No início de 2011, a Nintendo iniciou a oitava geração de consoles trazendo um sucessor para o Nintendo DS, o seu então portátil de sétima geração. O Nintendo 3DS, como foi chamado, não só era compatível com os softwares do DS como também tinha um hardware mais robusto e permitia visuais em 3D sem o auxílio de óculos 3D. Infelizmente esse mecanismo acabou sendo pouco usado, e mesmo aqueles recursos presentes no DS, como as duas telas e a tela inferior sensível ao toque, foram menos utilizados em seu sucessor, sobretudo no caso de seus RPGs.
Ainda que a integração hardware-software não tenha sido uma marca tão grande dos RPGs de 3DS, alguns deles chegaram a explorar significativamente os visuais em 3D, como em Bravely Default, e em geral todos continuaram a usar as duas telas para no mínimo tornar mais prático o uso de mapas e menus em momentos de exploração. O console foi responsável por reavivar o interesse pelo gênero de RPG tático, a partir de Fire Emblem: Awakening, e, embora algumas desenvolvedoras de RPGs tenham diminuído seu suporte a esse portátil, se comparado ao suporte dado ao DS, como foi o caso da Square Enix, outras intensificaram seu apoio, como no caso da Atlus, sendo esse o hardware em que está o seu maior legado até hoje.
A motivação desta lista envolve ajudar nossos leitores a identificar alguns títulos de RPG imperdíveis para aquisição e download na loja da Nintendo eShop de 3DS antes que ela feche, em março de 2023, e mesmo encerre seus servidores em um futuro próximo, como já noticiamos por aqui. Claro, como se trata de uma biblioteca vasta, com oito anos de lançamentos (2011~2019), limitaremos esta lista aos jogos que satisfazem os seguintes critérios de notoriedade e raridade:
Notoriedade:
- Jogo que cumpre pelo menos um dos seguintes critérios:
- possui média crítica igual ou superior a 84/100 (média essa considerada de corte superior no Open Critic);
- é uma obra feita por algum desenvolvedor notável na indústria e é parte fundamental para a compreensão de seu estilo de game design e/ou da trajetória de seu legado;
- é um título de RPG reconhecidamente muito influente em jogos posteriores dentro ou fora do gênero RPG.
Raridade:
- Jogo que cumpre pelo menos um dos seguintes critérios:
- não possui versão física americana*;
- é extremamente difícil de se encontrar ou eventualmente inexistente no mercado nacional de usados;
- costuma ser vendido por 350 reais ou mais (o que atualmente equivale a um valor superior a 70 dólares) no Mercado Livre**.
*Critério elencado devido à trava de região do Nintendo 3DS.
**Não serão considerados jogos com versão alternativa mais barata em outra plataforma, como é o caso de Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King.
Uma vez expostos os títulos simultaneamente notáveis e raros da plataforma, em seguida, consideraremos mais alguns jogos que são igualmente raros e com notas consideradas “geralmente favoráveis” (75/100 ou superior) no Meta Critic.
Parte 1: jogos notáveis e raros que você não pode esquecer de comprar
Fire Emblem: Fates
Desenvolvida pela Intelligent Systems, sob direção de Kouhei Maeda e Genki Yokota, e publicada pela Nintendo, a trilogia Fire Emblem: Fates é uma das obras mais aclamadas do 3DS, com média de 86~88/100 (MC) nas reviews mundiais por aprimorar e expandir em muitos aspectos a fórmula de Fire Emblem: Awakening que foi uma verdadeira revolução dentro da franquia e do mercado de RPGs táticos. Sem dúvida, trata-se de uma das mais importantes obras para se adquirir na eshop, não só porque as edições físicas são caras em geral como também porque o terceiro título, Revelation, nunca foi lançado em uma versão física isolada, havendo apenas sua inclusão em uma versão limitada com os três títulos, Fire Emblem Fates: Special Edition.
