Qual é a melhor franquia de RPG da Nintendo? Pokémon ou Fire Emblem?

Analisamos como as duas franquias se desempenham em critérios do gênero para darmos um veredito. Afiem suas espadas e preparem as Poké bolas

em 18/04/2021



De acordo com um estudo estatístico de 2020 do Straits Research, RPG é o quinto gênero mais popular na indústria dos games. Isso é um resultado impressionante se lembrarmos que se trata de um dos gêneros mais complexos (em termos de variáveis estáticas) para o jogador levar em conta nos combates e também no percurso narrativo. Por essa e outras razões, notáveis RPGs, como Earthbound (SNES), de 1995, tiveram baixas vendas por aqui.


Apesar disso, a Nintendo, com Super Mario RPG (SNES), foi uma das responsáveis por convencer o público Ocidental a investir mais tempo e dinheiro em RPGs de console; mais especificamente, JRPGs. Desde Super Mario RPG, de 1996, a Big N, assim como várias outras desenvolvedoras, passou a ver maior potencial no gênero RPG fora do Japão.

Assim veio para o Ocidente, em 1998, a primeira geração de Pokémon (desde 1996 no mercado japonês), a qual popularizou de vez a narrativa e a jogabilidade dos JRPGs tradicionais. Anos depois, após o lançamento do primeiro Paper Mario (N64), teríamos também Fire Emblem no Ocidente; outra franquia lendária no Japão. E o resto é história.

Hoje, mais de 30 anos depois do primeiro Fire Emblem, embora não se possa subestimar a relevância de títulos como Earthbound (SNES), Super Mario RPG (SNES), Paper Mario (N64) e Xenoblade Chronicles (Wii), não restam dúvidas de que historicamente as duas principais franquias de RPG da Nintendo continuam sendo aquelas lendas japonesas da década de 1990: Pokémon e Fire Emblem. Isso por ao menos três razões.

Primeiramente, porque Fire Emblem e Pokémon foram importantíssimos para a definição e a popularização de dois subgêneros de RPG. Respectivamente: RPG tático (TRPG); e Role-playing creature-collection game. Em segundo lugar, essas também são as séries de RPG da Big N com maior número de vendas acumuladas (isso se desconsiderada a série Paper Mario, cujos últimos títulos destoam do gênero RPG). Por fim, ambas as séries não só possuem títulos de ampla aclamação crítica como são bem recebidos de forma consistente há décadas.

Nesse sentido, ambas as franquias foram altamente inovadoras em sua origem, e, diferente das demais séries do gênero da Nintendo, passaram por uma muito mais longa e ininterrupta “prova do tempo” com poucos momentos de crise, e mesmo hoje estão mais populares do que nunca.

Desse modo, cabe a este artigo de Blast Battle julgar qual desses dois pesos pesados sairá com o título de “melhor RPG da Nintendo”. A disputa será feita em cinco rounds, cada qual com uma temática distinta. São elas:
  1. trilha sonora;
  2. narrativa;
  3. integração hardware-software;
  4. gráficos;
  5. e mecânicas.
Mas, antes de começarmos, vale uma observação: com relação às mecânicas, optamos por avaliar particularmente a capacidade dessas franquias de se renovarem, e não particularmente a complexidade mecânica, haja vista que reconhecemos que jogos com mecânicas simples e diretas podem ser tão ou mais brilhantes e funcionais que jogos com mecânicas ricas e refinadas.



Round 1: Trilha Sonora

Ambas as franquias, Pokémon e Fire Emblem, trazem até hoje algumas das melodias de seus primeiros títulos lá na década de 1990. Por exemplo, a música de abertura de Fire Emblem: Shadow Dragon and the Blade of Light (Famicom/Switch) e várias de Pokémon, inclusive efeitos sonoros. Contudo, isso não significa que não houve mudança no tratamento sonoro, na instrumentação e mesmo na composição de novas músicas.

