Super Mario 3D World + Bowser’s Fury — como se dar bem na nova aventura do Switch que leva o nome do vilão

Separamos algumas dicas para ajudar você a acabar com a fúria na mais recente inclusão à franquia.

em 05/03/2021
Muito embora seja tão bonito quanto um passeio pelo parque em um dia ensolarado, Bowser’s Fury pode não ser tão tranquilo quanto tal, tudo graças à fúria do vilão que dá nome à aventura. Lançado ao lado de Super Mario 3D World para o Switch, o jogo guarda muitas surpresas e pode pregar dificuldades até mesmo para os fãs de longa data da franquia. Diante disso, nós preparamos um especial com dicas e truques que podem ajudar você, Bowser Jr. e Plessie a enfrentar as missões do Lago Felisgato, que teve sua amplitude infestada por muitos inimigos, uma poluição misteriosa e, claro, gatinhos adoráveis. 

Não seja sovina e vista-se com os power-ups

Permitindo o armazenamento simultâneo de cinco unidades com seis tipos diferentes de power-ups, Bowser’s Fury esbanja de um guarda-roupa espaçoso que está aí para ser usado, principalmente se considerarmos sua importância no gameplay. O jogo opera no formato de saúde clássico de Super Mario Bros. (NES), que nos permite tomar hits de acordo com nosso aspecto vigente — indo crescentemente do bigodudo, quando pequeno e sem chapéu, até o estágio fortalecido pelo uso dos poderes. Assim, equipar-se com algum desses itens representa um aumento em nossa sobrevida, o que por si só já é motivo de sobra para você fazer isso constantemente.


Além do mais, você perceberá que esses itens são facilmente encontrados pelas ilhas, aparecendo com mais frequência do que nas outras entradas da série do bigodudo. Eles surgem, inclusive, como recompensa quando coletamos as 100 moedas, o que dá ao Lucky Bell uma grande potencialidade para se farmar power-ups. Com tanta disponibilidade, não há por que ficar acumulando os elementos e assim correr o risco de derrapar no progresso por acidentes ou bobeiras. Dessa forma, a recomendação é de criar o costume de estar sempre se retocando com os poderes, evitando estresses desnecessários.

Pode parecer trivialidade abordar isso, mas é uma constatação que origina muito de nossa natureza de querer armazenar itens para um momento mais “necessário” dentro das jogatinas. É o caso daquela cat ou tanooki suit que guardamos ao longo das fases de Super Mario 3D World, por exemplo, para nos livrar de potenciais apertos que, por fim, muitas vezes acabam por nem aparecer, deixando o elemento no esquecimento. É um ideal que até faz sentido em determinadas ocasiões, como em chefões ou na busca por facilitar o alcance ao topo do mastro final dos estágios. Entretanto, saiba que isso raramente se aplica em Bowser’s Fury.

O título em questão é muito diferente com seu estilo mundo aberto, que o dá uma dinâmica única na relação com os power-ups. Não necessariamente o torna mais fácil ou difícil que as outras aventuras da franquia, apenas é diferente, e creio que isso passa por nunca antes termos tido acesso a um inventário tão extenso (em Super Mario 3D World, por comparação, podemos estocar apenas um item por vez) e pela facilidade de se encontrar esses itens. Assim, nota-se que, em Bowser’s Fury, realmente não há motivos para guardar o melhor dos looks para outras horas, então, trate de usá-los com frequência para evitar potenciais estresses bobos.

Use e ajuste Bowser Jr.

Uma das coisas mais legais em Bowser’s Fury certamente é a presença de Bowser Jr. como nosso aliado, então, aproveite bem a companhia dele e de seu pincel mágico. Caso não tenha alguém para controlá-lo como segundo jogador, não se preocupe, ele irá te ajudar mesmo assim: quando estamos sozinho, o agora ex-vilão é coordenado pela inteligência artificial do título, que o projeta para atacar inimigos e coletar itens que surgem pelo cenário.

Esse mesmo sistema permite ajustes, fazendo com que Bowser Jr. possa estar mais ou menos ativo em nossas ações. É interessante dosar essa opção, pois por mais prestativo que o nosso aliado possa ser, às vezes ele se empolga demais e ataca ou coleta coisas que você não está interessado. Isso faz com que a ambiência fique mais poluída com a movimentação do outro personagem, podendo até causar impasses com nossas movimentações e angulação da câmera. Portanto, a primeira dica é entender o funcionamento do rapaz para usá-lo da maneira desejada, lembrando sempre que é possível mudar sua ofensividade quando você bem entender.
 
