Uma catástrofe iminente
Tudo começa com a saída de quatro indivíduos da Citadel. A região conta com cerca de 200.000 habitantes, mas está agora passando por uma grave crise. Em um mundo pós-apocalíptico no qual pequenas sociedades humanas passaram a viver isoladamente, os recursos necessários para a sobrevivência estão cada vez mais escassos, e a Citadel não será capaz de manter sua população por muito tempo.
É para lidar com essa catástrofe iminente que o grupo sai da Citadel. Seu objetivo é encontrar o Domo dos Domos, que supostamente poderia resolver o problema. Porém, a jornada é perigosa, sendo necessário gerenciar cuidadosamente os seus recursos para sobreviver. Além disso, as decisões do jogador podem levar a finais alternativos.
As ações levam a repercussões imediatas nos recursos ou a obtenção de informações que podem ajudar a avançar. Vale destacar que a história em si é bem simples e pouco detalhada. Por conta disso, apesar do conceito da jornada ser bem interessante, é difícil se importar muito com os eventos, que acabam sendo muito similares.
Para variar um pouco mais a experiência, é possível fazer uma jornada custom, optando por um início em um ponto diferente do mapa com parâmetros específicos de equipe. Apesar disso, todos os problemas do jogo continuam presentes.
Uma jornada solitária
Além da questão das escolhas, o jogador precisa avançar pelos cenários em busca do domo. Infelizmente, a obra opta por caminhos majoritariamente lineares e simplificados. Mesmo áreas de travessia mais complexa não têm grandes ramificações, desestimulando a exploração.
O que as áreas possuem são alguns pequenos pontos de interação. Neles é possível conseguir alimento ou lenha para a fogueira. Isso é importante pois, conforme avançam pelas áreas, os personagens ficam cansados, com fome e com frio. Sem comida e fogo, eles logo estarão sofrendo dano constante, com grande risco de morrer.
Vale destacar, porém, que a movimentação básica é um tanto lenta, apesar de também ser possível correr. Na versão de Switch, há alguns problemas de performance nítidos, com frames caindo que pioram essa sensação de lentidão.
Outros problemas que encontrei incluíram trechos de código nos textos do tutorial, objetos da interface se sobrepondo a outros, os menus da fogueira travaram, entre outros bugs. Também gostaria de destacar que não é possível capturar a tela em nenhum ponto do jogo, o que me impossibilitou de tirar screenshots para esta análise.
Uma experiência superficial
Ashwalkers tinha potencial para ser uma experiência bastante peculiar. Infelizmente, sua morosidade e superficialidade acabam tornando a sua excelente proposta em algo muito limitado. Para piorar, a versão de Switch ainda tem problemas de performance que deixam tudo nitidamente mais lento. Graças a todos esses fatores, trata-se de uma obra de difícil recomendação, mas que jogadores mais inclinados a aventuras intimistas e solenes talvez ainda possam aproveitar.Prós
- Múltiplas formas de lidar com as situações, com opções mais violentas ou diplomáticas;
- Atmosfera opressiva com recursos limitados.
Contras
- Exploração e visibilidade limitadas;
- História simples desmotiva testar outras escolhas;
- Sensação constante de lentidão exacerbada por performance ruim;
- Alguns bugs ocasionais podem atrapalhar interações com menus.
Ashwalkers - Switch/PC - Nota: 5.5
Versão utilizada para análise: Switch
Análise produzida com cópia digital cedida pela Plug In Digital