Retrospectiva Fire Emblem - Parte 1: Geração NES e SNES

Nestes 32 anos da franquia, relembre os jogos que a tornaram famosa.

em 09/04/2022
capa retrospectiva fire emblem nes snes

Fire Emblem
surgiu em abril de 1990, há 32 anos. Nestas três décadas, 16 jogos principais marcam a história da franquia criada pela Intelligent Systems para os consoles da Nintendo e, para comemorar esse aniversário para lá de especial, resolvemos criar matérias especiais sobre a retrospectiva desses jogos ao longo dos anos.


Nesta primeira parte, cinco jogos tiveram passagem pelo NES e SNES: Shadow Dragon and the Blade of Light, Gaiden, Mystery of the Emblem, Genealogy of the Holy War e Thracia 776. Vamos relembrá-los?

Retrospectiva Fire Emblem
NES e SNES | GBA | GC e Wii | DS e 3DS | Switch

Fire Emblem: Shadow Dragon and the Blade of Light (NES)

fire emblem shadow dragon and the blade of light

O primeiro jogo da franquia foi a porta de entrada para o subgênero tactical role-playing game (TRPG) em uma época em que os próprios RPGs não tinham tanto peso no mercado de consoles, sobretudo nos EUA. Shadow Dragon and the Blade of Light chegou oficialmente, mas por tempo limitado, ao Ocidente em 2020. Apesar da jogabilidade um tanto quanto "travada", o título trouxe diversas novidades para o gênero e que logo se tornariam a "receita do bolo" da franquia: sistema de promoções e classes, história divididas em capítulos e os infames efeitos de terreno, além da temível permadeath.

Neste primeiro Fire Emblem, acompanhamos o jovem Marth, príncipe de Altea, em uma busca no fictício continente de Archanea pela lendária espada Falchion para derrotar o maligno dragão Medeus, antes aniquilado pelo ancestral do protagonista, Anri.

Fire Emblem Gaiden (NES)

fire emblem gaiden

O segundo título da franquia chegou ao NES em 1992 e, assim como Shadow Dragon and the Blade of Light, nunca veio de forma oficial para o Ocidente. Embora mantivesse o mesmo sistema de combate de seu antecessor, Gaiden conseguiu inovar em alguns aspectos, como a possibilidade de navegar pelo mapa-múndi, mudanças no sistema de promoção de classes, exploração de dungeons e, acima de tudo, a presença de dois protagonistas.

A história se passa em Valentia, um continente vizinho de Archanea, que se encontra dividido entre duas entidades divinas. Zofia, que segue os ensinamentos da deusa Mila, e Rigel, que tem como fundamentos as ideias do deus Duma, estão em guerra. É neste cenário conflituoso que acompanhamos Alm e Celica, amigos de infância forçados a seguir rumos diferentes, ao longo de cinco capítulos, em busca da unificação de Valentia.

Fire Emblem: Mystery of the Emblem (SNES)

fire emblem mystery of the emblem

Mystery of the Emblem traz uma nova perspectiva ao conflito de Shadow Dragon and the Blade of Light, além de servir como uma continuação do primeiro jogo. A trama é dividida em duas partes: Book 1, um remake de Shadow Dragon, e Book 2, sua continuação.

Enquanto os eventos do Book 1 são os mesmos de Shadow Dragon and the Blade of Light, o Book 2 traz um novo conflito para Marth e companhia, que devem, mais uma vez, enfrentar Gharnef e Medeus. Além do visual melhorado, Mystery of the Emblem traz algumas das novidades introduzidas em Gaiden, como mapa-múndi navegável, mas a principal adição foi o sistema Dismount, que permite que classes de montaria possam combater como unidades de infantaria.

Fire Emblem: Genealogy of the Holy War (SNES)

fire emblem genealogy of the holy war

Genealogy of the Holy War é um dos títulos mais ambiciosos de sua geração, com uma história complexa envolvendo oito nações no continente de Jugdral. Dado o tamanho do jogo, sua narrativa foi dividida em duas partes, servindo como um gancho para a adição do sistema de gerações — este, posteriormente, seria novamente explorado em Awakening e Fates.

Na primeira parte de Genealogy of the Holy War, acompanhamos a saga de Sigurd, Quan e Eldigan, que tentam colocar um fim nos planos malignos de Arvis. Com a morte de Sigurd, dá-se início à segunda parte da trama, com o filho do herói, Seliph, liderando um time composto pelos sucessores dos protagonistas de outrora. Desta vez, a ameaça é Julius, filho de Arvis, capaz de controlar o maligno dragão Loptus. 

Além do sistema de gerações, Genealogy of the Holy War também trouxe modificações no sistema de combate, sobretudo a conquista de múltiplos castelos por capítulo, além de um objetivo secundário na forma de proteção de vilarejos dos ataques dos inimigos, que impacta diretamente nas recompensas dos capítulos. Mudanças nas promoções de classes e reparo de armas também são dois fatores adicionados no quarto título da franquia.

Fire Emblem: Thracia 776 (SNES)

fire emblem thracia 776

A história de Thracia 776 se passa entre os capítulos 5 e 8 de Genealogy of the Holy War, tendo Leif, filho de Quan, como protagonista, que busca liberar Munster e Thracia da tirania de Grannvale. Diversos personagens do quarto jogo também aparecem neste quinto título da franquia, mas apenas como personagens secundários.

Enquanto a jogabilidade de Thracia se manteve similar à de Genealogy of the Holy War, novas mecânicas foram introduzidas, principalmente neblina (Fog of War) e o controverso sistema de fadiga, que reaparece mais tarde em Shadows of Valentia. Além disso, diversos capítulos-bônus foram adicionados, mas só podiam ser acessados quando certas condições forem alcançadas durante a história principal; ao completá-los com sucesso, o jogador poderia ganhar itens ou novos personagens exclusivos.

Oficialmente, todos os jogos da geração NES e SNES não foram lançados no Ocidente, com exceção da versão limitada de Shadow Dragon and the Blade of Light no Switch. Na segunda parte da retrospectiva Fire Emblem, serão abordados os jogos da geração GBA, dando início à franquia no Ocidente.

Revisão: João Gabriel Haddad
Capa: Juliana Paiva Zapparoli

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Também conhecida como Lilac, é jornalista e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas.
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