Muita coisa mudou durante 30 anos de Fire Emblem e 25 anos de Pokémon, principalmente pela maior variedade de timbres e pela possibilidade de utilizar mais espaço nos cartuchos para guardar as músicas. Esses recursos foram ainda mais aproveitados por Fire Emblem, dada a natureza de seu estilo musical.

Aliás, quanto ao estilo, ao menos no que se refere à escolha instrumental, a harmonia e ao ritmo, não houve mudanças significativas desde as propostas originais das duas franquias. Mas, em termos de novos arranjos e melodias, Fire Emblem sempre trouxe mais novidades que a série Pokémon.

Desde o primeiro título de Famicom, a série Fire Emblem, por influência de Dragon Quest (NES), já claramente buscava emular técnicas próprias da música clássica e romântica. Esse estilo não mudou, mas recebeu os meios necessários para florescer: orquestra, voz e maior espaço de armazenamento de áudio. Além disso, houve sempre uma grande confecção de novas músicas. As composições da série podem ser divididas entre o período pré e pós as músicas de Fire Emblem: Awakening (3DS); ou ainda entre antes e depois de Yuka Tsujiyoko.

Yuka Tsujiyoko à esquerda e Rei Kondoh à direita

Ocorre que tanto o período anterior, onde predominavam as peças de Tsujiyoko, quanto o período posterior, com novos compositores, como Rei Kondoh, haviam músicas consideravelmente mais complexas em termos rítmicos e harmônicos, mais melodias novas e maior riqueza de timbres. Esse contraste com a OST de Pokémon tornou-se ainda mais nítido nas últimas gerações, onde Fire Emblem adotou voz e um tom mais épico e intempestivo.

Enquanto isso, a música de Junichi Masuda e seus sucessores para Pokémon parece não ter evoluído tanto quanto o número de suas criaturas. Atualmente seu ritmo continua extremamente funcional, o design de som está mais colorido e nostálgico do que nunca, e algumas de suas melodias e de seus efeitos sonoros continuam, ao mesmo tempo, clássicos e frescos. Por essas e outras razões sua trilha sonora parece cativar mais aos fãs de longa data da série, mas também por isso possa não ter incentivado muito a série a se reinventar ou aprimorar sua trilha sonora.

Junichi Masuda

A sonoridade de Pokémon continua tão boa quanto há 25 anos atrás, época em que também teria disputado de igual a igual com a OST do primeiro Fire Emblem, apesar da diferença de estilo e das maiores limitações do Game Boy. Mas, ao nosso ver, desde o DS a franquia não está mais acompanhando o ímpeto da criação e da execução das trilhas de Fire Emblem, o que não nos deixa outra escolha a não ser considerá-lo o vencedor deste Round.

Round 2. Narrativa: trama, enredo e elenco de personagens

Se há uma categoria em que é difícil de entregar o troféu para Pokémon nesta luta, essa é a da narrativa. Isso se deve, cremos, nem tanto pela maior simplicidade das narrativas de Pokémon, mas por se mostrar ainda mais conservadora que a franquia Fire Emblem.

Não há dúvidas de que a proposta narrativa de Satoshi Tajiri e seus colegas na primeira geração de Pokémon, apesar da simplicidade, foi inovadora e influente pela forma como proporcionou um elenco minimalista e incrivelmente funcional de personagens somado a uma grande liberdade de exploração com as limitações do Game Boy. Além disso, a série soube incluir os Pokémon como personagens importantes na série, como em Pokémon Yellow (GBC), com Pikachu e Mewtwo, e em Pokémon Black/White (DS) com Lucario. Até mesmo conseguiu aprofundar a reflexão sentimental  e social entre Pokémon e humanos em Pokémon X/Y (3DS).

Contudo, a narrativa de Pokémon conserva um modelo muito estrito de progressão, pelo que, após jogar um ou dois títulos da franquia, a trama de todos os demais torna-se facilmente previsível e repetitiva. Algo semelhante ocorre com a falta de originalidade no conteúdo da trama (seu enredo) e na composição dos personagens.

