Após mover ações judiciais contra a pirataria no Nintendo Switch e obter decisões permanentes contra sites que distribuíam ROMs de games do console híbrido, a Nintendo recebeu uma liminar da Justiça do Reino Unido que permite que certos sites com downloads ilegais de títulos da plataforma sejam bloqueados por meio de operadoras de internet da região.
No dia 21 de dezembro, a juíza Joanna Smith publicou decisão favorável ao pedido de liminar da Big N. Nela, a empresa pedia que as operadoras britânicas BT, EE, Plusnet, Sky, TalkTalk e Virgin Media impedissem o acesso a cinco domínios relacionados aos sites NSW2U e NSWROM. Com a determinação da Justiça, essas operadoras devem bloqueá-los pelo período de dois anos.
A juíza acatou aos argumentos da gigante japonesa, que afirmavam que os operadores dessas páginas lucravam a partir de cópias não legalizadas de jogos de Switch. Ao permitir publicidades em seus endereços, a Nintendo afirmou que a estratégia era maximizar o número de jogos baixados e aumentar o lucro via cliques. Além disso, a empresa demonstrou preocupação com o teor adulto de algumas publicidades, já que grande parte de seu público é composto por crianças.
A Big N disse que tentou contato direto com os sites, mas não houve sucesso. Apesar disso, a companhia tem evidências de que ambas as páginas possuem uma operação e controles unificados.
Com isso, Joanna Smith determinou que a liminar seja necessária para prevenir eventuais danos financeiros e de imagem à Nintendo. Segundo ela:
"A injunção atinge um equilíbrio justo entre proteger os direitos da Nintendo e os direitos envolvidos: o direito das operadoras de realizar negócios não é afetado e o público não tem interesse legítimo em ser informado ou ter acesso a sites cujo único objetivo é fornecer acesso a cópias piratas de Jogos Nintendo (e outro conteúdo pirateado) e, portanto, infringir os direitos da Nintendo em seu prejuízo significativo. Qualquer interferência nos direitos do público e das operadoras é justificada pelo objetivo legítimo de prevenir tal violação."
Na decisão, a juíza ressaltou que o Switch vendeu quase 5,3 milhões de unidades somente no Reino Unido.