Análise: Apple Slash (Switch) é uma simpática e curtíssima aventura de ação

Corte tudo o que aparece pelo caminho neste frenético, mas extremamente breve, título indie.

em 22/08/2021

Apple Slash se foca em um conceito simples: corte tudo que aparece pelo caminho com uma espada. Este título indie produzido por um único desenvolvedor oferece uma experiência arcade ágil e até conta com alguns segredos e progressão. No entanto, a duração extremamente breve faz com que ele não seja nada memorável.

Enfrentando hordas de monstros

A paz em uma vila é ameaçada quando criaturas agressivas invadem um pântano próximo. Para dar um fim no problema, um cavaleiro pega a sua espada e parte para as profundezas do lugar. A tarefa não será fácil: a infestação tomou grandes proporções e há grandes grupos de monstros em todo canto.

Mesmo parecendo ordinário, o guerreiro é bem poderoso e desfere ataques de espada com velocidade. Os comandos são bastante simples e basta apontar para a direção desejada e apertar o botão R loucamente para fatiar os inimigos. O herói é frágil e morre com alguns poucos acertos, mas podemos recuperar a sua vida ao consumir joias derrubadas pelos monstros derrotados.


No decorrer da jornada, o personagem aprende novas técnicas úteis. Uma delas permite lançar a lâmina como se fosse um bumerangue, destruindo tudo em seu percurso. Já outro poder faz cair uma espada imensa. Além de oferecerem mais opções no combate, os poderes também abrem opções de exploração — uma onda de energia, por exemplo, é capaz de cortar espinhos, o que libera novos caminhos.

Detonando tudo com ataques poderosos

Apple Slash aposta em conceitos básicos em uma aventura direta. Fatiar rapidamente os vários grupos de inimigos que apareceram pelo caminho é uma atividade divertida e fui surpreendido com as habilidades especiais, que são pensadas para serem utilizadas em conjunto. É bem recompensador lançar a arma como um bumerangue para, em seguida, fazer cair uma imensa lâmina em inimigos distantes. Alguns monstros, inclusive, só podem ser atingidos por esses poderes, como imensos sapos dentro da água.


Além do combate, o jogo conta com um mundo com caminhos alternativos e alguns segredos. Certas partes dos cenários só podem ser acessados após adquirir certas habilidades, o que nos incentiva a revisitar alguns locais. Mesmo com um arsenal ágil de ataques, precisamos tomar cuidado, afinal há grandes quantidades de inimigos que podem nos cercar. A dificuldade não é acentuada e morri poucas vezes, principalmente ao agir de qualquer jeito.

O maior problema de Apple Slash é a sua curta duração: é possível ver tudo o que o jogo tem a oferecer, inclusive seus segredos, em meia hora. O ritmo é ágil e bem dosado, e o visual 1-bit com elementos preto e branco com toques de vermelho é agradável, mas é impossível não sentir que o jogo podia ser muito mais. Claro, isso é justificável pelo fato de ser produzido por um único desenvolvedor, mas conteúdo adicional ou incentivos para jogar novamente fazem muita falta.



Uma diversão brevíssima

Apple Slash usa o ritmo acelerado para criar uma boa aventura de ação. É empolgante derrotar grupos de inimigos com ataques poderosos, em especial nos momentos em que podemos misturar as habilidades especiais. Além disso, há certo charme em seu mundo compacto e na atmosfera retrô. No entanto, a experiência é extremamente breve e traz um ar de algo inacabado. No fim, Apple Slash até diverte, mas é uma experiência efêmera.

Prós

  • Combate frenético explorado em inúmeros combates;
  • Ambientação interessante com visual pixel art 1-bit com preto, branco e vermelho.

Contras

  • Duração extremamente curta.
Apple Slash — Switch/PS4/XBO/PC — Nota: 5.0
Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: João Gabriel Haddad
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ratalaika Games

é brasiliense e gosta de explorar games indie e títulos obscuros. Fã de Yoko Shimomura, Yuzo Koshiro e Masashi Hamauzu, é apreciador de roguelikes, game music, fotografia e livros. Pode ser encontrado no seu blog pessoal e nas redes sociais por meio do nick FaruSantos.
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