Desenvolvido inicialmente pela Hudson Soft (que foi trocada pela NDcube em 2007), e publicado até hoje pela Nintendo, a franquia Mario Party (N64) surgiu como um spin-off da série principal do encanador na época do Nintendo 64. O game trazia um ambiente diferente dos títulos do baixinho bigodudo, oferecendo um tabuleiro de jogos digitais composto por grandes personagens da franquia como Mario, Luigi, Peach, Donkey Kong, Yoshi e Wario.
Ele também foi responsável pela popularização da jogatina em grupo, com a mecânica de 4 jogadores competindo simultaneamente nos jogos. A franquia esteve presente em quase todos os consoles da Nintendo, ficando de fora apenas do NES, SNES e GB.
A festa começa no Nintendo 64
Os três primeiros games chegaram ao N64 entre os anos 1998 e 2001. Eles foram bem recebidos pela crítica por apostar numa ideia inovadora de multiplayer, levando a diversão e emoção dos jogos de tabuleiro para o console.
Entretanto, algo seria reforçado nos anos iniciais de Mario Party: o game funcionava muito melhor jogando com amigos, já que em modo solo, o brilho dos minigames se perdia.
Mario Party 2 (N64) foi responsável pela adição de itens ao jogo, trazendo também uma história mais ordenada para os minigames, na qual Bowser toma controle dos mundos criados pelos personagens.
O terceiro título foi o último a chegar ao console, com uma trama simples como a do jogo anterior, mas adicionando novos personagens jogáveis como Daisy e Waluigi. Ele também contava com uma mecânica de duelos entre os personagens, utilizada apenas neste jogo.
O GameCube entra para a festa
O console que mais teve títulos de Mario Party foi o GameCube, com as entradas de número 4 a 7 sendo lançadas entre 2002 e 2005.
Mario Party 4 (GC) trouxe um catálogo variado de personagens jogáveis como Toad, Koopa, Boo e Bowser (todos exclusivos do minigame Beach Volley Folley). O game foi o último a apresentar o personagem Donkey Kong como jogável, até o lançamento de Mario Party 10. Com a era do GC, os tabuleiros tornaram-se renderizados completamente em 3D.
O quinto jogo não trouxe mudanças tão drásticas para a série, fazendo uma pequena troca no elenco e alterações nos itens colecionáveis. Seu modo multiplayer foi aclamado, enquanto o single-player ainda faltava algo para se equiparar à experiência de jogar em grupo.
Mario Party 6 (GC) foi o primeiro a aproveitar do microfone do GameCube, além de introduzir o sistema de dia/noite para a franquia. Com estas inovações, o jogo foi bem recebido pela crítica, que destacou o conjunto da obra pelos seus gráficos, utilização do som e minigames divertidos.
O último lançamento da franquia no console foi Mario Party 7 (GC), que já parecia ter chegado ao seu limite no antigo GameCube. Com um elenco quase igual ao seus anteriores, e poucas adições à fórmula, o game não foi tão bem recebido pela imprensa da época, que enfatizou o quanto a franquia precisava de uma renovação.
Uma nova festa chega ao Wii
Com o novo console, a Nintendo resolveu mudar um pouco as coisas no desenvolvimento dos jogos, e Mario Party 8 (Wii) foi o primeiro da série para o Wii, ao mesmo tempo que foi o último desenvolvido pela Hudson Soft, sendo assumido pela NDcube no mesmo ano. Ele chegou em 2007 com 73 minigames, aproveitando bastante dos controles de movimento do console, além de adicionar a possibilidade de jogar com os avatares Mii.
O segundo e último jogo lançado para Wii foi Mario Party 9 (Wii), em 2012, e dessa vez produzido completamente pela nova desenvolvedora. O carro foi uma mecânica notável adicionada à série. Ao invés de se moverem separadamente, os jogadores transitavam no tabuleiro em um carro, o que fazia as ações de cada um impactarem diretamente o grupo inteiro. Apesar de perdurar até o próximo jogo, essa opção de movimentação não agradou nem um pouco os fãs de longa data.
Wii U e sua festa de um jogo só
Lançado em 2015, Mario Party 10 (WiiU) foi o único no console. Ele contou com o retorno de Donkey Kong como um personagem jogável, visto a última vez no quarto título, além de reutilizar a mecânica do carro e adicionar novos modos como Bowser Party, em que um jogador no papel do vilão tentava eliminar os outros, e Amiibo Party, no qual se podia utilizar os amiibos da série Super Mario.
A crítica especializada não foi muito agradável com o título, alegando a semelhança demais com seus antecessores e suas adições pouco importantes para uma experiência positiva ao jogar.
A renovação da franquia no Nintendo Switch
Depois de mais de 15 títulos lançados, entre jogos da linha principal e outros derivados, Super Mario Party (Switch) chegou para renovar a franquia no imaginário popular dos fãs da Big N. Ele é o mais vendido da série até o momento, com mais de 15 milhões de unidades comercializadas no mundo todo.
O game volta às origens da série com a exclusão do carro, o foco no movimento individual e linear baseado em turno dos jogadores, além do maior elenco de personagens visto até então.
Foi também o primeiro a introduzir o modo online, que apesar de prático, recebeu críticas por não conter o tabuleiro por completo, o que foi adicionado recentemente em uma atualização, demonstrando a atenção dos devs para as críticas da comunidade.
Leve a festa para onde quiser
Os portáteis também receberam sua cota de Mario Party. Começando pelo Game Boy Advance, que em 2005 teve em seu catálogo Mario Party Advance (GBA). O queridinho Nintendo DS recebeu Mario Party DS (DS) em 2007 e por fim, o 3DS foi o portátil que mais teve jogos da franquia, com o lançamento de Mario Party: Island Tour (3DS) em 2013, Mario Party: Star Rush (3DS), em 2016, e Mario Party: The Top 100 (3DS), em 2017.
Pegue seu convite e embarque na festa
Mario Party Superstars chega ao Nintendo Switch no dia 29 de outubro com uma compilação de 100 minigames clássicos da série e diversos tabuleiros dos jogos anteriores, um modo online completo para jogar com amigos ou estranhos e, pela primeira vez, a dublagem e legenda em português do Brasil.
Revisão: Felipe Fina Franco