Ao jogar a demo de Disgaea 6: Defiance of Destiny, pouco foi revelado sobre a história principal. A princípio, acompanhamos a saga de Zed, um zumbi que quer se tornar o ser mais poderoso do mundo e para isso precisa usar as técnicas de Super Reencarnação para derrotar o Deus da Destruição.
Por outro lado, os holofotes estão sobre a jogabilidade, que, apesar de não ter ganhado muitas mecânicas em relação aos jogos anteriores, foca nas qualities of life para facilitar a vida dos jogadores. Isso por si só já é um grande avanço em relação ao famigerado “padrão NIS”, o exagero em dificuldade que nasceu com o primeiro Disgaea e que a empresa passou a aplicar em todos os seus jogos desde então.
Preguiçoso, mas nem tanto
Talvez a mais importante quality of life em Disgaea 6 seja a função de auto-battle, que permite um grinding muito mais confortável. Aliada à batalha automática está a Demonic Intelligence, uma função que permite ao jogador configurar o comportamento dos personagens durante esses combates, economizando tempo para a realização de outras atividades não relacionadas ao jogo em si.
A Assembly também passou por mudanças e algumas mecânicas não precisam mais de aprovação prévia, como a Cheat Shop. Com a Juice Shop, ferramenta exclusiva de Disgaea 6, pode-se alterar os parâmetros e níveis dos personagens fora das batalhas, fazendo com que treiná-los seja muito mais fácil e prático.
Recompensas para todos
Outra grande mudança relacionada ao combate foi o modo como as unidades recebem experiência. Nos jogos anteriores, os personagens a recebiam individualmente ao derrotar oponentes, mas em Disgaea 6, todos ganham experiência ao final do combate, eliminando a necessidade de fazer power grinding como nos outros jogos da franquia, especialmente o primeiro.
O funcionamento do Hospital também foi alterado para melhor. Antes, as unidades derrotadas em batalha só podiam ser revividas por meio desse recurso, que poderia custar bastante caro dependendo do nível do personagem a ser ressuscitado; agora, o Hospital apenas garante recompensas ao jogador baseadas no HP perdido e SP gasto durante as lutas.
Com os personagens sendo ressuscitados automaticamente após as batalhas, sem a necessidade de pagar por um serviço para tê-los de volta ao time, outro motivo de grinding em Disgaea, o dinheiro, foi eliminado. Como bônus, todo o progresso feito na demo poderá ser transferido para o jogo completo, deixando a aventura ainda mais fácil.
Performance não muito boa, mas expectativa de sobra
A demo deixou bastante claro que Disgaea 6: Defiance of Destiny apresenta alguns problemas sérios nos gráficos que comprometem a jogabilidade, mas as expectativas para seu lançamento são muitas.
Por contar com essa facilidade no up dos personagens, jogadores veteranos poderão se concentrar em alcançar números exorbitantes ainda mais exorbitantes — a marca registrada da série. Os novatos terão a chance de acompanhar (e aproveitar) uma divertida história recheada de nonsense, humor questionável e muitas explosões, do jeito que só a NIS consegue fazer com Disgaea, mas sem a chance de bater de cara na barreira do power grinding.
Disgaea 6: Defiance of Destiny — SwitchDesenvolvedora: Nippon Ichi SoftwareGênero: RPG de estratégiaLançamento: 29 de junho de 2021Expectativa: 4/5
Revisão: Davi Sousa