Além de ser o responsável pelos arremessos precisos de power-ups até nós, Bowser Jr. também pode interagir com elementos do cenário que o permitem “pintar o sete”, literalmente, fazendo com que segredos sejam desbloqueados e alguns itens sejam ganhos como recompensa. Para fazer isso, basta pressionar o botão R e usar o giroscópio dos controles para guiar o rapaz ou fazer o uso da touchscreen no modo portátil, que o move até o local apontado. De quebra, o ex-vilão também indica outros segredos presentes pelos territórios, como blocos invisíveis que podem esconder objetos úteis, então fique atento ao comportamento dele.


O importante está em não esquecer a presença magnífica de nosso comparsa, que pode colaborar em inúmeros momentos, caso você o entenda bem. Então, interaja, use e também ajuste Bowser Jr., talvez a companhia mais aleatória que Mario já teve em suas aventuras, mas definitivamente uma das mais especiais e divertidas.

Lembre-se do salto giratório

Um dos melhores recursos que temos para atingir alturas mais elevadas é o spin jump. Ele pode ser realizado com o rotacionar do analógico e o botão de pulo pressionado no tempo certo, que seria quando Mario começa a sinalizar que entrou em um movimento em espiral. Além de ser uma das manobras que nos permitem chegar mais alto, o salto giratório também possui uma queda mais lenta que proporciona um maior controle na hora do retorno ao solo, o que me faz recomendar ainda mais o treinamento e uso.

Aliás, a dica passa não só por praticá-lo e usá-lo, como também no sentido de lembrar de sua existência. Me refiro a isso, pois o spin jump nunca foi uma unanimidade nos jogos da franquia, pelo menos não no segmento das aventuras tridimensionais. Ele não estava presente em Super Mario 64 ou Super Mario Galaxy, por exemplo, em que usávamos o botão de agachamento combinado com o pulo regular para chegar mais alto com um backflip. Em Super Mario Sunshine, o spin jump existia, mas ainda assim era mais fácil realizar outros tipos de saltos, como o que foi mencionado anteriormente. Porém agora, o pulo giratório aparenta ter se tornado uma alternativa mais válida ao crounch jump, dado que este está menos prático e mais demorado de se realizar.

Portanto, recomendo o uso do salto em espiral como um “novo normal” para os padrões atuais de Bowser’s Fury. Ele será um grande aliado ao possibilitar mais alcance e melhor aterrissagem se você aprender a usá-lo com maestria; logo, pratique-o bastante ao longo de sua jornada. Ah, a dica também serve para os estágios de Super Mario 3D World, onde o movimento é igualmente efetivo. 

No topo do farol há sempre mais do que uma luz

Espalhados por todo o Lago Felisgato, os faróis podem fazer mais do que apenas iluminar a região e livrá-la da sujeira causada por Bowser. Acontece que o topo deles é um lugar muito prolífico para os jogadores, por dois motivos. O primeiro envolve o fato de que lá é um espaço onde surgem power-ups, que ficam enterrados na cúpula em formato de gato. Eles ficam sinalizados por uma luz amarela no chão e podem ser coletados ao realizar um ground pound, que libera um poder aleatório.


O segundo bom motivo para se escalar os faróis é que eles são pontos estratégicos. Ora, com aquela imponência, é possível observar o reino onde se passa Bowser’s Fury por inteiro. Eles são perfeitos para localizar missões a serem feitas, tags não coletadas e principalmente os Sóis Brilhantes que você deixou passar enquanto estava em terra firma. Além do mais, a vista lá de cima é magnífica, um bom lugar para largar os joy-cons e ficar alguns minutos descansando e aproveitando a paisagem.

Controlando e enfrentando a fúria de Bowser (ou pelo menos tentando)

Por mais irritantes que possam ser, os momentos em que o Bowser gigante aparece enfurecido causando chuvas e destruição são essenciais para a jogatina. Muitos Sóis Felinos só podem ser conquistados nessas ocasiões, como os que temos que destruir blocos com os ataques do vilão. Dado isso, a pergunta mais recorrente é: há como controlar a chegada e a saída do Rei Koopa de nossos backgrounds para tornar a jornada mais conveniente?

O único jeito garantido de gerar os momentos de fúria é com o uso dos amiibos de Bowser, que podem ser aqueles das coleções de Super Smash Bros., Super Mario Bros. e Super Mario Odyssey. Com um desses em mão, basta aproximá-lo do sensor nos controles para dar início ao caos na tela. Caso você não tenha acesso a um desses colecionáveis, a solução é esperar, pois o retorno do vilão só se dará aleatoriamente. Calcula-se que leva entre seis e doze minutos para o bichano voltar destruindo tudo, e,  em atividade, sua presença deve durar cerca de dois minutos.

