O National Labor Relations Board — agência federal dos Estados Unidos que protege os direitos de organização de trabalhadores do setor privado do país — divulgou, nesta quarta-feira (20), novos documentos que trazem mais detalhes da denúncia aberta por um trabalhador não identificado contra a Nintendo of America e a empresa de contratação Aston Carter.
Nesse caso, registrado pelo órgão norte-americano no dia 15 de abril, o profissional acusa ambas as empresas de realizarem ações coercitivas para interferir na sindicalização de funcionários da filial da Nintendo.
"Nos últimos seis meses, o empregador dispensou empregado(s) porque o(s) empregado(s) se juntou (juntaram) ou apoiou (apoiaram) uma organização trabalhista, com objetivo de desencorajar atividades de sindicato e/ou filiação.""Nos últimos seis meses, o empregador dispensou empregado(s) porque o(s) empregado(s) se envolveu (envolveram) em atividades concertadas protegidas como, entre outras, discussões salariais e/ou outros termos e condições de emprego, com objetivo de desencorajar empregados de se envolverem em atividades concertadas protegidas.""Nos últimos seis meses, o empregador interferiu com, restringiu e coagiu seus empregados no exercício de direitos protegidos pela Seção 7 do Ato ao realizar vigilância ou criar a impressão de vigilância das atividades sindicais de empregados."
Também ao Polygon, a Nintendo se pronunciou oficialmente sobre o caso nesta quinta-feira (21), dizendo que o trabalhador foi desligado da empresa após divulgar informações confidenciais:
"Estamos cientes das alegações, que foram registradas no National Labor Relations Board por um contratado que foi rescindido anteriormente pela divulgação de informações confidenciais e por nenhum outro motivo.
A Nintendo não tem conhecimento de nenhuma tentativa de sindicalização ou atividade relacionada e pretende cooperar com a investigação conduzida pelo NLRB.
A Nintendo está totalmente comprometida em fornecer um ambiente de trabalho acolhedor e solidário para todos os nossos funcionários e contratados. Levamos as questões de emprego muito a sério.”
Fonte: Polygon