Um dos maiores atrativos do 3DS é, sem dúvidas, a possibilidade de usar elementos de realidade aumentada para proporcionar experiências divertidas durante a jogatina. Spirit Camera: The Cursed Memoir é um título que, embora com suas falhas, cumpre o que promete e transforma o real em um palco para uma aventura sobrenatural.
Caça-fantasmas na vida real
O cartucho de Spirit Camera vinha acompanhado de um livreto chamado Diary of Faces, o ponto central do jogo: suas 16 páginas ditavam a aventura em uma mansão assombrada, desenvolvendo o roteiro e também propondo enigmas que deveriam ser resolvidos no decorrer da campanha. Contudo, a primeira tarefa do jogador era tirar uma foto de seu próprio rosto, marcando sua presença no cenário real-fantasioso deste spin-off de Fatal Frame.
Apesar de se tratar de uma experiência focada em jumpscares (aqueles sustos que aparecem quando menos se espera) e elementos sobrenaturais, o game exigia um espaço amplo e iluminado por dois motivos: a constante movimentação pelo ambiente, devido ao contínuo uso da função do giroscópio do 3DS, e o fato de a iluminação ser essencial para o bom funcionamento do sistema de AR (augmented reality, ou realidade aumentada). Ou seja, o resultado era praticamente similar a assistir a um filme de terror com as luzes acesas, mas com certeza Spirit Camera foi um dos jogos que mais fizeram usos dos recursos do portátil tridimensional da Nintendo.
Além da campanha não muito longa, de apenas algumas poucas horas, o game trazia alguns minijogos divertidos, em especial a possibilidade de transformar fotos do ambiente em verdadeiros cenários de filme de terror, com direito a espectros e outras assombrações no seu quarto ou na cozinha. Sabe a ideia de um monstro se escondendo no armário? Spirit Camera fazia isso acontecer!
Para os órfãos de Fatal Frame no 3DS, Spirit Camera: The Cursed Memoir trazia os principais elementos da franquia ao portátil, por mais que não conseguisse reproduzi-los à risca. De um jeito ou de outro, fãs de terror e experiências sobrenaturais tiveram a oportunidade de ver o real se misturar com o virtual em uma aventura caça-fantasmas divertida e ousada.
Revisão: Vitor Tibério