Sugestão: 10 RPGs táticos para jogar e passar o tempo

Tem vontade de explorar o gênero, mas não sabe o que jogar? Então não deixe de conferir nossas sugestões.

em 04/10/2020


Fire Emblem: Three Houses
(Switch) é, possivelmente, um dos melhores títulos da franquia. A série surgiu no NES em 1990, mas não é o único exemplo de TRPG (sigla para tactical role-playing game) disponível no mercado. Sendo assim, preparamos uma lista com alguns jogos do gênero para passar o tempo enquanto o 17° Fire Emblem não chega.

Advance Wars (GBA, DS)

Simples, cativante e viciante, a série Advance Wars (GBA), também produzida pela Intelligent Systems, trouxe para os portáteis a guerra cartunizada e simpática derivada do Famicom Wars (NES). No papel de um consultor militar de uma das nações em conflito, o jogador atua junto aos carismáticos comandantes, cada um com estilos e poderes únicos. A simplicidade e a riqueza tática de Advance Wars fazem com que o jogo tenha fator replay infinito, ainda mais porque as batalhas podiam ser levadas no bolso para qualquer lugar.

Criticada por dar um ar muito “alegre” a algo tão pesado quanto uma situação de guerra, o último título da franquia, Advance Wars: Days of Ruin (DS), trouxe um clima totalmente diferente e mais sombrio, no qual a morte, a doença e a ambição de ditadores fazem com que o jogador lute pela sobrevivência sob um sol agonizante.


 

Disgaea 1 Complete (Switch)

Para quem quiser investir muito tempo em um só jogo, Disgaea é a pedida certa. Porém, é necessário preparo psicológico para realizar tarefas repetitivas e refazer o mesmo mapa incontáveis vezes se quiser alcançar os famosos “números absurdos” que alavancaram a popularidade da série.

Contudo, para quem quiser apenas uma diversão mais casual, apesar de ainda requerer alguma quantidade significativa de grinding, o modo história pode ser completado com conhecimentos mínimos sobre as mecânicas do jogo. Falando em história, Disgaea é uma série famosa por seu humor meio nonsense e personagens carismáticos.


Pokémon Conquest (DS)

Um crossover entre Nobunaga's Ambition (NES) e Pokémon, Pokémon Conquest se passa em um fictício Japão feudal e o jogador tem como missão invadir e conquistar os territórios vizinhos, capturando monstrinhos e fazendo alianças com outros lutadores, a fim de impedir que o mal recaia sobre o país.

Embora conte com o sistema de tipos da franquia principal e vários monstrinhos disponíveis, a história peca em originalidade e o jogo possui inúmeras missões e mapas repetitivos, podendo enjoar após algumas horas de gameplay. No entanto, os gráficos simpáticos, a variedade de Pokémon e as bonitas artes fazem com que Pokémon Conquest seja um carismático spin-off para os amantes dos monstrinhos de bolso.


 

Project X Zone (3DS)

Crossover em estilo tático que reúne diversas franquias da Sega, Capcom e Bandai Namco, Project X Zone tem a essência dos Fire Emblem clássicos: mapas consecutivos, impossibilidade de grinding e necessidade de planejamento de unidades e recursos. Uma adição interessante ao gênero TRPG é a presença de combos, que são desbloqueados conforme os personagens ganham níveis e que devem ser inseridos manualmente pelo jogador, no melhor estilo "jogo de ritmo" — e podendo ser passíveis de falhar em caso de erros na sequência.

E se o crossover do primeiro jogo parecer pouco, Project X Zone 2: Brave New World inclui, também, personagens das franquias Fire Emblem e Ace Attorney. É personagem que não acaba mais!


Shin Megami Tensei: Devil Survivor (DS, 3DS)

Lançado primeiro para DS e, alguns anos depois, para 3DS, Shin Megami Tensei: Devil Survivor veio com uma premissa de agradar aos fãs da série que queriam um bom jogo feito pela Atlus para os portáteis. O jogo se passa em Tóquio, durante um apocalipse, e temas como religião, bullying e uso de internet são abordados, com direito a finais considerados controversos.

Com jogabilidade típica do gênero, os personagens têm um número limitado de movimentos por turno, mas também existe a possibilidade de grinding nas Free Battles. Os demônios, obviamente, não podiam ficar de fora: o sistema de leilão permite comprar esses seres que fazem grande diferença nos combates.

