Quem se mantém ativo na comunidade gamer, por mais que de uma forma bem casual, sem dúvidas já ouviu falar da franquia Mass Effect, lançada originalmente em 2007 pela BioWare para Xbox 360 e posteriormente portada para PC, Playstation e Nintendo Wii U. A franquia conta com quatro jogos principais e angariou fãs ao redor do mundo todo, trazendo uma trama espacial política bem desenvolvida, ambientação imersiva e jogabilidade que mistura aspectos de RPG com shooter em terceira pessoa.
Contudo, o que mais marca a franquia é a possibilidade de alterar por completo o rumo da história com base nos diálogos e na maneira que você opta por respondê-los.
Mass Effect é um fenômeno desde seu lançamento, porém foi apenas em 2012 que os usuários das plataformas da Nintendo puderam colocar as mãos em uma versão definitiva do jogo. Mass Effect 3: Special Edition foi lançado para o Nintendo Wii U e prometia entregar aquela que seria a versão definitiva do último jogo da trilogia principal.
Os dois jogos anteriores de Mass Effect não foram disponibilizados em nenhuma plataforma Nintendo. Posteriormente com o lançamento da versão Legendary Edition, foi possível ter acesso a uma coletânea com os 3 jogos remasterizados, lançada em 2021, porém essa versão não foi lançada para o Nintendo Switch nem em uma versão Cloud.
Nessa versão de Mass Effect 3 para o Wii U, os desenvolvedores decidiram trazer a experiência completa através de uma graphic novel interativa que narra os acontecimentos dos jogos anteriores. O jogador pode tomar as decisões que desencadeiam diversas possibilidades para seguir com a história e moldar a personalidade de seu personagem.
A decisão visou a praticidade mas, infelizmente, não conseguiu chegar perto de entregar uma experiência parecida com a de uma pessoa que jogou os dois primeiros jogos. Tomar uma decisão no jogo tem como base toda uma experiência vivida com os personagens e não dá para reduzir tantas emoções — e até mesmo o afeto criado em torno dos personagens — a cutscenes interativas.
Além disso, uma nova mecânica foi adicionada, fazendo com que o gamepad do Wii U pudesse ser utilizado como um mapa que mostra o posicionamento do personagem, localização dos objetivos e também a posição dos inimigos. Também era possível designar comandos para seus aliados se locomoverem à determinada localização e manejar a interface de poderes de seu personagem apenas com toques na tela. Isso faz uma diferença enorme em relação ao jogo em outras plataformas, já que contávamos apenas com um radar que só mostrava pontos vermelhos indicando a presença dos inimigos, era necessário pausar o jogo para abrir o mapa e se localizar melhor no cenário.
Quando se trata de uma versão mais inovadora que busca entregar ao jogador uma experiência diferente daquela proporcionada pela versão original, Mass Effect 3: Special Edition ainda mantém
uma posição de destaque por pensar e resolver um problema que foi deixado de lado até mesmo na edição Legendary: a questão do mapa. Além de adicionar um mapa de fácil acesso, implementou mecânicas que tornaram a jogabilidade mais fluida.
Para quem é fã da franquia, como eu, toda oportunidade de reviver essa série é válida, especialmente quando vem com inovações que afetam diretamente na jogabilidade e a possibilidade de enfrentar de diferentes maneiras os desafios já conhecidos. Essas pequenas modificações deixam tudo com um gostinho mais especial.
Contudo, o que mais marca a franquia é a possibilidade de alterar por completo o rumo da história com base nos diálogos e na maneira que você opta por respondê-los.
Analisando agora, após 10 anos, será que conseguiram?
Sintetizando a experiência
A franquia conta com uma trama rica em detalhes que fazem a diferença em cada mínimo aspecto. O protagonista é o comandante Sheppard, líder da tripulação da nave Normandy, ele que se depare com uma revelação e precisa lutar contra o tempo e contra todos para impedir que os Reapers, raça alienígena ancestral dada como extinta, retornem e aniquilem toda a vida no universo inteiro. Muita coisa acontece nos dois primeiros jogos, como reviravoltas, perda de companheiros, aquisição de novos membros para a equipe e até mesmo relacionamentos amorosos. Tudo depende de como o jogador interage com os personagens entre os diálogos e decisões.
