Análise: .cat Milk (Switch) é um passatempo fofinho protagonizado por um gatinho branco

Simples, fácil e fofinho, o jogo é perfeito para relaxar ou se manter ocupado quando não se tem nada para fazer.

em 18/11/2021
cat milk switch
Às vezes, quando estou entediada ou não sei o que jogar, dou uma vasculhada pela eShop só para passar o tempo. Coincidentemente, na última vez em que fiz isso, deparei-me com .cat Milk — que estava em promoção, por sinal —, um platformer no qual controlamos um gatinho que deve atravessar plataformas, pegar o leite e voltar para sua casa. Tudo muito simples e despretensioso: é o típico “indie passatempo” que pode ser aproveitado em uma sala de espera de consultório médico, por exemplo, ou simplesmente para fazer com que seu priminho pare de te pentelhar.

“O gato faz miau, miau, miau”

Não há segredo nenhum — ou história, diga-se de passagem — em .cat Milk. Temos uma tela de título com apenas duas opções: iniciar o jogo ou ajustar algumas pouquíssimas configurações; estas, por sinal, incluem ajustar o volume da música, dos efeitos sonoros e mudar o idioma para português, inglês ou espanhol (não que faça muita diferença). O jogo em si também não é nada complexo e precisamos apenas do botão B e do D-pad para controlar o gatinho em busca de leite.

À primeira vista, é um jogo bastante bobinho, que mais parece um trabalho de conclusão de curso de curso de Jogos Digitais, mas tem seus atrativos, sendo o principal deles a casualidade. É verdade que todas as 50 fases têm o mesmo cenário e a música é a mesma desde a tela de título, mas é, de certa forma, divertido controlar o gatinho branco saltitante de um lado para outro da tela.

Os comandos são bem responsivos e ainda temos a opção de deixar o gatinho pulando ad aeternum ao manter o botão B pressionado (algo não muito recomendado em algumas fases). Para um jogo tão simples, o número de estágios chega a surpreender, assim como sua variação em level design.

cat milk switch

O bichano branco, dependendo da fase, precisa atravessar portais ou pular em camas-elásticas para alcançar as plataformas e obter seu precioso leite — e depois fazer o caminho inverso para voltar para casa. Ou seja, existe uma variação na jogabilidade, mesmo que mínima, e a única música do jogo não chega a enjoar depois de um tempo.

Quanto à casualidade, destaco que o gatinho não tem um número de vidas que são perdidas a cada erro cometido pelo jogador, ou seja, não há risco de  game over; a única “punição” é ter que recomeçar a fase. Também não existe um tempo limite para completar os estágios, garantindo uma jogatina despretensiosa e relaxante, perfeita para aqueles 15 minutos antes de dormir.

A arte de .cat Milk não deixa a desejar em nenhum aspecto. Os sprites são todos em pixel art e é possível distinguir bem os elementos no cenário, isso sem mencionar as cores suaves que não forçam a visão. Em adição, o jogo não fica com gráficos distorcidos se jogado no modo TV do Switch, mas .cat Milk é muito melhor aproveitado no modo portátil do console, por motivos óbvios.

Talvez a única ressalva que eu tenha em relação à jogabilidade em si é o jogo não reconhecer os sticks para a movimentação do bichano, mas isso é preferência minha e não necessariamente precisa se estender para os outros jogadores.

“Na rua, na chuva, na fazenda”

Ou até mesmo no seu quarto. .cat Milk é o tipo de jogo para aproveitar quando o tédio bate ou enquanto esperamos os trailers acabarem no cinema. Com impressionantes 50 fases de jogabilidades variadas, controles responsivos e arte agradável, talvez o único ponto negativo seja a falta de variedade em música e cenários. De resto, este indie é um passatempo para qualquer hora e, de quebra, tem um gatinho fofo. Precisa de mais?

Prós

  • Jogabilidade sólida e simples;
  • Gráficos bem trabalhados;
  • 50 fases com jogabilidades variadas;
  • Ótimo passatempo;
  • Gatinho fofo como protagonista.

Contras

  • Uma única música para o jogo todo;
  • Sem variação de cenários;
  • Escolha de idioma irrelevante.
.cat Milk — Switch — Nota: 6.5
Revisão: Thais Santos
Análise produzida com cópia digital adquirida pela redatora
Siga o Blast nas Redes Sociais

Também conhecida como Lilac, é jornalista e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Você pode compartilhar este conteúdo creditando o autor e veículo original (BY-SA 3.0).