido à baixa variedade de inimigos e ao sistema de combate pouco atrativo para fãs mais exigentes de RPGs. No entanto, é o tipo de jogo que, quanto mais tempo investimos nele, mais significativo ele se torna. De quebra, temos uma bela atmosfera baseada em obras mahou shoujo e uma trilha sonora capaz de mexer com nossas emoções.
Fire Emblem Warriors: Three Hopes
Um anúncio que me pegou totalmente de surpresa em fevereiro, mas cuja espera até junho valeu a pena. Fugindo da ideia de spin-off do primeiro FE Warriors, Three Hopes traz um cenário "e se" complementar à história de Three Houses, amarrando as diversas pontas soltas deixadas pela trama da 16ª entrada da franquia. O ponto alto é a excelente portabilidade das mecânicas de Three Houses para o universo dos musou, fazendo com que este Warriors seja uma grande recomendação.
Kirby and the Forgotten Land
Fofo e colorido, como qualquer jogo da nossa bolota rosa favorita deve ser. É difícil falar de Kirby, porque, em termos gerais, o público-alvo não é composto por jogadores hardcore, mas sim aqueles que preferem uma aventura mais casual. De todo modo, Forgotten Land é minha recomendação para quem quer se desligar dos problemas mundanos e tirar um tempinho para apreciar as coisas simples da vida.
Persona 5 Royal
É engraçado que, quanto mais eu digo para mim mesma que vou deixar os RPGs de lado por um tempo, mais eles aparecem para mim, mas, no caso de Persona 5, eu estava curiosa para conhecer o jogo desde sua estreia no PlayStation 4. Tudo que posso dizer é que a espera pela estreia dos Phantom Thieves no Switch valeu a pena e P5R se tornou meu JRPG do ano.
Pokémon Legends: Arceus
Eu perdi o encanto com a série principal dos monstrinhos de bolso desde o anúncio de Ultra Sun/Ultra Moon no 3DS. Sword/Shield também não me interessou muito, sobretudo com a mecânica Dynamax/Gigantamax, mas Legends acendeu a chama da esperança por trazer conceitos que, pela primeira vez, romperam com o padrão engessado de Pokémon — e a fórmula deu tão certo, que serviu de base para Scarlet/Violet.
Valis: The Fantasm Soldier Collection II
Valis é uma paixão minha desde a época do Mega Drive e o anúncio da Collection II não podia ter me deixado mais animada. Pelo segundo ano consecutivo, a franquia rouba o pódio como meus jogos favoritos de todos os tempos, ainda mais por carregar consigo uma memória afetiva gigantesca.
Variable Barricade
Uma visual novel otome nada convencional que me conquistou por sua jogabilidade que remete aos jogos de tabuleiro. Além de a interação de Hibari com seus pretendentes ser para lá de cômica, temos ainda Tsumugi, a melhor-amiga-fiel-escudeira da protagonista, que só seria melhor se fosse uma opção romântica para a herdeira da família Tojo. Fica a dica, Otomate!
Menções honrosas e expectativas para 2023
Cult of the Lamb, OMORI, Shredded Secrets e Yurukill: The Calumniation Games foram jogos que também marcaram meu ano no Switch. Queria ter mais tempo para discorrer sobre eles, mas ainda preciso falar um pouco do que espero para o ano que vem no console híbrido.
Claro, meu hype está com Fire Emblem Engage, que, a meu ver, tem de tudo para angariar fãs com as melhores mecânicas de Awakening, Fates e Three Houses — de quebra, elementos do spin-off mobile Heroes. Mal posso esperar para acompanhar as aventuras de Alear!
Também estou de olho em outros títulos menores, como A Space for the Unbound e 7 Days to End with You, mas talvez minha maior meta para 2023 seja, se tudo der certo, limpar meu gigantesco backlog. Porém, contudo, todavia, quem conhece a Nintendo já sabe que a calmaria nunca dura muito…
Quais são os seus jogos favoritos de 2022? Aproveito também para lhes desejar um ótimo Ano-Novo!
Revisão: Davi Sousa
Capa: Ivanir Ignacchitti