Por outro lado, a série Fire Emblem, para além de costumar ter mais personagens e maior densidade de enredo, sua trama, principalmente nos últimos títulos da série, é muito menos linear e previsível. Alguns de seus personagens principais, que variam no decorrer da série, também costumam ter um conceito visual mais criativo e suas personalidades são mais bem construídas e aproveitadas no decorrer da trama e de suas reviravoltas. Por fim, a narrativa também possui um forte fator replay, sobretudo em Fire Emblem Fates: Bithyright/Conquest/Revelation (3DS) e em Fire Emblem:Three Houses (Switch). Ponto para Shouzou Kaga e seus sucessores no decorrer desses 35 anos.

Round 3:  Criatividade e Adaptabilidade na Interação Hardware-Software

Nesse quesito da nossa batalha, fica quase impossível não tomar um único lado da disputa, isso porque durante seus 25 anos, a franquia Pokémon não poupou esforços para buscar maiores e melhores maneiras de se jogar. Desde o primeiro game da série, ainda no Game Boy, os monstrinhos de bolso foram palco para diversos periféricos, como os famosos cabos Link e o Super Game Boy visando propiciar uma experiência mais autêntica da vida de um treinador Pokémon.


Tal característica se repetiu durante todas as gerações da franquia, com sempre a adesão a novidades anunciadas pela Nintendo, como os e-Readers, ou mesmo por acessórios próprios para os seus games, como foi o caso do Poké Ball Go Plus em Pokémon Let’s Go Pikachu/Let’s Go Eevee e do teclado para o Nintendo DS em Pokémon Typing Adventure, além de diversos outros.

Já a franquia Fire Emblem, ao longo de seus diversos lançamentos, pouquíssimo foi feito para promover uma experiência distinta ao gameplay tradicional. Durante toda a franquia, poucas adições foram feitas por hardware externos, como nos games de Game Boy Advance e a liberação de conteúdo adicional ao se conectarem ao disco bônus que vinha com o game Mario Kart: Double Dash (GC) por meio de um cabo de link que conectava ao Nintendo GameCube, capítulos extras com o periférico Satellaview no Super Famicom, além dos títulos Fire Emblem Echoes (3DS), Three Houses e Fire Emblem Warriors (3DS/Switch) que possuem suporte aos Amiibo da saga lançados pela Big N.


Assim, fica claro que, por mais que não tenha sido um apoio tão frequente durante toda a saga, Pokémon usa — e há quem diga que até abusa — de features externas não só do próprio videogame em que está instalado, mas também de muito mais acessórios variados para trazer a aventura pelo mundo Pokémon cada vez mais próximo para a realidade. Ponto para a turma do Pikachu.

Round 4: Gráfico e Performance de acordo com o Hardware

Com estreias relativamente próximas — mas em tipos de console diferentes — ambas as franquias nunca foram conhecidas especificamente por quesitos técnicos. Isso mudou quando elas optaram por mudanças em sua direção de arte no Nintendo 3DS, seja pelo novo hardware com suporte a melhores modelos em 3D, seja pelo melhor apelo da estética gráfica do estúdio Sanzigen no caso de FE.

Ainda assim, fica um pouco complicado comparar as aparências da série individualmente, haja vista que em diferentes consoles como o GBA e o Wii, Fire Emblem leva uma boa vantagem, enquanto no Nintendo DS, por exemplo, Pokémon vence sem dificuldades. Para tal, decidimos comparar as últimas entradas de ambas as séries para então decidirmos a que se sai melhor.


No Nintendo 3DS, a Intelligent Systems chocou a todos com o lançamento de Fire Emblem: Awakening. Acontece que após repetidos resultados “medianos”, seria a última vez que a franquia poderia ter um título adicionado à sua vasta coleção. No entanto, por tamanha qualidade do game, seja pelo gameplay ou narrativa, o jogo fez um sucesso estrondoso, apresentou a saga para muitos novos jogadores e deixou um gostinho de “quero mais” para todos aqueles que tiveram um contato com o game.