A trilogia se justifica a partir de uma ramificação do design narrativo. Até o capítulo sexto, todas as três versões são idênticas, porém, na ocasião, é preciso escolher de qual lado o jogador ficará em uma guerra que envolve os familiares adotivos do protagonista, de um lado, e os seus familiares legítimos, de outro. A escolha por um ou por outro lado na guerra dependerá do jogador ter a versão Birthday ou a versão Conquest, sendo a primeira um pouco mais acessível e essa última um pouco mais difícil e diferente, em tom do enredo, e a favorita de muitos fãs da série.
Independente de qual escolha você tome para começar sua jornada, ao chegar ao fim de Birthday ou Conquest, peças estarão faltando para terminar o quebra-cabeça da história que só será minimamente compreendida após a finalização da versão Revelation, uma DLC com uma “terceira via” de rota que pressupõe ter concluído o jogo em pelo menos uma das duas versões mencionadas. Então, tanto pela qualidade da trilogia quanto pela dificuldade de se obter a versão Revelation, Fire Emblem Fates é uma aquisição quase obrigatória para fãs de RPG tático.
Crimson Shroud
Crimson Shroud foi desenvolvido e publicado pela Level-5, sob direção de Yasumi Matsuno, especialmente notabilizado pelas importantes séries Ogre e Final Fantasy Tactics, além de outros jogos ambientados no mundo de Ivalice. Trata-se de um RPG com mecânicas únicas profundamente inspiradas em RPGs de mesa clássicos, como Dungeon & Dragons, e com um design narrativo e artístico que lembra o cultuado Vagrant Story (PS), escrito e dirigido por Matsuno.
Apesar de não ter tido uma recepção crítica muito acima da média, 76/100 (MC), ele é um título notável devido aos nomes envolvidos de peso na indústria, não só Matsuno, mas outros desenvolvedores em seus projetos prévios, como o compositor Hitoshi Sakimoto. O jogo foi criticado negativamente principalmente por ser considerado ter um level design por acessível e entregar uma experiência um tanto frustrante, mas recebeu muitos elogios principalmente por seu design narrativo, pela sua imersão mecânica em estilo de RPG de mesa e sua trilha sonora.
Crimson Shroud nunca foi vendido em versão física no Ocidente e é um título notável pelos nomes envolvidos que implementaram ideias muito interessantes e sem paralelo na indústria até então, embora a execução de algumas delas tenha dividido opiniões. Se você é fã de Matsuno, o mais respeitado auteur da indústria em RPGs táticos e em tramas e cenários com profundidade política, Crimson Shroud é indispensável para você compreender a trajetória desse autor, tendo sido esse o seu primeiro título, desenvolvido com ampla liberdade criativa, após sua saída da Square Enix, em 2005.
Radiant Historia: Perfect Chronology
Desenvolvido pela Headlock, em parceria com a Atlus, sob direção de Mitsuru Hirata e Satoshi Takayashiki, com composição de Yoko Shimomura (conhecida por Kingdom Hearts, Legend of Mana e Super Mario RPG), e publicado pela Atlus USA, Radiant Historia: Perfect Chronology é um remake expandido de um dos RPGs mais aclamados de Nintendo DS. O título recebeu uma média de 85/100 no Metacritic, em ambas as plataformas, mas teve um número baixo de vendas no 3DS e moderado no DS, levando ambas as versões a serem muito valorizadas por fãs de JRPGs.
Radiant Historia se passa no continente de Vainqueur, uma terra governada por um antigo império dividido entre os reinos em guerra de Alistel e Granorg; a raiz da guerra deriva da crença de Alistel de que Granorg é responsável pela propagação da Sand Plague, uma doença mágica que drena a energia de Mana dos seres vivos e os transforma em areia, assim, uma desertificação do continente está se espalhando, o que intensifica o conflito entre as nações. A trama inicia em Historia, um reino divorciado do tempo, e supervisionado por Teo e Lippti que podem usar o White Chronicle para alterar os eventos da linha do tempo.
