Desbravando os céus de Garuda
A história começa quando o robô Rodea, nosso protagonista, está tentando proteger a princesa Cecilia dos ataques do imperador Geardo, que quer conquistar Garuda, o Reino dos Céus, e monopolizar os cristais Gravitons. A fim de proteger Garuda, a princesa dá ao protagonista uma metade de um artefato importante e, então, Rodea acaba desativado.
Mil anos depois, o robô é reativado por Ion, uma jovem mecânica cuja semelhança com Cecilia deixa Rodea ainda mais desnorteado. Porém, como diz o ditado, “menos papo e mais ação”: mesmo passado um milênio, os ataques de Geardo a Garuda não cessaram e, junto com sua nova companheira, o androide precisa descobrir não apenas como deter o maligno imperador, mas também o propósito de sua própria criação — e, acima de tudo, por que um ser artificial possui um coração humano.
Como o título sugere, Rodea é um androide capaz de alçar voos incríveis, possibilitando que a aventura se passe em locais cada vez mais altos. Ora fazendo uso de elementos de platformers, ora de shooters, o jogo tem um ritmo acelerado e, mesmo com problemas pontuais na câmera e nos controles, não deixa (muito) a desejar no portátil. Talvez não seja exagero dizer que o port para 3DS de Sky Soldier tenha priorizado a performance em detrimento da parte gráfica, tal como aconteceu com a versão para o New 3DS de Fire Emblem Warriors.
Além da ação constante, a história é outro ponto forte do jogo, já que se desenvolve à medida que avançamos por cada um dos 25 estágios. Também estão presentes diversos itens colecionáveis que podem ser utilizados tanto para aprimorar as capacidades de Rodea, como a duração da sua armadura e sua capacidade de voo, quanto para desbloquear conteúdos extras, como a possibilidade de jogar no modo FPS — algo que, por si só, já ajuda a criar outra experiência durante a jogatina. A adição desses elementos extras garante certo fator de rejogabilidade a Sky Soldier, especialmente quando as fases podem ser refeitas sempre que necessário, para a alegria dos perfeccionistas e complecionistas de plantão.
Por fim, o jogo conta com dublagem integral, algo raro no 3DS, tanto em japonês quanto em inglês, além de opções de legendas em quatro idiomas (inglês, alemão, francês e japonês), e a trilha sonora consegue promover imersão em praticamente todos os momentos.
Para o alto e avante
O port para 3DS de Rodea The Sky Soldier pode não ser melhor que a versão original para Wii, mas entrega o que promete, sobretudo se levarmos em consideração a capacidade de hardware do portátil 3D. A jogabilidade e os gráficos apresentam algumas falhas pontuais e que, embora incômodas, não chegam a atrapalhar a aventura como um todo. É fato que o jogo foi totalmente pensado para tirar proveito dos sensores de movimento do Wii, porém a versão de 3DS é uma ótima pedida para amantes de ação e aventura que raramente têm tempo para ficar em casa.
Revisão: João Pedro Boaventura