Para acabar com os períodos tempestuosos, o modo mais preciso é o de coletar um Sol Felino, que acaba por iluminar a região e afugentar Bowser. Sabendo disso, você pode deixar alguns desses coletáveis de lado para coletar mais tarde, podendo acelerar processos futuros — mesmo que você seja um fã dos toques de heavy metal que são adicionados à trilha sonora. É uma boa tática para quem está com pressa, de olho em speedruns, recordes e afins. 

Já quando você estiver dentro das batalhas entre gigantes, lembre-se de usar os elementos do cenário ao seu favor, como os pilares cravados no chão por Bowser ou as rochas que ele atira por aí. Desse jeito, basta projetá-los de volta, o que irá nocautear o vilão e deixá-lo vulnerável para novos golpes. Note também que os Gigaguizos do Lago Lapcat se tornam meros Super Guizos quando estamos em escala máxima, que possibilitam você voltar a vestir a roupa de gato caso tenha perdido-a. É muito mais fácil enfrentar o vilão estando como um felino enorme, além de ser muito mais estiloso.

Lago em eterna mudança

De maneira sucinta, recorde-se: o Lago Felisgato está sempre em mudança, e não me refiro apenas às idas e vindas de Bowser. O nosso progresso gradual modifica constantemente o que podemos encontrar nas ilhas. Por exemplo, algumas missões ou elementos só passarão a aparecer depois de você completar outras ou ao atingir uma quantidade de Sóis Felinos. Assim, o melhor a se fazer é circular bastante pelas regiões para encontrar o que há de novo, sempre lembrando também de retornar para aquelas que você já passou previamente.

Digo isso pois senti um estresse maior quando desejava esgotar os recursos de uma ilha específica de uma só vez. Caso esteja travado, tudo fica mais fluido se você desencanar e se mover para outra região em busca de novos desafios. É o melhor a se fazer considerando que o mundo de Bowser’s Fury está em constante mudança.

Escrito nas estrelas

Se você estiver perdido na busca por um Sol Felino e nenhuma das dicas anteriores tiver ajudado, uma boa ideia é dar uma olhada no nome da ilha ou da missão específica, que podem ser checados ao entrarmos e sairmos das regiões ou no próprio menu. Embora seja uma recomendação um tanto evidente, muitas vezes são detalhes como este que podem nos salvar. Percebi isso quando estava em uma localidade que sinalizava mais um coletável, mas eu não o encontrava. Com o nome Festival das Carrapitas, ficou mais claro que aquela quest envolvia os fuzzies, que podiam ser derrotados com a ajuda de uma Piranha Plant. Portanto, faça bom proveito desses detalhes, que nunca são postos por acaso em franquias grandiosas e que agora podem ser conferidos com sua tradução para o português.

Explorar e desbravar

A última dica fica por conta da conceber bem a principal essência de Bowser’s Fury: o conceito de jogabilidade em mundo aberto. Diferentemente de Super Mario 3D World e outros, a nova aventura se passa em uma localidade plural, então não há melhor maneira de conhecê-la que não com explorações ousadas. Não tenha medo de vagar pelas ilhas por horas e horas só para conhecer o terreno e sem muitas amarras. Dessa forma, você saberá mais sobre os cantos do Lago Felisgato, incluindo os tamanhos das regiões específicas e uma ideia da quantidade de segredos que elas podem nos guardar. Um bom truque é pegar carona com Plessie pelas águas para observar as ilhotas por fora, prestando atenção nos relevos e suas singularidades.

Muito embora tenhamos dito no início que Bowser’s Fury está longe de ser tranquilo como um passeio no parque, você pode encará-lo como tal se tratarmos sua atratividade e diversão. A grande diferença é que, na nova aventura de Mario, você terá que lidar com um vilão furioso e de mau humor ao invés de singelos patos, cachorros e tartarugas. Então, com a mochila cheia de power-ups e a companhia de Bowser Jr, divirta-se circulando por aí na busca pelos Sóis Felinos, como se fosse uma caminhada em um ponto bacana de sua cidade. Mesmo que Bowser faça chover, a garantia de felicidade é praticamente garantida.

Revisão: Felipe Fina Franco

Jornalista, colaborador no Nintendo Blast e doutorando em Comunicação Social.
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