Considerado, por grande parte dos fãs, o jogo favorito da série Final Fantasy e, por muito críticos, um dos melhores jogos de todos os tempos, Final Fantasy VI (SNES), da SquareSoft (atualmente, Square Enix), foi lançado no dia 2 de abril de 1994 no Japão, fazendo 27 anos hoje.
No Ocidente, esse clássico da Square chegaria dia 11 de outubro do mesmo ano, mas, à época do lançamento ocidental, o título ficou conhecido por aqui como "Final Fantasy III", já que o Final Fantasy II, o Final Fantasy III original e o Final Fantasy V não haviam sido lançados fora do Japão.
Além da aclamação crítica e da boa recepção entre os fãs da série, Final Fantasy VI também foi um dos jogos mais vendidos para Super Nintendo, cerca de 3,5 milhões de cópias. Além de 750 mil dentro da coletânea Final Fantasy Anthology. Confira a introdução do jogo original:
Em 1999, o jogo foi portado, pela Tose, com pequenas diferenças, para o Playstation, da Sony; e, em 2006, recebeu uma versão para Game Boy Advance. Na década seguinte, o clássico foi também disponibilizado no Virtual Console do Wii, em 2011. Ainda na versão original, em 2017, a Nintendo relançou o Final Fantasy VI como parte do Super NES Classic Edition.
Em 2014 e 2015, respectivamente, o título chegou para as plataformas móveis e para o PC (Steam), com algumas mudanças gráficas (um tanto divisivas entre os fãs), que substituíram a pixelart dos personagens.
Entre os elementos de maior destaque no jogo, podemos citar ao menos:
- a brilhante trilha sonora de Nobuo Uematsu, com ricas e elaboradas composições orquestrais, com talvez a trilha mais destacada da carreira de Nobuo e uma das mais memoráveis da história dos videogames;
- a ambientação que misturava fantasia, ficção científica e tecnologias rudimentares de inspiração da Segunda Guerra, rompendo com os padrões da época;
- a trama que, imprevisível e profunda, trabalhou temas pouco abordados na mídia dos videogames, como tentativa de suicídio e gravidez na adolescência, e, ao mesmo tempo, rendeu episódios épicos e reviravoltas que quebraram paradigmas — a exemplo de quando Kefka (o vilão do jogo) efetivamente consegue derrotar o jogador e dominar o mundo;
- o vilão, Kefka, considerado por muitos um dos melhores antagonistas dos videogames, em especial por seu humor, seu conceito barroco e único, e sua presença constante na narrativa, ao lado dos personagens do grupo do jogador, e cuja personalidade é frequentemente comparada à de Joker da série Batman: Arkham (Multi) e de GLaDOS da série Portal (PC);
- os mechas e outros aparelhos tecnológicos que foram mesclados aos equipamentos e às habilidades da série Final Fantasy;
- a mecânica de furtividade (Stealth) que, pela primeira vez na história dos RPGs, e ainda sem mesmo ter seu gênero propriamente bem demarcado, foi empregada à certa altura da história de Final Fantasy VI;
- o elenco de personagens que trazia várias personalidades únicas que podiam alternar no papel de "protagonista" do game, pois não havia propriamente um que fosse o protagonista do roteiro, e, entre essas personalidades, também uma personagem feminina que, pela primeira vez na série, não só poderia protagonizar um Final Fantasy como efetivamente é um dos personagens mais importantes na narrativa;
- e, por fim, pela famosa cena da ópera, parodiada por jogos posteriores, como Undertale (Switch), em que os personagens em pixel art movimentam-se em uma atuação teatral muito bem feita para a época e com uma composição operística exclusiva, inclusive simulando sons de voz, tudo com o limitado sistema de som do Super Nintendo. Confira abaixo:
E você, já chegou a jogar esse clássico do Super Nintendo? Caso não tenha experimentado, e goste de RPGs, ainda há tempo. O título envelheceu muito bem e encontra-se bastante acessível em várias plataformas. Deixe nos comentários o que você acha sobre game.