Análise: Indigo 7: Quest for Love (Switch) mistura jogos e história fraca em uma jogabilidade entediante e repetitiva

Puyo Puyo Tetris, Hexic e Scott Pilgrim se transformam em uma experiência baseada em tentativa e erro.

em 24/08/2021
analise indigo 7 quest for love switch

Desde o início, percebe-se que Indigo 7: Quest for Love está longe de ser um jogo 100% original. Sua estética remete fortemente àquela de Puyo Puyo Tetris (Multi) e ressuscita Hexic (Multi) em uma jogabilidade repetitiva baseada em tentativa e erro. A história, que tinha de tudo para ser divertida como a de Scott Pilgrim, se perde em uma narrativa sem pé nem cabeça e tudo se transforma em uma experiência entediante e cansativa.

Tudo em um e nada mais

A história de Indigo 7 começa quando Nathan leva um fora de sua atual namorada e sua banda decide viajar para a praia para ajudar o garoto a encontrar seu amor de verão. Nathan se apaixona por Debbie, mas um amigo dela, Buddy, vê o protagonista como um potencial rival amoroso.

Até aí, tudo lembra uma versão menos carismática do universo de Scott Pilgrim, criação de Bryan Lee O'Malley. De repente, monstros de um parque de diversões resolvem desafiar os amigos de Nathan e até mesmo superpoderes entram na trama, enquanto o protagonista está, de alguma maneira, tentando recuperar sua força e determinação perdidas após ter seu coração partido pela trigésima e sabe-se lá qual vez.

Contudo, não é apenas a história digna de filme de Sessão da Tarde que falha em entreter. De maneira geral, Indigo 7 tem a mesma jogabilidade de Hexic, no qual o jogador deve completar o tabuleiro ao ligar hexágonos da mesma cor para criar combos e aumentar sua pontuação, em um visual claramente inspirado (para não dizer que é uma cópia) em Puyo Puyo Tetris.

Por mais que os estágios do jogo estejam conectados a uma passagem da trama principal, ao mesmo tempo eles parecem ser independentes entre si. Ao todo, são 30 fases em uma campanha dividida em seis atos, sendo as iniciais uma espécie de tutorial para os diferentes modos de jogo.

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Indigo 7 tenta deixar a jogatina mais desafiadora ao incluir tempo limite e quantidade de movimentos em cada modo de jogo, mas na maioria das vezes esses recursos acabam sendo fatores limitantes que forçam o jogador a abusar do "método" de tentativa e erro, especialmente quando a maioria das partidas é longa.

Isso fica ainda mais evidente quando as soluções de cada estágio parecem estar totalmente relacionadas ao modo como as cores foram dispostas no tabuleiro. Em outras palavras, ou o jogador se acostuma com o constante exercício de paciência ou é vencido pelo cansaço, sendo este último o meu caso. Infelizmente, depois de inúmeras tentativas, não consegui passar do estágio 4-3 e desisti do jogo.

A jogabilidade é bastante simples, contando apenas com o uso do analógico esquerdo ou do D-pad e o botão A para confirmar. No entanto, a falta de um menu de opções é bastante prejudicial não para os comandos em si, mas para desligar efeitos sonoros, vozes dos personagens e músicas de fundo durante a campanha, que chegam a ser irritantes de modo proporcional ao tempo investido.

Talvez o único ponto forte deste puzzle seja sua apresentação visual, com seus personagens caricatos baseados em filmes adolescentes, e a história contada na forma de história em quadrinhos animada. Infelizmente, essa acaba sendo a única redenção de Indigo 7, já que o resto falha em obter qualquer mérito em termos de qualidade.

A mistura que não deu em nada

Indigo 7: Quest for Love, produzido pela empresa espanhola Dolores Entertainment, tem jogabilidade simples e uma apresentação visual satisfatória, mas isso é tudo de positivo que o puzzle tem a oferecer. A falta de um menu de opções, partidas longas baseadas em tentativa e erro e uma história fraca fazem com que este jogo deixe bastante a desejar. Ele até entretém no começo, mas logo cai na repetitividade entediante e, consequentemente, no esquecimento.

Prós

  • Apresentação visual satisfatória;
  • Jogabilidade simples.

Contras

  • Partidas longas e baseadas em tentativa e erro;
  • Sem menu de opções;
  • História fraca em sem sentido;
  • Jogabilidade entediante e repetitiva com o passar do tempo.
Indigo 7: Quest for Love - Switch/PS5/PS4/XBS/XBO/PC - Nota: 4.0
Versão utilizada para análise: Switch

Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Dolores Entertainment

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Também conhecida como Lilac, é jornalista e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas.
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