O ajudante de Kirby
Três dos jogos presentes nessa coletânea — Spring Breeze, Dyna Blade e Revenge of Meta Knight —, mesmo que com suas particularidades e histórias próprias, seguem a tradição dos jogos de Kirby: cenários coloridos e cheios de vida com muitas sessões de plataformas. Contudo, a novidade maior de Super Star estava justamente neles: a bolota rosa podia criar um ajudante com base no último poder coletado, deixando Kirby livre para ter acesso a outras habilidades.
A princípio, esse ajudante era controlado pela CPU, mas um segundo jogador podia se juntar à aventura de Kirby. Inclusive, algumas seções de Spring Breeze, Dyna Blade e Revenge of Meta Knight parecem ter sido pensadas para a jogatina a dois — isso não quer dizer que não eram impossíveis para um jogador, só um pouquinho mais complicadas.
Kirby também podia conceder novos poderes a seu ajudante, permitindo uma gama de possibilidades nas fases. É claro que a CPU vez ou outra cometia alguns erros bobos, mas isso já acontecia desde Sonic the Hedgehog 2. A única diferença crucial é que o ajudante do alien rosa também possuía um indicador de vida e, caso derrotado, Kirby deveria criar outro companheiro de aventura, diferentemente de Tails, que sempre dava um jeito de encontrar Sonic.
Aventura de sobra
The Great Cave Offensive e Milky Way Wishes também possuíam jogabilidade em estilo plataforma, mas tinham diferentes objetivos. No primeiro, Kirby deveria explorar uma caverna — que não era exatamente uma caverna — em busca dos cinquenta tesouros escondidos para completar a campanha.
Não é exagero dizer que The Great Cave Offensive se parecia com um metroidvania: para conseguir todos os tesouros, Kirby precisava de poderes diferentes e isso implicava em revisitar seções constantemente. Essa caça ao tesouro ainda contava com algumas salas nas quais era possível salvar o progresso caso Kirby fosse derrotado.
Já em Milky Way Wishes, talvez a aventura mais difícil da coletânea, o protagonista cor de rosa viajava de planeta em planeta recolhendo os poderes neles escondidos. Ao todo, eram dez estágios, sendo um opcional e dois dedicados às lutas contra os chefes.
Minijogos não tão mínis
Kirby Super Star também contava com alguns minijogos que garantiam bastante diversão. Em Gourmet Race, por exemplo, Kirby e King Dedede apostam corrida para ver quem coleta mais comida ao longo de três percursos em estilo plataforma.
Jogar com um amigo também era possível. Megaton Punch e Samurai Kirby, apesar de simples, eram divertidas competições capazes de render horas e mais horas em revanches. Por fim, para os órfãos de jogos no estilo boss rush, The Arena reunia todos os chefes das outras campanhas em duelos épicos — mas, para acessar esse ringue, era necessário completá-las primeiro.
Presença marcante
Em 2008, um remake de Kirby Super Star foi feito para o Nintendo DS. Intitulado Kirby Super Star Ultra, ele trazia além de gráficos e sons melhorados, quatro novas campanhas.
Juntaram-se às já presentes na versão de SNES: Revenge of the King; Meta Knightmare Ultra; Helper to Hero; e The True Arena. Novos minijogos também foram adicionados ao catálogo, sendo eles Kirby Card Swipe, Kirby on the Draw e Snack Tracks.
Ao todo, Kirby Super Star Ultra contava com 15 jogos, sendo sete inéditos, e a jogatina para dois se estendeu a Gourmet Race, porém foi removida de Megaton Punch. No Switch, assinantes do Nintendo Switch Online têm acesso à biblioteca sempre em expansão de jogos de SNES, um deles Kirby Super Star, com a vantagem de ser jogado em qualquer lugar.
25 anos de muita diversão
Kirby Super Star é, até hoje, um dos jogos mais diversificados da bolota cor de rosa, e o primeiro de SNES a incluir um segundo jogador nas campanhas e uma nova habilidade para Kirby. Dos oito jogos presentes, qual é o seu favorito?
Revisão: Icaro Sousa