Radiant Historia possui uma trama política única e bem-elaborada de viagem no tempo, uma exploração diferenciada com encontros visuais que lembra clássicos de estilo 16-bits, uma delicada e emotiva trilha sonora de Yoko Shimomura, e um interessante e intuitivo sistema de batalha por turnos que envolve variáveis de cenário. Esse jogo da Atlus é provavelmente um dos mais brilhantes e inesquecíveis RPGs já feitos para um portátil e a versão de 3DS é definitivamente a melhor forma de apreciá-lo, tanto pelos aprimoramentos técnicos quanto pelo conteúdo adicional.
Parte 2: Outros jogos com média de recepção crítica geralmente favorável (75+/100) e igualmente raros que também são altamente recomendados para adquirir
Série principal de Shin Megami Tensei
Uma das franquias mais consagradas da Atlus é Shin Megami Tensei, cujo primeiro jogo publicado pela empresa foi lançado no Japão em 1992. A série de RPGs deu origem a títulos bastante variados como Persona, Digital Devil Saga, Devil Survivor, Demikids, Devil Summoner, Majin Tensei, Tokyo Mirage Sessions (em parceria com Fire Emblem), entre outros. Em termos da franquia principal (ou seja, os que não são spin-offs), destaca-se um cenário de ficção científica com elementos apocalípticos como algo recorrente.
Apesar de sua prolificidade e alta influência, a série teve poucos títulos principais numerados, sendo dois deles no Super Nintendo e o terceiro só foi lançado para PS2 quase 10 anos depois. Foi apenas depois de mais 10 anos que a série recebeu o seu quarto jogo, Shin Megami Tensei IV no 3DS. O título foi bem recebido tanto em termos de crítica (83/100 no Metacritic) quanto de venda, tendo sido considerado o melhor lançamento da série principal na época. Seu sucessor, Shin Megami Tensei IV: Apocalypse, também foi um dos destaques da biblioteca do 3DS.
Uma característica interessante de Shin Megami Tensei IV era a habilidade de usar Smirk no combate. Ao atingir as fraquezas dos inimigos ou anular o ataque de um adversário, os personagens podem receber esse status que funciona como uma espécie de aura e aumenta os atributos dos personagens e efeitos de buffs. Aliado aos sistemas de receber turnos extras e retirar as ações dos adversários, o Smirk era uma forma do jogo valorizar a exploração das forças/fraquezas elementais.
Além dos SMT IV, o 3DS recebeu uma variedade de ports. Entre eles, vale destacar em especial Shin Megami Tensei: Strange Journey Redux, edição mais robusta de Strange Journey (DS). Desenvolvido em uma parceria entre a Atlus e a Lancarse (Monark), o título é um RPG dungeon crawler em que o jogador controla uma equipe de reconhecimento enviada para a Antártica para investigar uma misteriosa distorção espacial. Apesar de não ter recebido numeração, o título é considerado parte da série principal pelos desenvolvedores.
Série Etrian Odyssey
A franquia Etrian Odyssey é uma série de RPGs dungeon crawlers desenvolvidos pela Atlus em um estilo oldschool. A franquia esteve intimamente atrelada aos portáteis DS e 3DS, utilizando as telas de toque como forma de adicionar uma camada imersiva extra através do mapeamento das dungeons. Outro aspecto relevante é a sua dificuldade, sendo importante ter um bom planejamento para atravessar os labirintos e derrotar os monstros que lá habitam. Os mais temíveis deles, os F.O.E.s são visíveis no mapa e podem perseguir o jogador pelos corredores estreitos e recheados de batalhas aleatórias.
Foram lançados vários jogos da série no 3DS, com Etrian Odyssey IV, V, Untold, Untold II e o mais recente, Nexus. Apesar de todos serem excelentes entradas, gostaríamos de destacar aqui os Etrian Odyssey Untold por serem mais convenientes para novos jogadores. Eles são remakes dos dois primeiros jogos do DS e, além de transportar o visual para o 3D, adicionaram uma nova modalidade chamada Story Mode.
O estilo tradicional da série é o de contar com poucos eventos de história, abordando-os apenas quando estritamente necessário. O jogador monta sua própria equipe utilizando as classes disponíveis e o foco está inteiramente na exploração das áreas. Em contraste, o Story Mode traz uma equipe de personagens com histórias pessoais e personalidades mais definidas, assim como mais exposição. Por conta disso, ele e o Untold II são os mais recomendados para novatos, que podem não estar acostumados ao estilo da série e preferir uma história mais desenvolvida ao escolher um RPG.