Muito disso se deve ao fato da qualidade técnica impecável do game, seja pelas mecânicas muito bem executadas ou pelas escolhas das CGIs maravilhosas e bem planejadas, desde o traço, até a animação em si. Acontece que os Fire Emblems do 3DS não possuem muita variedade de ambientação por seu estilo como um RPG tático, mas no momento em que podem apresentar mais desse mundo, em especial nas CGI, oferecem momentos de cair o queixo.

No Switch, tudo aquilo das sequências para o portátil se repetiu com basicamente a mesma qualidade. Mas agora, capacitado pelos gráficos em HD, o Fire Emblem: Three Houses possibilitou Hubs e áreas de exploração pela primeira vez e não decepcionou em nada, propiciando áreas muito belas tematizadas num estilo voltado ao gótico, assim como referentes a cada casa do game, rendendo até mesmo o título de GOTY do ano pela comunidade.

Por outro lado, a franquia Pokémon iniciou sua jornada pelo 3D em Pokémon X/Y (3DS), onde foi possível ambientar a glamurosa região de Kalos e ver todos os monstrinhos tridimensionalmente pela primeira vez, ainda que com engasgos ao se ligar o efeito 3D do aparelho. No entanto, foi apenas na geração seguinte, nos jogos Pokémon Sun/Moon e Ultra Sun/Ultra Moon (3DS) que a Game Freak conseguiu de fato, explorar o máximo de capacidade que o console tinha a oferecer, com ambientes realmente grandes, coloridos e bem-ambientados.


No entanto, as texturas do game sofreram bastante com as limitações do console, mostrando sempre rostos e superfícies bastante pixeladas que, apesar de charmosas para alguns, escancararam as limitações do portátil de duas telas. Com a chegada do Switch, a série mostrou um nível de cuidado com os gráficos muito bacana em Pokémon Let’s Go Pikachu/Eevee! (Switch), aumentando ainda mais as expectativas pela 8ª geração.

Apesar disso, as coisas não seguiram o caminho esperado, e Sword/Shield decepcionaram no quesito técnico: modelos e animações reciclados, falta de animações, objetos mal-texturizados e uma queda de frames e performance na Wild Area fizeram o game ser mau recebido pela comunidade e pela crítica especializada, descredibilizando os desenvolvedores da Game Freak.


Assim, pelo conjunto recente da obra, a franquia da Intelligent Systems merece levar essa disputa, principalmente por continuar com o nível de qualidade muito elevado nas entradas recentes na série.

Round 5: Inovação e renovação de mecânicas de RPG

Como dissemos na introdução, ambas as franquias foram responsáveis por criar subgêneros dentro do grande gênero RPG, e também ambas são séries consideravelmente conservadoras em suas mecânicas básicas. Muito diferente, por exemplo, de Final Fantasy, que mudou muito seu gameplay nas últimas gerações.

Porém, após analisarmos comparativamente e conversarmos a respeito, dentro da redação do Blast, tornou-se cada vez mais claro que os títulos de Fire Emblem continuaram razoavelmente importantes e influentes no desenvolvimento e nas transformações do subgênero TRPG. Enquanto isso, a série Pokémon, embora tenha sim progressivamente adicionado bons recursos para o gameplay, os últimos títulos da série continuam mais semelhantes com o primeiro, de Game Boy, do que os últimos Fire Emblem em relação ao seu título inicial de Famicom. Mostraremos o porquê.

Pouco a pouco, a série Pokémon adicionou mais Pokémon, sexo dos monstrinhos, hidden habilities, batalhas em dupla, megaevoluções, hordas etc. Mas, em sua maioria, trata-se de adições pontuais que interferem pouco no gameplay em si por turno e no encontro dos inimigos.