Shining Force (Switch)

A estreia de Shining Force pode ter sido no Mega Drive, na década de 90, mas donos do Nintendo Switch podem jogar este clássico tático graças à coletânea Sega Genesis Classics disponível na eShop do híbrido. Em um cenário medieval fantasioso, o herói se junta a criaturas fantásticas como centauros, elfos e até mesmo homens-feras na missão de evitar que o vilão Darksol traga para o mundo o Dark Dragon.

Embora extremamente difícil e com muitas especificidades para recrutamento de novos personagens, (que possivelmente supera os Fire Emblem clássicos de NES e SNES), Shining Force teve uma boa receptividade pelo público, rendendo mais duas continuações.

Tactics Ogre: The Knight of Lodis (GBA)

Além de uma história densa e cheia de revelações, Tactics Ogre: The Knight of Lodis (GBA) tem como ponto forte o combate. Com informações por todos os cantos da tela, as longas batalhas requerem uma boa estratégia, principalmente se tratando de posicionamento: cada tile possui atributos que podem alterar significativamente o rumo de uma luta, seja em sua elevação ou o tipo do terreno em que os personagens se encontram.

Passar um bom tempo realocando equipamentos entre os personagens é um dos maiores atrativos do jogo, Tactics Ogre também possui um sistema de mudança de classe bem simples de se entender, conferindo ainda mais fator de rejogabilidade ao permitir criação de unidades que se adéquam aos gostos do jogador.


Valkyria Chronicles 4 (Switch)

Após dois jogos decepcionantes, Valkyria Chronicles 4 (Switch) é o sucessor que os fãs do primeiro Valkyria Chronicles esperavam. Com uma combinação única de RPG tático por turnos e ação em tempo real, o jogo reconta, de maneira emocionante, os eventos de uma Europa fictícia nos tempos das grandes Guerras Mundiais. Assim como em Fire Emblem, cada personagem é único, o que faz com que as mortes — permanentes, por sinal — sejam ainda mais dolorosas.


 

Wargroove (Switch)

Desde o Nintendo DS, a série Advance Wars não dá as caras, deixando uma legião de fãs da série órfãos. Essa lacuna pode ser preenchida pelo excelente Wargroove (Switch), que é praticamente um sucessor espiritual da finada franquia da Intelligent Systems.

As mecânicas e até mesmo o visual de Wargroove são muito familiares aos de Advance Wars, acrescentando, porém, novas camadas de estratégia: cada tipo de unidade possui uma condição específica para realizar ataques críticos, além, é claro, dos poderes especiais de cada comandante, que trazem muita diversão e riqueza tática ao jogo.


Yggdra Union (GBA)

Embora seja outro jogo com elementos comuns à série Fire Emblem, como mapas consecutivos não repetíveis, planejamento prévio de personagens e seus itens e um sistema de afinidade de armas, Yggdra Union é, no entanto, uma opção um tanto quanto diferenciada de TRPG. Além dos recursos básicos, o jogador também conta com o planejamento de um baralho cujas cartas serão o indicador de movimentos por turno da equipe e poder de ataque.

A respeito das unidades, o sistema de combate possui um modo de batalha que diferencia a maneira como o jogador lidará com unidades masculinas e femininas — e também como enfrentará seus inimigos, uma vez que as mesmas regras se aplicam a eles —, pois cada uma possui um padrão de “união” diferente que será utilizado para ataques em conjunto, imprescindíveis em lutas mais avançadas.


Por mais que Fire Emblem tenha sido, de fato, minha porta de entrada para o mundo dos TRPGs, os jogos desta lista — alguns deles recomendações de amigos, confesso — são excelentes pedidas para passar o tempo. Posso ainda não ser uma entusiasta de RPGs de estratégia, mas acabei pegando gosto pelo gênero.

Termino esta matéria com uma curiosidade aleatória sobre mim: Shining Force foi o primeiro TRPG que joguei. Como eu era muito nova na época, nem sabia da existência do gênero, porém abandonei o jogo porque o achei muito difícil e só criei coragem para terminá-lo em 2017. E continuo achando-o muito difícil.

Revisão: João Pedro Boaventura

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Também conhecida como Lilac, é jornalista e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas.
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