Shin Megami Tensei: Devil Survivor Overclocked
A Atlus também portou do DS para o 3DS os dois jogos da série Devil Survivor. Nascida de Shin Megami Tensei, essa subsérie opta por um combate estratégico, tendo em sua equipe de desenvolvimento os antigos integrantes da Career Soft responsáveis pelas franquias clássicas Langrisser e Growlanser.
Curiosamente, o gameplay combina o estilo estratégico com batalhas em turno, sendo cada unidade correspondente a uma equipe de um humano e até dois demônios. Além disso, raças diferentes de demônios possuem habilidades únicas de movimentação e ataque. O jogador também pode customizar os ataques e habilidades passivas de todos os humanos da sua equipe. Para conseguir mais demônios, é possível comprá-los em leilões e utilizar a tradicional mecânica de fusão para obter aliados mais poderosos.
No primeiro jogo, um grupo de pessoas acaba ficando presa em Tóquio, uma cidade ilhada em uma quarentena. O governo afirma se tratar de um vazamento de gás, porém a verdade é que demônios estão à solta pela região e uma trama sinistra motiva o fechamento das fronteiras. Em meio a essa situação, o protagonista e seus amigos acabam descobrindo um programa de invocação de demônios e ganhando o poder de lutar para sobreviver.
Agora, cabe ao jogador coordenar as ações dos personagens e tentar mantê-los vivos. Além da equipe inicial, outros personagens estão disponíveis e as ações do jogador farão uma enorme diferença na trama. Vale destacar que o jogo conta com múltiplos finais e a versão de 3DS, Shin Megami Tensei: Devil Survivor Overclocked, adiciona epílogos chamados de “oitavo dia” à trama, dando mais clareza e desenvolvimento às conclusões.
Apesar do segundo jogo também ser notável, ele não se encaixou no critério de vendas, sendo possível encontrar a sua versão de DS à venda a um valor inferior a 350 reais. Vale destacar mesmo assim que a versão de 3DS adiciona uma expansão significativa que serve como epílogo e visão alternativa para a história original.
Dragon Quest VII: Fragments of the Forgotten Past
Originalmente desenvolvido pela Heartbeat, em parceria com a então Enix, para PlayStation 1, Dragon Warrior VII recebeu uma versão para 3DS, aprimorada em todos os sentidos, chamada Dragon Quest VII: Fragments of the Forgotten Past, desenvolvida pela ArtePiazza, em parceria com a Square Enix, e publicada no Ocidente pela Nintendo. A ArtePiazza também fez versão mobile do título, mas que infelizmente foi publicada somente no Japão, e embora o título tenha vendido bem no 3DS em geral, no Ocidente as vendas foram baixas, tornando-se um título raro para colecionadores ocidentais hoje em dia.
Dragon Quest VII não é um dos Dragon Quest mais inovadores, nem está entre os mais aclamados e muito menos figura entre os mais populares, mas a franquia possui muita consistência de design nos títulos numerados, graças ao tradicional time de desenvolvimento encabeçado por Yuji Horii, Akira Toriyama e Koichi Sugiyama. Isso faz com que os fãs gostem de todos ou quase todos os jogos principais, e o VII tem também a importância histórica de ser um Dragon Quest de transição para a era 3D. Se você é um fã dessa importante franquia de JRPGs, esse título é obrigatório para você (ao menos em versão digital).
Fire Emblem Echoes: Shadows of Valentia
Desenvolvido pela Intelligent Systems, sob direção de Toshiyuki Kusakihara, Kenta Nakanishi e Genki Yokota, e publicado pela Nintendo, Fire Emblem Echoes: Shadows of Valentia continua o projeto iniciado pela Intelligent Systems no DS de fazer remakes com publicação internacional dos clássicos da franquia. No caso de Shadows of Valentia, trata-se de um remake do segundo Fire Emblem, de 1992, originalmente lançado somente no Japão, Fire Emblem Gaiden (FC), frequentemente comparado com Super Mario Bros. 2 e Zelda II como a “ovelha negra” da franquia, tendo a pior recepção de Fire Emblem na crítica da Famitsu, 28/40.
