Pokémon Blast

Pokémon Unite - diferenças entre as versões de Switch, celular, tablet e BlueStacks

Na tela do celular ou nos Joy-Con, bora jogar o MOBA de Pokémon.

em 30/09/2021

Pokémon Unite
é o MOBA free-to-play de Pokémon, lançado para o Nintendo Switch em julho de 2021 e plataformas móveis Android e iOS em setembro do mesmo ano. Como está disponível em diversas plataformas, é comum que os jogadores se perguntem quais as diferenças de jogabilidade e performance entre os diferentes dispositivos. É isso que abordaremos nesse artigo.

Uma questão de controle

A maior diferença na usabilidade entre as plataformas disponíveis para Pokémon Unite está na forma como controlamos o jogo. No Switch obviamente temos a conveniência de já estarmos equipados com os controles do próprio aparelho, além de termos uma tela sensível ao toque, a possibilidade de conectarmos outros acessórios e podermos jogar com o aparelho conectado a uma TV.
Jogando no Switch: controles melhores, mas resolução e desempenho ligeiramente menores.
Os comandos por toque na tela do Switch, entretanto, não são muito responsivos e na prática é melhor ficar apenas no controle, que responde muito bem. Para este aparelho, considerei a jogabilidade com o Pro Controller muito superior aos Joy-Con na lateral do aparelho. 

No momento em que escrevo esse comparativo, a versão para Android e iOS não oferece suporte a controles, sejam eles Bluetooth ou diretamente conectados à porta USB. Nessas plataformas, todos os comandos são feitos por meio da tela sensível ao toque do aparelho, fazendo uso de controles virtuais na tela.
Jogando no celular/tablet: maior campo de visão, melhor resolução, mas não aceita controles físicos.
Isso gera alguns problemas. Se o seu celular é pequeno, seus dedos irão obstruir a visualização de parte da área útil de jogo. Quanto menor a tela do celular, maior a área “roubada” pelos controles virtuais, o que dá uma vantagem para aqueles que jogam em tablets ou celulares com tela grande. 

Por outro lado, tablets são pesados e bastante desconfortáveis de se jogar com o aparelho nas mãos, sendo praticamente obrigatório apoiá-lo numa mesa ou no colo para não sair com dores após dez minutos de jogatina intensa.Outro problema é que usar direcionais na tela não é tão bom quanto um controle analógico físico, além de não haver a possibilidade de apertar mais de um botão simultaneamente.

Há, porém, uma forma de contornar esse problema: jogar a versão Android via emulação no PC através do programa BlueStacks 5. Essa também é uma solução válida para aqueles que não possuem um Switch nem um celular disponível para o jogo.
Jogando no PC com BlueStacks: tela grande, controles físicos, mas interface poluída e pouca portabilidade.
A emulação por BlueStacks inclui suporte a controles, mesmo para jogos que não incluam esse suporte nativo, como é o caso de Pokémon Unite. Isso elimina o problema de obstruir parte da tela com os dedos e também dá a possibilidade de direcionar o personagem com o conforto de um controle analógico físico. Também é possível jogar com teclado e mouse, mas nesse caso eu não achei a experiência tão boa, pois clicar comandos com o mouse não é tão intuitivo quanto tocar elementos com o dedo e as teclas de direção não têm a mesma responsividade de um controle analógico.

Resolução e qualidade de imagem

A resolução do jogo depende fundamentalmente de qual aparelho você está usando. Porém, seja qual for o celular que você use, se ele consegue rodar Pokémon Unite, com certeza sua resolução será mais alta do que a oferecida pelo Switch, que é de 1280 x 720p.

Celulares com configurações mais recentes permitem gráficos em qualidade Highest.

Pokémon Unite não é muito exigente nos requisitos mínimos para jogar:

Android
  • Versão do sistema: Android 5 ou superior
  • Memória: 2 GB de RAM
  • CPU: 1.5 GHz quad-core (32-bit ou 64-bit)
  • GPU: Mali-T860
iOS
  • Versão do sistema: iOS 10 ou superior
  • Memória: 1 GB de RAM
  • CPU: 1.4 GHz dual-core (Apple A8)
  • GPU: PowerVR GX6450
Como podemos ver, até celulares de entrada com alguns anos de idade conseguirão rodar o MOBA sem muitos problemas. Ainda é possível reduzir a qualidade ou a taxa de quadros para jogar bem em aparelhos modestos.

Em termos estéticos, não notei uma diferença assombrosa ao jogar em diferentes resoluções e taxa de quadros por segundo. O jogo é consistentemente bonito em todas as plataformas. É importante notar, porém, que nas plataformas mobile o campo de visão é ligeiramente maior em relação à versão para Switch.
Campo de visão: celular (acima) vs Switch (abaixo)
Porém, a vantagem do campo de visão maior é compensada pela perda de área útil que é encoberta pelos botões virtuais. No BlueStacks o visual fica ainda mais poluído, pois os botões virtuais também exibem os atalhos de teclado correspondentes.

No Switch não é possível configurar a resolução, mas existem opções para controlar a taxa de quadros. A recomendação da desenvolvedora é que você deixe esta opção no nível “médio”, que fica em torno de 30 fps. Nos celulares é possível atingir taxas de quadro maiores e mais consistentes.

Diferenças de Performance

De modo geral, as versões mobile têm uma pequena vantagem nos tempos de carregamento do jogo em relação ao Switch. Usuários do Reddit reportaram que o tempo de execução de alguns ataques, como o Flame Charge do Talonflame, é consideravelmente mais rápido na versão para celulares.
Diferença no tempo de execução do Flame Charge.
Crédito da imagem: usuário PapaKooT no Reddit
Embora a diferença realmente exista, devemos lembrar que o Switch tem algumas vantagens sobre as versões mobile. No híbrido da Nintendo a chance de errar por missclick é menor, já que os comandos são feitos por botões físicos. Além disso, é mais confortável mirar e correr usando direcionais analógicos e, como podemos pressionar vários botões ao mesmo tempo, é possível elaborar movimentos complexos de forma mais ágil.

Neste ponto, acredito que a versão para BlueStacks sai na vantagem, por possuir simultaneamente os tempos de resposta da versão mobile com a praticidade de jogar com um controle físico.

Plataformas Diferentes, Diversão Unite

Em termos práticos, Pokémon Unite oferece uma experiência prazerosa e relativamente consistente em todas as plataformas. Acredito que jogadores profissionais sintam a diferença de frações de segundo entre a execução de comandos entre uma plataforma e outra, ou que puristas da estética digital sintam um abismo entre os gráficos de um hardware para outro. 

No entanto, para a maioria dos jogadores comuns, grupo do qual faço parte, a experiência é muito similar entre os diversos dispositivos, sendo que a escolha acaba recaindo em gostos pessoais ou, principalmente, qual equipamento você tem à disposição para jogar.

Eu, por exemplo, priorizo conforto sobre performance, por isso meu jeito favorito de jogar é com o Switch no dock, sentado no sofá da sala, jogando na TV com o Pro Controller. E você, qual sua forma favorita de jogar Pokémon Unite?

Revisão: Thais Santos


é engenheiro eletrônico e tem uma filha fofinha que tenta morder os controles do papai. Curte jogos de luta, corrida e ação.
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