Os dois jogos anteriores de Mass Effect não foram disponibilizados em nenhuma plataforma Nintendo. Posteriormente com o lançamento da versão Legendary Edition, foi possível ter acesso a uma coletânea com os 3 jogos remasterizados, lançada em 2021, porém essa versão não foi lançada para o Nintendo Switch nem em uma versão Cloud.
Nessa versão de Mass Effect 3 para o Wii U, os desenvolvedores decidiram trazer a experiência completa através de uma graphic novel interativa que narra os acontecimentos dos jogos anteriores. O jogador pode tomar as decisões que desencadeiam diversas possibilidades para seguir com a história e moldar a personalidade de seu personagem.
Mas o que teve de especial?
Mass Effect 3: Special Edition prometeu ser a versão definitiva do último jogo. Isso nos foi entregue, já que o jogo conta com diversos DLCs com pacotes de mapas e classes de personagem no modo multiplayer e também do DLC mais expressivo dentro da franquia, From Ashes, que adicionou um novo personagem ao modo história, uma nova fase e, o mais importante, um fim estendido para Mass Effect 3, visto que muitos fãs na época se revoltaram por considerarem que o final do jogo era muito aquém da grandiosidade da franquia.Além disso, uma nova mecânica foi adicionada, fazendo com que o gamepad do Wii U pudesse ser utilizado como um mapa que mostra o posicionamento do personagem, localização dos objetivos e também a posição dos inimigos. Também era possível designar comandos para seus aliados se locomoverem à determinada localização e manejar a interface de poderes de seu personagem apenas com toques na tela. Isso faz uma diferença enorme em relação ao jogo em outras plataformas, já que contávamos apenas com um radar que só mostrava pontos vermelhos indicando a presença dos inimigos, era necessário pausar o jogo para abrir o mapa e se localizar melhor no cenário.
10 anos depois
Após o lançamento da Legendary Edition para todas as plataformas, com exceção do Nintendo Switch, os jogadores tiveram a oportunidade de reviver ou experimentar pela primeira vez a trilogia com visuais modernos, DLCs inclusas, resolução até 4k e a modernização da gameplay principalmente notada em Mass Effect 1, para deixar o jogo mais parecido com o terceiro. Trata-se claramente de uma versão definitiva da trilogia original, com melhorias em todos os aspectos.Quando se trata de uma versão mais inovadora que busca entregar ao jogador uma experiência diferente daquela proporcionada pela versão original, Mass Effect 3: Special Edition ainda mantém
uma posição de destaque por pensar e resolver um problema que foi deixado de lado até mesmo na edição Legendary: a questão do mapa. Além de adicionar um mapa de fácil acesso, implementou mecânicas que tornaram a jogabilidade mais fluida.
Para quem é fã da franquia, como eu, toda oportunidade de reviver essa série é válida, especialmente quando vem com inovações que afetam diretamente na jogabilidade e a possibilidade de enfrentar de diferentes maneiras os desafios já conhecidos. Essas pequenas modificações deixam tudo com um gostinho mais especial.
Ainda vale a pena
Se você tem um Nintendo Wii U em casa e tem vontade de conhecer a franquia ou tem curiosidade sobre como funciona a nova mecânica envolvendo o gamepad, Mass Effect 3: Special Edition é a oportunidade de se aventurar por um universo imersivo, visualmente maravilhoso, com gráficos que até hoje nos deixam de queixo caído e uma história que é capaz de arrancar lágrimas até mesmo do Krogan mais bruto. É uma experiência que merece ser vivida e que encerra de maneira satisfatória a jornada do Comandante Sheppard e sua equipe a bordo da Normandy rumo ao desconhecido.
Revisão: Juliana Paiva Zapparoli