Felizmente a “ovelha negra” de Fire Emblem recebeu um bom remake, digno da nova era (pós-Awakening) da série. Shadows of Valentia trouxe aprimoramentos gráficos que só o 3DS poderia oferecer ao antigo RPG tático de Famicom e, embora as limitações de design narrativo e outras ainda sejam sentidas nessa versão, o aprimoramento audiovisual, acessibilidade e o acréscimo de mecânicas modernas, com inspiração em Awakening e Fates, fazem desse remake um dos jogos mais recomendados de Fire Emblem para iniciantes, além de uma aquisição obrigatória para fãs dessa que é a franquia mais importante de RPG tático.
Stella Glow
Apesar de Fire Emblem ser o RPG estratégico mais popular do 3DS, temos um título mais obscuro publicado pela Atlus no portátil, e que também merece atenção. Desenvolvido pela já extinta Imageepoch, Stella Glow é um sucessor espiritual da série Luminous Arc (DS) que conta a história de um rapaz em busca de uma forma de reverter a maldição de uma bruxa.
Reunindo o seu próprio grupo de aliadas com poderes mágicos, ele logo descobre ser um Conductor, capaz de ajudá-las a desenvolver suas habilidades ao explorar com consentimento as complexidades das suas psiques. Em um mundo em que as vozes das bruxas afetam profundamente as suas redondezas, as suas canções são um recurso estratégico de buffs e debuffs que pode ser essencial no combate.
Série The Denpa Men
Desenvolvidos pela Genius Sonority (Pokémon Colosseum/XD: Gale of Darkness), os jogos da franquia The Denpa Men foram lançados exclusivamente via eShop até The Denpa Men 3. Trabalhando com o conceito de capturar pequenos homenzinhos explorando localidades do mundo real com a câmera, o título explora as possibilidades do sistema como a realidade aumentada, algo inusitado para um RPG. Também é possível usar códigos QR e compartilhá-los com os amigos online.
Cada uma dessas criaturas humanoides possui cores, formatos e habilidades diferentes. Cabe ao jogador montar equipes para explorar as dungeons e enfrentar uma variedade de monstros em combates tradicionais baseados em turnos. Com um estilo simples, colorido e cômico, a série oferece uma experiência bastante agradável para quem gosta de títulos com atmosfera descontraída e foco em exploração.
Menções honrosas e aviso final
Esta lista teve como intuito lembrar desses importantes RPGs do 3DS cujo acesso ficará muito mais restrito após o fechamento da loja. Há muitos outros jogos do gênero que merecem atenção também, como Fire Emblem: Awakening, Bravely Default, Bravely Second, Dragon Quest VIII, todos os Pokémon do sistema incluindo Super Mystery Dungeon, a série Yo-kai Watch, Persona Q/Q2, Ever Oasis, e muitos outros.
As eShops do 3DS e do Wii U terão suas compras via cartão de crédito fechadas no dia 23 de maio de 2022. Após essa data, ainda será possível usar cartões da eShop até o dia 29 de agosto. Caso a sua conta Nintendo usada nos sistemas estiver vinculada no Switch, ainda será possível usar créditos até março de 2023, quando a loja finalmente encerrará as suas atividades.
Após o encerramento, não haverá mais nenhuma forma legal de obter vários jogos, que não possuem lançamentos em outras plataformas. Além disso, a empresa menciona que os jogos já comprados ainda estarão disponíveis para download dentro do futuro próximo. Isso significa que embora a empresa não garanta que os títulos estarão lá para sempre, ao menos inicialmente os jogos já adquiridos poderão continuar sendo baixados. Fica aqui a nossa indicação de obras que não merecem ser perdidas com esse triste evento.
Revisão: Cristiane Amarante
Coautoria: Ivanir Ignacchitti