Já no caso de Fire Emblem, alguém que tenha jogado apenas um dos primeiros títulos da franquia, hoje teria muito a aprender para manipular o gameplay. O jogo mudou substancialmente, de tal forma que hoje já não é mais classificado apenas como TRPG, mas também Simulação, mais especificamente devido às suas adições de mecânicas de simulação social. Nos últimos da série, foram adicionadas funções como de pesca, cozinhar para os membros do exército, prisão para inimigos capturados que podem se converter em aliados, entre outras coisas.


Essas mecânicas de simulação, claro, conversam com as de TRPG. A principal que vale destacar quanto a isso é a possibilidade de unir seus personagens em um casamento e gerar um filho que terá habilidades híbridas de seus pais e servirá como unidade de seu exército também.

Quanto às mecânicas de TRPG, também mudaram bastante com novos equipamentos, formas de vantagem e desvantagem, novas classes e, no último título de Switch, a possibilidade de voltar no tempo e adição de batalhões. Sim, agora tornou-se possível ter batalhões junto dos heróis do exército e utilizá-los em habilidades especiais ou ataques normais.

Por fim, Fire Emblem sempre foi criativo nos cenários. Por exemplo: em  Fire Emblem: Thracia 776 (Super Famicom) foi adicionada uma iluminação de região circunscrita somente a um pequeno alcance em torno das unidades em campo; e na trilogia Fates havia regiões com ventos fortes que moviam unidades sozinhas para um outro lugar depois de um tempo determinado. Entre muitos outros exemplos que poderiam ser citados.



Veredito: 4 x 1

Analisados todos os quesitos supracitados, é visível a diferença entre o que cada franquia prioriza e seus focos individuais, o que também não é demérito nenhum. Pokémon é uma marca globalmente conhecida, e atuante em diversos setores comerciais fora da indústria dos games, sendo muitas vezes os jogos apenas plataformas de maior divulgação dessa marca, ou mesmo palco para histórias tradicionais de amizade, camaradagem e aventura, sem maiores compromissos com uma revolução na fórmula já consagrada. 

Já Fire Emblem é ainda para muitos uma franquia desconhecida e limitada a um nicho bem específico de jogadores, ainda que as últimas entradas tenham conseguido captar um público maior como nunca antes visto. A narrativa e a desafiadora jogabilidade tática com permadeath são algumas das principais características que fazem da série reconhecida e tão amada por fãs mundo afora. 

Ainda que diferentes entre si (Pokémon e Fire Emblem), a saga de RPG Tático acaba levando a melhor (ao menos nesses cinco fatores escolhidos), e se consolida ainda mais como uma das IPs de maior investimento da Big N nos últimos anos, e o sucesso indiscutível de crítica e público são algumas demonstrações de que a Intelligent Systems tem ainda muita fantasia para nos oferecer. Afinal, neste embate, vencem os fãs!

E qual você acha que é a melhor franquia de RPG da Nintendo? Concorda com nossos argumentos? Escolheria outros temas para os Rounds de essas franquias? Deixe seu ponto de vista sobre essas séries e suas indicações sobre outros possíveis Rounds e outras possíveis IPs que poderiam disputar lugar no pódio junto desses dois gigantes desenvolvidos pela Game Freak e pela Intelligent Systems.

Revisor: Diogo Mendes
Coautor: Felipe Lemos

Doutorando em Filosofia que passa seu tempo livre com piano, livros, PC e portáteis. No Twitter, também é conhecido como Vivi. Interessa-se especialmente por narrativas de ficção científica, realismo mágico e alta fantasia política, e aprecia mecânicas de puzzle, stealth, estratégia e RPG. Seu histórico de análises pode ser conferido no OpenCritic e suas reflexões sobre RPG e game design encontram-se na SUPERJUMP (textos em inglês), bem como no Podcast do Vivi e em seu canal no YouTube.
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